ATROPELO – Mais uma vez, a Viação Fênix, responsável pelo transporte público de Mogi Mirim, foi alvo dos vereadores. Na tribuna do Poder Legislativo, na sessão de segunda-feira, Moacir Genuário (MDB) descascou a empresa, segundo ele, responsável por um serviço de péssima qualidade ao mogimiriano. “Essa empresa está de brincadeira em Mogi Mirim, prometeu ônibus novo, mas só tem pintura nova, os ônibus são todos velhos. Motoristas então, nem se fala, eles andam pela cidade atropelando. Isso não é só no Centro, esses dias quase me atropelaram na Sol Nascente”, reclamou. “Eles estão reivindicando o aumento, mas tem que dar uma condição. Temos que procurar o MP (Ministério Público) e fazer uma denúncia”, cobrou o vereador.
VERGONHA NA CARA – Orivaldo Magalhães, o Magalhães da Potencial (PSD), voltou a tecer críticas contra a administração da Santa Casa de Misericórdia, dizendo que a má gestão dos recursos afeta os funcionários do hospital. A possibilidade do repasse do duodécimo da Câmara pela Prefeitura foi rechaçada por ele. “Essa história do duodécimo, não existe a menor possibilidade do dinheiro chegar ao caixa da Santa Casa. Como que a Prefeitura vai pegar e doar? O prefeito incorre, no Tribuna, de Contas, de cometer um crime. Não existe documento jurídico para a transferência desse dinheiro para a Santa Casa. Se o fizer, responde por isso”, alertou.
CAIXA PRETA – Para Magalhães, o momento pede transparência e as contas do hospital devem ser abertas pela provedoria. Segundo ele, as doações por parte da população são vistas com desconfiança. “Muita gente tem medo de doar porque não sabe o que está acontecendo lá. Se o atual provedor (Milton Bonatti) vem falando que a Santa Casa não tem receita, como vai contrair mais financiamentos? A Santa Casa vai se enterrando na dívida cada vez mais. Alguém tem que ter o pingo de vergonha na cara e passar a Santa Casa a limpo”, desabafou.
FALTA ATITUDE – A sede administrativa da Câmara Municipal, o popular Palácio de Cristal, ao lado da Matriz de São José, na região central, voltou a ser alvo de descontentamento entre os vereadores. Cinoê Duzo (PSB), que diz nunca ter entrado no Palácio, cobrou ação. Ele relembrou a promessa feita ainda na diplomação dos vereadores, em dezembro de 2016, antes da posse, na sede do Clube Mogiano, de que a primeira medida da nova composição da Câmara seria a saída da sede. “O Palácio, com todo o respeito, depende da Mesa (Diretora), depende da atitude, de palavra, de pulso. Um ano e meio, e aí?”, ressaltou, em tom de indignação.
EMPACOU – Presidente da Câmara Municipal, o vereador Jorge Setoguchi (PSD) explanou sobre o andamento das obras de reforma da antiga sede da Câmara, na Rua Dr. José Alves, onde acontecem as sessões ordinárias nas noites de segunda-feira. Em suas palavras, disse que tanto o projeto arquitetônico quando o da área que pertencia ao gabinete do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB), também no Paço Municipal, são divididos em duas partes, e que para a Câmara efetuar o Termo de Referência e contratar uma única empresa para toda a reforma, precisa do aval da Secretaria de Planejamento do Poder Público. Setoguchi não comentou sobre prazos, tampouco previsão para que o processo tenha efeito prático. A impressão é que, em 2018, a saída do Palácio vai se tornando algo cada vez mais difícil…
NEM EXTINTOR – A falta de estrutura em prédios públicos não passou batida. Luiz Roberto Tavares, o Robertinho (PEN), condenou o abandono de escolas municipais e Unidades Básicas de Saúde (UBS). “Está tudo abandonado, UBSs, creches, escolas, todos os prédios públicos de Mogi hoje, qualquer departamento, até a Secretaria de Segurança, nem adianta ir atrás de extintores”. O vereador afirmou que a creche do Caic, na zona Leste, não dispõe de vidros, situação que se agrava ainda mais nos últimos dias, devido à queda na temperatura.
HOMENAGEM – O Bispo Vilmar Dacampo foi homenageado na sessão da Câmara Municipal de segunda-feira pelo trabalho social e religioso realizado em Mogi Mirim, nos últimos anos. Pastor da Igreja Missão Paz e Vida, também celebrada na homenagem, Vilmar é responsável por um trabalho com centenas de pessoas, colaborando para o tratamento e recuperação de munícipes em ruins condições físicas, psicológica e sociais. Pelas mãos dos vereadores Moacir Genuário (MDB) e Jorge Setoguchi (PSD) recebeu uma placa comemorativa e posou para fotos ao lado dos vereadores e adeptos da Missão Paz e Vida. Entre eles, Lélis Macedo, ex-jogador e ex-técnico do Mogi Mirim.
JOGA CONTRA – A nomeação de 159 funções gratificadas dentro do quadro da Administração Municipal, assunto mais do que polêmico nos corredores da Prefeitura, e claro, repercutido na Câmara nos últimos dias, deve ser tratado com equilíbrio na visão do vereador Cristiano Gaioto (PP). Na Tribuna, analisou o fato de mais da metade dos funcionários agraciados com o benefício serem contra a Prefeitura, no caso, à gestão de Carlos Nelson Bueno (PSDB), e disse que a gratificação deveria ter sido feito por etapas. “Sou a favor de pagar o que é justo, e tem pessoas que fazem função de chefia e merecem, mas foi tudo de uma vez. Acredito que poderia ser aos poucos”, disse.