NA ONDA – O vereador Cinoê Duzo voltou a enfeitar o plenário do Poder Legislativo na sessão de segunda-feira. Como de costume, em casos de maior repercussão, a nível municipal ou nacional, pegou carona na greve dos caminhoneiros, responsável por parar o país nos últimos dez dias, e mostrou apoio. Em uma faixa, com os dizeres “Somos Todos Caminhoneiros” e “#foratemer”, fez um discurso de efusão a favor dos profissionais. “Quero parabenizar todos os caminhoneiros pela coragem e pelo exemplo que estão nos dando, uma classe que foi e é massacrada há muito tempo. Carrega sim o país nas costas”, disse, em meio a críticas ao presidente Michel Temer, mentiroso e cara de pau nas palavras de Cinoê.
MISTER M – A língua de Duzo estava afiada. O pagamento da ação coletiva de férias aos servidores públicos municipais, no valor de R$ 7,5 milhões, anunciado pela Administração Municipal, na última semana, não foi engolido pelo vereador. “A Prefeitura dizia que estava quebrada e, de repente, brota R$ 7,5 milhões. Como? Será que o Mister M está na gestão da cidade de Mogi Mirim? Porque não é possível. Vem aqui (prefeito Carlos Nelson), chora, dá apenas 1,5% de aumento, alega com todas as letras não ter dinheiro em caixa, e eis que surge isso”, esbravejou, fazendo referência ao famoso mágico conhecido por aparecer mascarado e revelar seus truques frente às câmeras, no Fantástico, da TV Globo.
PRESSÃO – O pagamento das férias também foi um dos assuntos tratados pelo vereador Tiago Costa (MDB). Para ele, bastou o governo ser alvo de reclamações pela cidade em virtude da nomeação de 159 Funções Gratificadas (FGs) em 17 secretarias municipais, concedidas pelo prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB), para que o Poder Público desse uma satisfação ao funcionalismo. “Foi só pressionar o governo que já apareceram R$ 7,5 milhões para pagar as férias, um governo que estava quebrado, que vinha com discurso que não tinha dinheiro. Mais um exemplo de que algo está estranho no reino do governo Carlos Nelson”, alfinetou.
PARA VARIAR, A CULPA É NOSSA! – Tiago cutucou também a imprensa. Entre diversas colocações, disse que posições publicadas em jornais de Mogi Mirim afirmando que a Prefeitura substituiu o pagamento de horas extras pelas funções gratificadas não possuem nexo, e deu a entender que a notícia poderia ter sido plantada pelos veículos. O fato é que a explicação partiu tanto do secretário de Finanças Roberto de Oliveira Junior como do chefe de gabinete Guto Urbini, que atenderam as reportagens de O POPULAR e de A Comarca no último dia 22. Bastava ler toda a reportagem para ter ciência disso. Jornalismo sério, verdadeiro e responsável não se faz com achismos ou imaginação. Isso é característica das Fake News.
UMA BAGUNÇA – Usuário do transporte público, o vereador Alexandre Cintra (PSDB) deu um puxão de orelhas na Viação Fênix e pediu providências à Prefeitura na resolução de problemas no itinerário municipal. Segundo ele, ao utilizar o ônibus da Linha 4, que liga o Parque das Laranjeiras ao Centro, notou que o motorista não sabia o trajeto, adentrando em ruas erradas e atrasando o deslocamento dos passageiros. Além disso, um outro profissional da empresa, também presente no veículo, não sabia o trajeto e não havia cobrador no ônibus. De 20 minutos, o percurso demorou cerca de 1 hora. “Não sei o que o governo (Prefeitura) está esperando, eles (Fênix) não estão respeitando o TAC (Termos de Ajuste de Conduta firmado entre a empresa e o Poder Público). É uma vergonha, cada vez mais estão fazendo o que querem”, lamentou.
AFAGOS – O vereador Cristiano Gaioto (PP) rasgou elogios ao ex-secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura, Thiago Toledo, que entregou o cargo, alegando motivos pessoais e profissionais. “É uma perda muito grande, a cidade hoje precisa de profissionais competentes, gabaritados, e o Tiago se encaixa perfeitamente nisso. A cidade perde demais, era um dos pilares da Administração Municipal, mas tenho toda a certeza que vai continuar nos ajudando e fazendo parte do quadro político de Mogi”, projetou. Até uma moção de congratulações e aplausos a Thiago em nome de Gaioto e de outros sete vereadores foi lida e aprovada na Câmara.