sábado, novembro 23, 2024

DA FONTE

PRIORIDADE – A caótica crise financeira vivida pela Santa Casa de Misericórdia deve ser tratada com extrema importância pelos vereadores, na avaliação de Maria Helena Scudeler de Barros (PSB). Em sua visão, embora a Prefeitura tenha parcela importante na condução do hospital, a direção da Santa Casa precisa dividir responsabilidades. “Alguma coisa o Município tem que fazer, mas a irmandade também terá que ceder”, alertou. E cobrou os demais edis. “Tem assuntos de inúmera importância (na cidade), mas temos que estabelecer prioridades”, comentou. Em outras palavras, foco na Santa Casa.

E AÍ, PREFEITO? – A vereadora cobrou mais efetividade do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) na situação. “Há alguns dias, tenho conversado com secretários de que é preciso que o senhor prefeito se debruce sobre o assunto Santa Casa, assim como nós vereadores. Deve haver a interferência direta da municipalidade (no hospital)”, avaliou. Geraldo Bertanha, o Gebê (SD), também mostrou ceticismo com o panorama, e disse que a provedoria da Santa Casa enfiou a “faca no pescoço” da Câmara Municipal, em ofício enviado pelo hospital cobrando o aumento no repasse financeiro de convênios por parte da Administração Municipal.

CHEGADA TRIUNFAL – Não vem sendo fácil a vida do novo secretário de Transporte, Trânsito e Serviços, José Paulo da Silva, dentro da Administração Municipal. Desde que assumiu a função, em maio, após a queda do ex-secretário Fábio Mota, já enfrentou de cara a crise na cidade diante da falta de combustíveis ocasionada pela greve dos caminhoneiros, o que desabasteceu veículos da frota municipal, do transporte coletivo e de inúmeras áreas. De quebra, nessa semana, participou da audiência pública para debater o reajuste da tarifa do ônibus circular, tema mais do que polêmico no município. Melhores boas-vindas para José Paulo? Impossível!

VAI VOLTAR? – A pressão de parte dos vereadores para que a Câmara Municipal saia de sua sede administrativa, o Palácio de Cristal, aumenta, e pode fazer com que a Mesa Diretora tome uma medida em breve. Uma das ideias estudadas é de os edis retornarem à sede do Poder Legislativo na Rua José Alves, no Paço Municipal, onde acontecem as sessões ordinárias, às segundas-feiras. No passado, tanto a Vigilância Sanitária como o Corpo de Bombeiros haviam atestado a ruim situação do prédio. A Câmara aguarda a conclusão de um projeto estrutural que revitalizaria o imóvel, atualmente na Secretaria de Planejamento da Prefeitura.

REUNIÃO IMPROVISADA – As fortes cobranças sofridas nas últimas semanas e escancaradas na sessão de segunda-feira, em demasia pelo vereador Orivaldo Aparecido Magalhães (PSD), ligaram o sinal de alerta e parecem ter sido o estopim para uma solução. Uma reunião às pressas organizada pela Mesa Diretora foi improvisada no intervalo na sessão, e até gravada por Luiz Roberto Tavares, o Robertinho (PEN). A vontade é tanta que a Câmara poderia se mudar mesmo pagando o aluguel de quase R$ 27 mil pelo Palácio. As negociações com o proprietário do imóvel estão congeladas. Uma entrevista coletiva seria organizada pelo presidente Jorge Setoguchui (PSD) nesta semana, mas deverá ficar para os próximos dias. O fato é que a pressão bateu à porta mais do que nunca em toda a Mesa Diretora do Poder Executivo.

ACERTO DE CAMPANHA? – Depois de cobrar o prefeito na Santa Casa, Maria Helena desabafou e disse que o aluguel do Palácio de Cristal, assinado pelo então vereador e presidente da Câmara, João Carteiro, foi uma troca de favores do ex-prefeito Gustavo Stupp (PDT), uma espécie de acerto de campanha entre o proprietário do imóvel e o antigo mandatário do município, tema comentado com força nos bastidores da política municipal desde 2015. E, alertou para a imagem dos vereadores perante à população com a demora na saída do Palácio. “Muitos ex-edis (vereadores) têm uma parcela enorme de culpa. Nós 17 (atual legislatura) estamos destroçados. Mas, acho que tem gente atrapalhando ao invés de ajudar”, insinuou, sem especificar nomes. Em outras palavras, deu a entender que alguém estaria atrasando o andamento do processo que culminaria na saída dos vereadores do Palácio.

MARCHANDO – A Marcha para Jesus, responsável por agregar ministérios evangélicos de todo o país, realizada no último sábado em Mogi Mirim, contou com a participação de vereadores ao longo do trajeto, feito durante à tarde e finalizado em um evento no Espaço Cidadão. Entre eles, Sônia Módena (PP), Tiago Costa e Moacir Genuário, dupla do MDB, e de forte ligação com a religião. Moacir, inclusive, subiu ao trio elétrico, ao lado de Vilmar Da Campo, figura emblemática da igreja Missão Paz e Vida, e discursou ao público.

ROJÕES – Porém, a marcha causou discórdia na cidade, na noite de sábado. Tudo devido aos rojões eclodidos já ao final do evento, o que motivou uma verdadeira “rebelião” nas redes sociais e aplicativos de conversa por uma parte da população. Na Tribuna da Câmara, Moacir Genuário atribuiu o fato a um erro da venda. Segundo ele, um integrante da Missão Paz e Vida, ao se dirigir a uma loja de fogos de artifício, requisitou a compra de fogos coloridos e sem estampido, mas que no momento da soltura no evento, o material era o barulhento, proibido no município após uma lei municipal aprovada na própria Câmara Municipal.

ERRO – Moacir disse não entender o motivo do erro e que a organização da marcha não efetuou a compra de fogos proibidos. “Não foi intencional, foi um erro. Nós fomos pegos de surpresa. Começou a estourar e não teve mais jeito”, lamentou. Sônia Módena, autora da lei contra a soltura de fogos com estampido, disse que pouco dormiu após o incidente. “Muitas pessoas vieram me questionar, imagine a minha situação? A compra foi feita de maneira correta, mas o material errado”, reclamou. A vereadora comentou ter recebido inúmeras mensagens nas redes sociais, condenando o ocorrido.

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