terça-feira, abril 22, 2025

DA FONTE

SÓ ELOGIOS – Há pouco tempo frente à Secretaria de Saúde, a enfermeira Rosa Ângela Iamarino já tratou de se aproximar de Marcos Antonio Franco, o Marcos Gaúcho (PSB), amansando os ânimos do vereador, que só teve elogios para a nova secretária. “A Rosa disse que precisa da minha ajuda e me senti muito importante. Obrigado pelo carinho, respeito”, afirmou, durante discurso na tribuna, na sessão da última segunda-feira, dia 11. Gaúcho, que atua como motorista da pasta, é um crítico feroz dos problemas da área no Legislativo. Diferente de Rosemary Fátima Silva, a Rose, que antes comandava a Saúde e com quem o parlamentar não tinha uma boa relação, Rosa terá um forte aliado político na Câmara, se mantido o laço.

RECADO – Já no começo da sessão, o vereador André Mazon (PTB) resolveu dar um recado para Orivaldo Aparecido Magalhães (PSD). “Desculpa, eu penso na população, Magalhães. Vamos ter responsabilidade com o povo, não com o prefeito”, afirmou. Isso porque Magalhães teria pedido para os colegas tomarem cuidado com a forma de falar dos secretários por conta dos filhos. Furioso, Mazon pediu para que ele lembrasse também dos filhos dos pacientes que esperam por atendimento na Saúde.

NEM AÍ – “Olha a minha cara de preocupado”, disparou Orivaldo Aparecido Magalhães (PSD). Foi assim que o vereador começou o seu discurso, na tribuna, logo após levar umas alfinetadas de André Mazon (PTB). Magalhães ainda voltou a criticar a locação, pelo valor de quase R$ 26 mil, do Palácio de Cristal, atual sede administrativa do Poder Legislativo, em frente à Matriz de São José, no Centro. “O João Carteiro (ex-presidente da Câmara, responsável por aprovar a mudança dos gabinetes para o Palácio) jamais poderia ter aceitado esse desfalque nos cofres”, advertiu. Se, na sessão passada, o vereador colocou o atual presidente da Casa de Leis, Jorge Setoguchi (PSD), contra a parede, relembrando o assunto, até então enterrado, e cobrando rapidez na saída, na segunda, ele parabenizou o colega por resolver voltar ao antigo prédio do Legislativo, localizado à Rua Doutor José Alves. Segundo informou Magalhães, se os parlamentares voltarem para o Paço Municipal, haverá uma economia de R$ 321 mil no ano. Resta ver para crer, já que a promessa, feita desde a posse dos vereadores, em janeiro de 2017, ainda pena a ser cumprida.

PANCADA – Falando ainda em André Mazon (PTB), o vereador levou uma “bordoada” de Alexandre Cintra (PSDB), que fez questão de fazer esclarecimentos, na tribuna, após as críticas por ser favorável ao projeto de lei que fixa os subsídios dos secretários municipais, até 2020. Depois de Mazon ter dito que não ocupou o cargo de secretário, Cintra, em alto e bom tom, falou a portaria que o nomeava para a função na área da Cultura, ainda na época do governo de Gustavo Stupp (PDT). De posição clara, Cintra não esconde ser um vereador da situação, mas reforçou que isso não o faz ser submisso ao Poder Executivo, como mostrou a legislatura anterior à sua. “Eu não sou leviano. Não faço parte de Bancada do Amém, corja ou milícia”, declarou, em resposta a Mazon.

APROVADOS – Os projetos aprovados em segundo turno foram destaques, na sessão de segunda-feira, dia 11. Como em primeiro turno, empatado por 8 a 8, coube ao presidente da Câmara Municipal, Jorge Setoguchi (PSD), dar o voto de minerva e autorizar o aumento de 1,5% para os secretários municipais, o que corresponde a um reajuste salarial de, em média, R$ 130. Durante a votação, que foi nominal, teve até uma indireta de Manoel Palomino (PPS) a Cinoê Duzo (PSB). “Eu votei sim para os 1,5%, não para os R$ 10 mil, como você falou”, disse Palomino, em tom de brincadeira, logo após sair da tribuna e passar pela mesa do colega. Em 2014, na gestão Gustavo Stupp (PDT), por exemplo, os vencimentos dos secretários foram reajustados em 7%, chegando a quase R$ 9 mil. Em mais uma votação nominal, o projeto que reajusta os salários dos servidores públicos do poder Legislativo, também em 1,5%, foi aprovado por 13 a 3. Dessa vez, no entanto, o peso e a medida parecem não ter sido os mesmos. Houve vereador votando contra o reajuste de secretários, mas a favor do aumento da Câmara. Se o dinheiro sai do mesmo cofre, por qual motivo a diferença?

AMNÉSIA? – Volta e meia, os vereadores da base oposicionista ao governo de Carlos Nelson Bueno (PSDB) pedem para o prefeito também sair dos “palácios de espelho da Pedro Botesi”, como descreveu Tiago Costa (MDB), na sessão de segunda, dia 11. Isso porque a cobrança pela locação da nova sede da Câmara, o Palácio, já está pesando nas costas dos edis. “Esse Palácio de Cristal foi uma herança maldita”, disse o parlamentar, na tribuna. O que surpreende mesmo é fato da oposição cobrar uma postura do Executivo, sem antes resolver o “pepino” em que o próprio Legislativo se encontra. Como se diz, popularmente, é o sujo falando do mal lavado. Será que eles se esqueceram que Carlos Nelson deixou o antigo gabinete, na região central, para ceder o espaço à Câmara, atendendo, portanto, a uma solicitação dos próprios vereadores que optaram pela saída do Palácio? Há quem diga também que o aluguel das salas, na zona Norte, seria para satisfazer o ego luxuoso de secretário.

FAKE NEWS – O vereador Geraldo Bertanha, o Gebê (SD), novamente fez um alerta sobre as Fakes News. O parlamentar, que desempenha, no dia a dia, a função de jornalista, vem levantando a bandeira no Legislativo. Dessa vez, o transtorno foi para a Santa Casa, que até nota de repúdio precisou elaborar contra uma reportagem veiculada, no começo do mês, por uma afiliada da Rede Record. A matéria usava imagens de uma greve no hospital, deflagrada em janeiro de 2017, mas sem referência à data do ocorrido. Como o conteúdo foi compartilhado na internet, muitos munícipes pensaram se tratar de algo recente. Na nota, o hospital destacou que a reportagem é infundada e, apesar das dificuldades, todos os serviços de saúde estão ativos.

HOMENAGEM – A Câmara Municipal prestou, na segunda-feira, dia 11, uma homenagem, com um minuto de silêncio, a Rosarina Bronzatto. Ela morreu, aos 88 anos, na noite de sábado, e foi sepultada no cemitério Colina dos Flamboyants, no Morro Vermelho, na tarde de domingo. Assim como o marido, Roberto Bronzatto, falecido há pouco mais de um ano, deixando um legado para a cidade nas frentes que ocupou como vereador, entre os anos de 1969 e 1973, presidente do Legislativo, de 1970 a 1971, e da Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm), de 1968 a 1969, Rosarina também teve sua marca registrada. Durante quase 25 anos, esteve à frente do grupo Anjos de Avental Amarelo, sendo uma das fundadoras da Associação das Voluntárias da Santa Casa (Avosc) do município. Cantava em corais, dançava sapateado e representava, com seu grupo, Mogi nos Jogos Regionais do Idoso (Jori). Carinhosamente chamada de Zaína pelos familiares, ela deixa amigos, filhos, netos e bisnetos com imensa saudade.

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