sexta-feira, novembro 22, 2024

DA FONTE

DESINTELIGENTE – Para variar, o assunto Santa Casa foi o mais utilizado pelos vereadores em falas na Tribuna na sessão ordinária de segunda-feira da Câmara Municipal. Sempre do contra e nem um pouco simpático à gestão do prefeito Carlos Nelson Bueno, Cinoê Duzo (PSD) voltou sua metralhadora oral para o mandatário. O edil questionou o fato de a Prefeitura ter levado procedimentos de catarata para o hospital, e depois fechar acordo para a realização das cirurgias eletivas no Hospital Bom Samaritano, em Artur Nogueira. “Ele (Carlos Nelson) avalizou a competência da Santa Casa, é totalmente contraditório mandar as eletivas para outra cidade. Este que se diz experiente, mas é juvenil, foi inexperiente nessa hora”, atacou.

RASGOU – Durante seu discurso, o vereador utilizou o Jornal Oficial do Município, que tem sua versão impressa veiculada em toda a cidade aos sábados, para corroborar com sua fala. Mas, a publicação não permaneceu intacta. Em determinado ponto, afirmou que o jornal é desperdício de dinheiro, rasgando o exemplar. “Esse jornalzinho é dinheiro jogado fora, sim. Pega o dinheiro que gasta aqui e transfere para a Santa Casa”, sugeriu. O secretário de Relações Institucionais da Prefeitura, Beto Amorim, um dos responsáveis pela publicação do jornal, se fazia presente na sessão no momento. Essa não foi a primeira vez que Cinoê rasgou o jornal. E nem deve ser a última…

NÃO ADIANTA CHORAR – Luís Roberto Tavares, o Robertinho (Patriota), pediu atenção dos vereadores quanto ao hospital. Para ele, chegou a hora da verdade para os edis. No entendimento dos vereadores, a Câmara Municipal precisa se atentar ao mogimiriano. “Ou fica ao lado do povo ou depois fecha e vai todo mundo chorar”, alertou. Robertinho saiu em defesa do hospital, que enviou um documento aos vereadores dizendo ter condição de receber as eletivas. “Se a Santa Casa está mandando documento dizendo que está apta, legalmente temos que estar juntos”, opinou.

SANIDADE MENTAL – Samuel Cavalcante (PR), que andava mudo nas sessões, voltou a falar pela segunda ocasião consecutiva. E, novamente, não poupou críticas a Carlos Nelson. Sua fala fez inveja a grandes cantores do cenário nacional tamanho volume de voz. Para ele, é absurdo a transferência das eletivas para Artur Nogueira e, segundo sua apuração, a cidade é uma das piores em qualidade de Saúde na região. O edil ainda colocou Robertinho em uma saia-justa ao dizer, que em conversa com o colega de plenário, pensa em articular um teste de sanidade mental para Carlos Nelson. “Eu sou o primeiro a assinar”, garantiu. Por fim, Cavalcante admitiu que pensa em ingressar com uma ação popular no Ministério Público seguida de outra pedindo a cassação do prefeito caso a Prefeitura não volte atrás.

LIMPANDO A SUJEIRA – Marcos Gaúcho (PSB) lamentou as críticas recebidas pelas ruas e redes sociais após, por vontade própria, apagar as pichações do chafariz da Praça Rui Barbosa, alvo de vândalos nos últimos meses. Tanto o Centro de Documentação Histórico Joaquim Firmino Araújo da Cunha, o Cedoch, como a Prefeitura, apesar de respeitar a atitude, cobraram mais atenção do vereador, que fez a manutenção de um espaço tombado pelo patrimônio público, e que precisaria de autorização das duas esferas para a pintura. “Acho que não fiz mal, eu apenas estava apagando uma sujeira. Peço perdão para a turma do Cedoch se eles se ofenderam. Peço desculpas se fui entrão, mas não fiz por maldade”, explicou. Gaúcho ainda alfinetou e diz que os reclamões almejavam algo a mais dentro do Poder Público. “A maioria das pessoas que me criticaram foram candidatos a vereador com interesse de ter um cargo na Prefeitura”, acusou.

MENSALINHO NO TRANSPORTE – O noticiário político de Mogi Mirim deve receber novidades nos próximos meses. A depender da fala na tribuna do vereador Tiago Costa (MDB). As suspeitas de irregularidades no transporte na área da Saúde devem ser comprovadas por ele. “Alguma coisa está estranha nesse transporte público de Mogi Mirim na área da saúde. Eu sei que no governo Stupp teve muita gente, cooperativa, ganhando por quilometragem, mensalinho e mensalão. Contratava dez e andava com cinco (veículos). Estou chegando lá, quando eu quero pegar, vou até o fim. Vamos derrubar essa máfia do transporte”, bancou. “Estou pegando provas suficientes para pegar empresas e agentes políticos”, prometeu.

CARNAVAL – Nas redes sociais, o secretário de Governo Danilo Zinetti comentou a repercussão que sua fala a respeito do Esporte, de que não seria prioridade em relação a áreas como a Saúde e a Educação, tomou pela cidade. Além de confessar não esperar tanta repercussão, considerou que sua figura anda na boca do povo. “Infelizmente pessoas fizeram desse simples comentário um verdadeiro carnaval, distorcendo tudo. Fiquei surpreso com tanta repercussão, até mesmo na Câmara dos Vereadores. Eu não sabia que eu estava tão importante, assim”, provocou. O secretário cutucou parte dos vereadores. “Alguns vereadores que me criticaram, naturalmente priorizaram outras áreas, e não o Esporte, alguns foram atrás de verbas para Santa Casa, ambulâncias, recapeamento asfáltico e causas animais, e nada para o Esporte”, questionou.

SUBSTITUIU – E por falar no secretário de Governo, uma cena curiosa ocorreu na última terça-feira, durante a formatura dos alunos do Programa Educacional de Resistência às Drogas, o Proerd, da Polícia Militar, realizado no Clube Mogiano. Danilo foi chamado para entregar um dos certificados a um aluno destaque do programa, representando o prefeito Carlos Nelson, na mesa de autoridades. No entanto, logo foi avisado que o menino que receberia o certificado estava ausente. Então, para a surpresa de muitos, o colega do jovem foi chamado ao palco para representá-lo. O major da Polícia Militar, o subcomandante do 26° Batalhão da PM, Adriano Daniel, que chamava os convidados, em tom de brincadeira, disse que não teria problema o aluno ser representado, já que Danilo também estava representando.

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