CRIMINOSA? – As insinuações do vereador André Mazon (PTB) a uma funcionária da Secretaria de Saúde, acusada de dar preferência a pacientes de seu círculo pessoal em detrimento a outros que aguardavam por mais tempo na fila de cirurgias eletivas, retomadas em agosto pela Prefeitura, tomaram uma conotação ainda mais grave na sessão da Câmara Municipal de segunda-feira. Enfurecido em seu discurso na Tribuna, com direito a socos na bancada e gritos histéricos, ele rebateu a vereadora Maria Helena Scudeler de Barros (PSB), que havia, por meio de uma carta enviada pela própria acusada, defendido a funcionária. André, além de duvidar da palavra da profissional, voltou a criticar seu trabalho, chamando-a de criminosa. Na segunda vez que retornou à Tribuna, pediu desculpas pelo nervosismo, mas atribuiu a fala ao “sangue quente”.
NOVA VEREADORA? – Ainda em seu discurso, o vereador lamentou o trabalho de Maria Helena. Segundo ele, a Prefeitura vem mentindo para a vereadora e que suas ações na Câmara Municipal são estranhas. André afirmou que sempre teve a edil como referência e confessou ser eleitor assíduo da vereadora, mas que de tempos para cá percebe outro perfil. “Essa postura me faz arrepender de ter votado em você, não é a atitude correta. É uma prática criminosa o que está ocorrendo nessa administração”, reclamou.
NÃO DEVO NADA – Maria Helena não deixou barato a fala de André. Ao longo da sessão era visível o incômodo com as críticas, com ar de chateação e inconformismo. Na vez em que teve a palavra, rebateu o companheiro de plenário. “Eu, como muitos, nunca pedi nada ao prefeito que não fosse pelo coletivo. Exerço com dignidade meu cargo, estou em meu quinto mandato, não é simples. Não devo nada ao prefeito, não tenho nenhum vínculo particular que me faça mudar de ideia”, contra-atacou. Nos últimos meses, a vereadora atua como uma verdadeira líder de bancada do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB), embora não exista oficialmente uma figura que represente o mandatário no Poder Legislativo.
SEM PAPEL – A vereadora Sônia Rodrigues (PP), investigadora da Polícia Civil, lamentou a situação da segurança pública no Estado. Ao comentar a reportagem publicada por O POPULAR no último sábado, sobre o déficit de 109 profissionais na região, disse acreditar que esse número seja ainda maior, e revelou que até papel higiênico os funcionários precisam levar de casa para a higiene pessoal. E não parou por aí. Sônia comentou ainda o fato de que é necessária uma vaquinha para a contratação de uma empregada que limpe a delegacia.
SEGUE O LÍDER! – O futebol fez parte da sessão por alguns instantes, e com o São Paulo Futebol Clube como protagonista. Líder do Campeonato Brasileiro, o Tricolor teve a torcida, mesmo que discreta de parte dos vereadores. Ao mesmo tempo em que acontecia a sessão, em Chapecó, Chapecoense e Internacional encerravam a 25ª rodada, em partida com briga na busca pela liderança. Assim que o clube gaúcho errou um pênalti, aos 49 minutos do segundo tempo, garantindo a vitória dos donos da casa e assegurando a liderança do São Paulo, comemorações. O vereador Cinoê Duzo (PSB) não escondia o sorriso e usava o jargão “segue o líder”, assim como Moacir Genuário (PMDB). Tiago Costa, também do MDB, e palmeirense de carteirinha, perguntou à reportagem se o jogo havia acabado com o placar de 2 x 1. Ao receber o sinal de positivo, balançou a cabeça e deu um sorriso amarelo. Claro, tudo à base da brincadeira…
FÉRIAS? – O secretário de Cultura e Turismo e Esporte, Juventude e Lazer (Sejel), Marcos Antônio Dias dos Santos, o Marquinhos, de férias da Prefeitura, não vem aproveitando o período para descansar. Pelo contrário. O titular atua na campanha para a reeleição do deputado estadual Barros Munhoz (PSB), com atuação em várias cidades do interior, divulgação de material de campanha e exposição da imagem de Barros. Marquinhos é um dos assessores do deputado e uma das figuras mais importantes do diretório municipal do PSDB em Mogi Mirim.
CONFIANTE – Candidato a deputado estadual pelo Partido Republicano Progressista (PRB), Elias Ajub, terceiro colocado nas eleições municipais em 2016, atrás de Ricardo Brandão e Carlos Nelson Bueno, está confiante de que possa ser eleito para uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp). O candidato, que vem estabelecendo como base eleitoral, além de Mogi Mirim, as cidades de Mogi Guaçu e Estiva Gerbi, trabalha diariamente e aposta no corpo a corpo para convencer o eleitorado. Sua leitura é que de 35 mil a 40 mil votos é o suficiente para que saia vitorioso do pleito, bem diferente dos quase 6 mil registrados há dois anos.
ACOLHEDOR – Uma das estratégias de Elias é mostrar ao eleitor que não se trata de mais um político, mas sim um cuidador de pessoas, discurso já utilizado em 2016, e baseado em sua atuação na área da Saúde, pública ou privada, como psicanalista. “Me vejo como um agente transformador das pessoas, não adoto um discurso político, mas um atendimento de maneira voluntária. A aceitação vem sendo muito forte”, relatou, em bate-papo informal com O POPULAR. Para Ajub, chegou a hora de Mogi Mirim eleger um deputado estadual após 60 anos.
CARREATA – Um grupo de simpatizantes ao candidato à presidência da república, Jair Bolsonaro (PSL), organiza na tarde deste sábado, por ruas e avenidas de Mogi Mirim, uma carreata de apoio ao candidato, internado desde 7 de setembro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após ser esfaqueado em campanha política em Juiz de Fora, Minas Gerais. A carreata tem saída prevista para as 15h, do Espaço Cidadão, e promete passar pela Avenida Adib Chaib, ruas da zona Norte, zona Oeste, Centro e com final previsto para o kartódromo do Complexo Esportivo José Geraldo Franco Ortiz, o Lavapés. Os organizadores prometem levar 25 tratores, quatro caminhões e até 80 carros.