sexta-feira, novembro 22, 2024

DA FONTE

GUERRA – O vereador André Mazon (PTB) considera que a eleição presidencial, que terá no segundo turno, em 28 de outubro, Jair Bolsonaro, do PSL, e o petista Fernando Haddad é muito mais do que apenas eleger o próximo presidente. Para André, trata-se de uma verdadeira luta. “Devemos nos comportar como se estivéssemos em guerra. É uma guerra pelo país, uma guerra pela pátria. Ou fazemos isso e ‘matamos’ a quadrilha do PT ou estaremos entregando a pátria. Isso será ruim para todos nós”, avaliou.

FESTA NA ESCOLA – Cinoê Duzo (PSB) não escondeu a felicidade pelo modesto quarto lugar de Geraldo Alckmin (PSDB) à presidência da república. Em tom de desabafo, festejou a derrota do ex-governador, atacado pela classe dos professores e servidores ligados à segurança pública pela desvalorização de ambas as categorias. O vereador disse que na manhã de segunda-feira, na Escola Estadual Aristides Gurjão, em Martim Francisco, onde dá aula, o clima entre os professores era de festa em virtude da derrota do tucano. “Nós professores do Estado estamos felizes, porque fomos esquecidos, desvalorizados por esse cidadão”, comemorou. Duzo ainda rasgou um papel com o nome de Alckmin e o valor da hora aula paga aos professores, de R$ 12,73.

DEFESA – Maria Helena Scudeler de Barros, companheira de partido de Cinoê e psdbista de carteirinha, diz entender as reivindicações da categoria, mas saiu em defesa de Alckmin. Ressaltou que o ex-governador se trata de um político correto, que entregará o governo do Estado a João Dória (PSDB) ou Márcio Franca (PSB) no azul e com inúmeras benfeitorias. “Ele não quebrou o Estado para eleger ninguém, poderia sim ser o presidente desse país”, salientou. Scudeler admitiu que votará em Bolsonaro no segundo turno e que não deseja o PT de volta ao poder. “Vi (na Câmara Municipal) a dificuldade que é conviver com os petistas”, reclamou.

OBRIGADO – Único vereador a participar das eleições, Luís Roberto Tavares, o Robertinho (Patri), agradeceu os 5.015 votos conquistados no domingo, votação superior a de Geraldo Alckmin para presidente em Mogi Mirim, de pouco mais de 4,4 mil votos. Robertinho valorizou cada voto, admitiu ser triste o momento em que um eleitor liga para perguntar se foi eleito e tem que dar a notícia negativa, e que a campanha não foi nada fácil. “Essa foi uma eleição muito mais difícil que a minha primeira para vereador, todo canto que eu ia tinha um cabo eleitoral de candidatos. Fiz uma campanha em meio a milhões (de reais)”, ponderou.

NADA DE MIGALHAS – Robertinho afirmou que continuará sua luta para se tornar deputado, sonho na carreira política, e que é hora de Mogi Mirim unir forças em prol de candidatos que possam representar o município na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) ou na Câmara dos Deputados. “O que falta para Mogi? Liderança. Precisamos resolver os problemas de nossa cidade, só o prefeito não adianta. Semeei uma semente e vou carregar essa bandeira pelos próximos quatro anos”, projetou.

VESTIU A CAMISA – Cristiano Gaioto (PP) foi mais um vereador a declarar voto a Jair Bolsonaro. Assim como boa parte dos edis nas sessões do Poder Legislativo, que há semanas declaram apoio ao candidato do PSL e contra o retorno do PT ao poder, fez campanha para o rival de Fernando Haddad. Até em sua conta no Facebook, uma foto sua ao lado da esposa e da filha declarando apoio a Bolsonaro foi postada com o número e as cores do presidenciável. Na sessão do dia 1º, Cristiano confessou que jamais pensaria em apoiá-lo, mas que vestiria a camisa e faria todo o esforço em prol de votos para Bolsonaro.

VAPT-VUPT – Carlos Nelson Bueno (PSDB) não quis saber de alarde e aglomeração no momento em que votou, em uma seção eleitoral na Escola Estadual Coronel Venâncio, no Centro. O prefeito chegou ao local em um carro com seu filho, foi depois para a cabine eleitoral, votou e deixou a instituição. Em 2016, quando era candidato a prefeito, além de poses para fotos ao lado da esposa, conversou por longos minutos com diversos membros da imprensa. Nem o fiel escudeiro do prefeito, o ouvidor municipal e amigo pessoal Edson Pessiqueli sabia o horário em que Carlos Nelson votaria e foi pego de surpresa quando descobriu que ele já havia votado.

PRESENÇA – O processo de apuração no Cartório Eleitoral, passado das 19h, teve a representação da Câmara Municipal. Os assessores parlamentares do vereador Tiago Costa (MDB) e do André Mazon (PTB), Michel Carnelós Rodrigues e Carlos Di Martini, chegaram ao local por volta das 18h e aguardavam o resultado de cada urna para contabilizar os votos dos deputados apoiados pelos vereadores. Michel, inclusive, usava um caderno e um lápis, ao melhor estilo moda antiga, para anotar os votos entregues por funcionários do cartório. Di Martini era quem soprava a votação, urna por urna, ao colega do Legislativo.

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