sexta-feira, novembro 22, 2024

DA FONTE

CLIMA QUENTE – A vitória do vereador Mané Palomino (PPS) e sua eleição como novo presidente da Câmara Municipal não foi marcada apenas pela simples votação de cada vereador. No plenário, o clima ficou quente, com troca de acusações, bate-bocas e provocações. As estratégias lançadas pelos dois grupos de vereadores acirraram os ânimos e causaram nervosismo. Logo após confirmar seu nome e ver diversos edis votarem a seu favor, Mané Palomino começou a ouvir acusações de companheiros do plenário, como Tiago Costa (MDB), apoiador de Maria Helena Scudeler (PSB), então candidata, e com a estratégia do grupo defensor de Marcos Gaúcho (PSB), que não se conformava com a situação, dizendo não ceder à pressão do prefeito e que a Câmara via uma votação com interferência externa. Nervoso, Palomino não deixou barato…

NÃO SOU MOLEQUE – Vermelho de raiva e visivelmente incomodado com a situação, Mané pediu calma, comentou que o momento se tratava apenas de uma votação e que a eleição não era uma guerra. “Eu não sou moleque para aguentar isso”, desabafou, levantando de sua cadeira e cobrando respeito por parte dos demais vereadores, antes de se dirigir ao presidente da Mesa, Jorge Setoguchi (PSD). Minutos depois, mais calmo, em direção a Tiago Costa, voltou a pedir calma e disse que precisaria do apoio de toda a Câmara ao longo de seu governo.

GRITARIA – Com Tiago e também Moacir Genuário (MDB) soltando os cachorros, o bate-boca se intensificou. Samuel Cavalcante (PR), mais um vereador a votar em Mané, pediu que Moacir e Tiago ficassem quietos, em sua visão, por votarem em um candidato da situação, no caso, Maria Helena Scudeler de Barros e depois em Marcos Gaúcho. Sempre que fica nervoso no plenário, Samuel levanta a voz, aponta para todos os lados e não respeita normas legislativas. No sábado, isso não foi diferente. Com o dedo em riste, reclamava dos “opositores”. “Quem são vocês, estão votando na situação”, provocou.

É VEREADOR! – O clima ficou tão ruim que Moacir, ao ter direito ao voto, reclamou junto a Jorge Setoguchi, ainda presidente da Mesa Diretora e que conduzia a sessão, o fato de Geraldo Bertanha, o Gebê (SD), ao votar, se declarar vereador e jornalista. “Presidente, aqui votou o jornalista, não o vereador. Isso pode!”, questionou, para a ira de muitos no plenário, além de assessores parlamentares que se faziam presentes na votação. Orivaldo Aparecido Magalhães, o Magalhães da Potencial (PSD), cobrou para que os vereadores levassem em conta a democracia e não a vaidade, assim como Marcos Gaúcho.

PARA A HISTÓRIA – Terminada a sessão especial, o clima quente deu lugar à alegria. Parte do procedimento interno da Casa de Leis em toda troca de comando, o vereador Jorge Setoguchi descerrou um busto com sua foto, na parede onde existem retratos de todos os presidentes da história da Câmara Municipal. Os vereadores bateram palmas e fizeram festa pela homenagem a Setoguchi, carinhosamente apelidado de “Senhor Miyagi”. O termo faz referência ao personagem de filmes da série Karatê Kid, nascido no Japão e treinador do americano Daniel San, sucesso do cinema.

FRENTE A FRENTE – A entrega do título de Cidadão Mogimiriano, em evento na sede social do Clube Mogiano, no último dia 13, registrou momentos curiosos. Sentado no palco, em uma cadeira ao lado de Jorge Setoguchi, o prefeito Carlos Nelson Bueno recepcionava todos os vereadores e seus respectivos homenageados. A situação fez com que ele ficasse cara a cara com Samuel Cavalcante, vereador que já insinuou que o prefeito tinha problemas mentais, estava velho e que não nutria mais condições de governar a cidade. Ao melhor estilo político, Carlos Nelson deu tapas nas costas de Samuel, posou para fotos e conversou por alguns segundos com um de seus desafetos.

QUE FOME! – Aliás, teve muita gente com dor no estômago de tanta fome ao longo da cerimônia. Com o protocolo oficial marcado por apresentações musicais, leitura de resumos sobre os homenageados e a exibição de vídeos, o buffet foi servido perto das 23h, 2 horas e 20 minutos após o início da cerimônia. Mesmo que a organização do evento ordenasse que o buffet servisse salgadinhos e alguns petiscos ainda durante a cerimônia, a tentativa não foi suficiente para espantar a fome dos presentes. Quando toda a comida foi liberada, duas filas gigantes se formaram próximo às mesas com os alimentos. Foi uma correria!

FECHADA – Assim como a Prefeitura, que suspendeu boa parte de suas atividades ontem, e só retorna ao batente, em sua totalidade, no dia 2 de janeiro, a Câmara Municipal também encerrou o ano nesta sexta-feira, com retorno previsto para a primeira semana de janeiro. Já as sessões ordinárias, realizadas às segundas-feiras, no plenário, só voltam no dia 4 de fevereiro do ano que vem. No total, serão sete segundas de folga para os vereadores. Tem edil estourando rojão com o recesso!

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