RICARDO BRANDÃO? – Não caiu bem o anúncio da candidatura de Ricardo Brandão prefeito, revelada por O POPULAR em janeiro, dentro do diretório municipal do MDB. O vereador Moacir Genuário, presidente do partido em Mogi Mirim, rechaçou a confirmação pelo nome de Brandão, afirmando que nada está definido. “O MDB não decidiu quem será o candidato, posso afirmar que a executiva do partido não decidiu quem é o candidato a prefeito”, reforçou, de forma convicta. Ao O POPULAR, Moacir ressaltou que o partido trabalha com três a quatro nomes, e que o de Ricardo Brandão é o último deles. O anúncio do candidato, segundo ele, será feito apenas em abril de 2020. “Como o Ricardo fala que é candidato se o partido não decidiu nada?”, indagou.
CARTÃO DA DISCÓRDIA – Moacir aproveitou para se queixar de parte dos vereadores. Alguns deles estariam “passando por cima” de companheiros de plenário. Sem citar nomes, pediu mais ética dentro da Câmara Municipal. Sua fala teve relação com um episódio em que um munícipe, ao procurar determinado vereador na sede do Poder Legislativo, não o encontrou e viu outro edil, na ânsia de tomar a causa do popular como sua, entregar um cartão e oferecer todo tipo de ajuda. “Pô, vamos respeitar o companheiro, falta um pouco mais de ética entre os vereadores. Isso é falta de caráter, você consegue algo e o cara vem querer ser o pai da criança”, lamentou.
NOVO LÍDER – Orivaldo Aparecido Magalhães, o Magalhães da Potencial (PSD), é o mais novo líder de governo do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) na Câmara Municipal. O anúncio foi oficializado pelo vereador e presidente da Mesa Diretora, Manoel Palomino (PPS), durante a sessão ordinária de segunda-feira. Magalhães já era um defensor fervoroso do prefeito no Legislativo e é visto com bons olhos por Carlos Nelson e seu gabinete. Gerson Rossi, além de vereador, procurador jurídico da Prefeitura, será o vice-líder de governo na Câmara. Em janeiro, o prefeito convidou Maria Helena Scudeler de Barros (PSB) para a vaga, já ocupada por Geraldo Bertanha, o Gebê (PSD), na atual legislatura, mas viu a edil rechaçar o convite.
CASTELINHO – O aluguel de um imóvel no Jardim Brasília pela Prefeitura para a Secretaria de Planejamento Urbano, substituindo a antiga, localizada no Paço Municipal, à Rua Dr. José Alves, detentora de diversos problemas estruturais, não passou batido pelo vereador Cinoê Duzo (PSD). Pedra no sapato da Administração Municipal, ele detonou o Executivo pelo aluguel e já lançou até um apelido para o local, seguindo os moldes do Palácio de Cristal, sede administrativa da Câmara. Para Cinoê, a nova sede é o “Castelinho de Cristal”, irmão mais novo do Palácio. “Como não tem dinheiro para a Educação ou outras prioridades na cidade, mas tem para alugar prédio”, questionou.
E AS ÁRVORES? – Cristiano Gaioto (PP) não se conforma com o trabalho de manutenção, prevenção e poda sob responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente, alvo de sua fiscalização desde o primeiro ano de mandato. O vereador mostrou insatisfação com o trabalho da pasta municipal, e teve como estopim, a forte chuva que atingiu a cidade na noite do último domingo, quando árvores e galhos por todos os lados vieram abaixo. Gaioto diz ter passado da hora de erradicar árvores em pontos estratégicos, como a Praça Floriano Peixoto, o Jardim Velho, e a Rui Barbosa. “Eu não estou entendendo o secretário (Ivair Biazotto), é visível o que está acontecendo. Vão esperar morrer alguém? Só pode”, criticou.
VERGONHA – O lançamento da comissão organizadora para os festejos dos 250 anos de Mogi Mirim foi comemorado por Alexandre Cintra (PSDB), vereador com larga experiência dentro da Secretaria de Cultura e Turismo. Ele, também diretor cultural do Clube Mogiano, celebrou a postura da Prefeitura em organizar uma programação que homenageie a história da cidade, mas alertou para o fato de que, com 250 anos, a população ainda não desfruta de um museu para estudo e conhecimento de todo o acervo municipal. “Como comemorar 250 anos e não ter um museu? Isso é uma vergonha, um crime. Comemorar e não ter um museu onde a história esteja presente”, esbravejou.
INTEGRANTE – Aliás, Alexandre Cintra fará parte da comissão organizadora dos festejos, ao lado da vereadora Sônia Módena (PP). A confirmação foi decidida por unanimidade entre os vereadores na sessão da Câmara de segunda-feira. O convite para que dois integrantes do plenário fizessem parte da comissão partiu do prefeito Carlos Nelson, responsável por encaminhar um ofício ao presidente Mané Palomino. Cintra já havia oferecido ajuda e colocado seus serviços à disposição da comissão. A agenda de eventos deve ser divulgada na próxima semana, com o início das atividades mensais prevista para o final do mês, seguindo até outubro.
LIXO EM PAUTA – Os seguidos problemas na coleta de lixo em Mogi Mirim, a cargo da Construrban, serão debatidos na sessão legislativa da próxima segunda-feira. Atendendo a um requerimento de Geraldo Bertanha, o Gebê (SD), o secretário de Serviços Municipais, José Paulo da Silva, participará de uma Tribuna Livre, onde será sabatinado pelos vereadores. Somente no ano passado, foram 13 notificações por parte da Administração Municipal à empresa por atrasos e interrupções na coleta de lixo. “Essa coleta de lixo está um lixo. Uma empresa que é advertida 13 vezes e não se toma uma atitude? O secretário responsável precisa prestar esclarecimentos”, cobrou Gebê.
DENÚNCIA – Luís Roberto Tavares, o Robertinho (Patri), promete denunciar a Elektro, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica para Mogi Mirim, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Nas últimas semanas, quedas de energia vêm afetando o trabalho de bombas de captação e do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae), deixando milhares de pessoas sem água no município. Robertinho esteve, há duas semanas, ao lado de Mané Palomino e Cristiano Gaioto no gabinete de Carlos Nelson para tratar do tema falta de água. “Não dá mais para ficar assim”, disse.
4 MINUTOS – O pulso firme prometido por Mané Palomino na presidência da Casa de Leis parece já ter começado. Na sessão de segunda-feira, durante o discurso de cada vereador, o tempo da fala, antes de 5 minutos, na gestão do ex-presidente Jorge Setoguchi (PSD), caiu para 4. O chorinho no tempo continua, com limite de um minuto. Passou, disso, Mané solta a frase, vista na segunda-feira. “Vereador, conclua, por favor”. Teve edil reclamando da queda de tempo, de acordo com o presidente, seguindo o artigo 11 do Regimento Interno. A medida também visa dar mais agilidade às sessões.