sexta-feira, setembro 20, 2024

DA FONTE

ANDANÇA – O prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) gastou a sola do sapato no início da semana ao passar por determinados espaços públicos da cidade e conferir, de perto, como anda a situação relacionada ao funcionamento do serviço público. Por meio de seu Facebook, a Prefeitura divulgou fotos do prefeito vistoriando as obras de ampliação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na zona Leste, na Praça Rui Babosa, onde ocorre a troca da iluminação, no Cemitério Municipal, no serviço de limpeza, e na Praça Floriano Peixoto, o Jardim Velho. O prefeito aproveitou ainda para dar um pulinho na Rodoviária, onde determinou agilidade nas melhorias feitas no local, como a pintura.

É ISSO AÍ, PREFEITO! – Aliás, a andança do prefeito foi elogiada pelo vereador Geraldo Bertanha, o Gebê (SD), que na primeira sessão ordinária da Câmara Municipal, no último dia 4, havia pedido que Carlos Nelson voltasse a ser o prefeito Carlos Nelson que conheceu anos atrás, assumisse a bronca e parasse de delegar tarefas de forma demasiada para secretários municipais, parte em campanha eleitoral, segundo disse. Com o celular em mãos, comentou sobre a postagem da Prefeitura e fez afagos ao prefeito na sessão da última segunda-feira.

VISITA – Uma cena pra lá de inusitada foi presenciada no início da sessão. Ex-vereador, João Luís Andrade Teixeira (PPS), hoje Assessor Especial Superior, junto à Secretaria de Serviços Municipais, entrou, de uma hora para outra, no plenário da Câmara, se dirigindo à Mesa Diretora, presidida por Mané Palomino, seu companheiro de partido. Sem nenhum convite, João foi até Mané e, por alguns segundos, conversou com o ex-presidente, em meio à Tribuna Livre do secretário de Serviços, José Paulo da Silva. Pela foto, pôde-se perceber a contrariedade dos componentes da Mesa Diretora.

Mané, Gebê e Gaioto observam João Luís, com caras de poucos amigos. (Foto: Fernando Surur)

PASTOR – A situação pegou todos dentro da Câmara de surpresa. Um misto de risadas e desentendimento, justamente por ninguém saber o que fazia João Luís, foi presenciado. Mané, mesmo sem entender, ouvia as reivindicações do ex-vereador. A intenção de João era que Mané saudasse a presença do pastor da Assembléia de Deus, Alex França, presente na plateia do Legislativo. Antes de sair do plenário, João Luís conversou com alguns vereadores, acenou e posou para fotos. Hilário…

FORÇAS OCULTAS – “Eterno” problema da Câmara, o aluguel do Palácio de Cristal, sede administrativa ao lado da Matriz de São José, aprovada pelo então vereador João Antônio Pires Gonçalves, o João Carteiro, e articulada pelo ex-prefeito Gustavo Stupp (PDT), ganhou um ingrediente especial. Na opinião do vereador Orivaldo Aparecido Magalhães, o Magalhães da Potencial (PSD), a saída de funcionários, assessores parlamentares e vereadores do prédio, tem relação com algo misterioso. “Forças ocultas estão segurando essa construtora (LGB Construção LTDA, responsável pelas obras de reforma da sede no Paço Municipal, onde fica o plenário) para não terminar o serviço. Se engana os outros bobos, a mim não engana”, disparou.

ROUBO – Aos berros, que podiam ser ouvidos da Praça Rui Barbosa, Magalhães disse que, fosse ele o presidente, a situação seria diferente. “Isso é um roubo (com o dinheiro público), se eu fosse o presidente esvaziava aquele Palácio. São R$ 20 mil gastos por mês, dinheiro do povo de Mogi Mirim, jogados no lixo”, desabafou. Desde quando a mudança foi sacramentada, a saída do Palácio, que depende da reforma do antigo gabinete do prefeito e do pavimento superior, onde fica o plenário, faz parte da pauta da Mesa Diretora, já descontente com a situação.

NÍTIDA INSATISFAÇÃO – O fato é que, dentro da Câmara, a morosidade na reforma é vista com péssimos olhos pela maioria absoluta dos vereadores. No semblante dos edis, em especial os da Mesa Diretora, como Mané Palomino, Cristiano Gaioto e Gebê, fica nítido o descontentamento. Internamente, a ruptura do contrato com a LGB é visto como algo real e até plausível, visto a lentidão no serviço, mas opção, politicamente falando, negativa em relação à opinião pública, sedenta por atitudes que encerrem o caso de uma vez por todas. O prazo para o término das obras é dia 28, mas será prorrogado.

PROTESTO CAMUFLADO – Maria Helena Scudeler de Barros (PSB), ao lado de Cinoê Duzo, seu companheiro de partido, vereadora que nunca entrou no Palácio de Cristal, lamentou o imbróglio. “Faz anos que não tenho um gabinete, não sei onde minha assessora despacha, como é a sala dela. Isso tem causado um enorme prejuízo eleitoral a mim. É preciso fazer as coisas bem feitas. Esse é aqui meu protesto camuflado, sei que tenho um gabinete, mas não entro, é opção minha”, admitiu. Mesmo com o tema pegando fogo, Cinoê, expert quanto a críticas sobre o aluguel do imóvel, não se manifestou em nenhuma das duas oportunidades em que teve a palavra. Ao lado de João Luís, outra cena curiosa na sessão de segunda-feira.

MESTRE – O ingresso de Mogi Mirim na lista dos Municípios de Interesse Turístico (MIT), oficializado pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), no último dia 5, recebeu comemorações efusivas do vereador Alexandre Cintra (PSDB), ex-assessor de Cultura e Turismo no primeiro mandato e diretor no último ano do segundo mandato de Carlos Nelson como prefeito. O edil agradeceu o empenho dos envolvidos com a conquista, como o presidente do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), Sebastião Zoli, do turismólogo Ed Alípio, marido da vereadora Sônia Modena (PP), outra figura atuante na empreitada, mas ressaltou a importância do atual secretário de Cultura, Marcos Antônio Dias dos Santos, o Marquinhos, tanto no contato com o governo do Estado como na organização do projeto. “Ele foi o maestro na condução de tudo isso”, celebrou.

UM MINUTO DE SILÊNCIO – O incêndio no alojamento do Clube de Regatas Flamengo, na última sexta-feira, no zona Oeste do Rio de Janeiro, responsável por matar dez jogadores da base do clube, e deixar outros três feridos, e a morte do jornalista Ricardo Boechat, na segunda-feira, em um acidente aéreo em São Paulo, se tornaram moções, com direito a um minuto de silêncio, ao final da sessão. Elas acompanharam outras duas moções dos vereadores Luiz Roberto de Souza Leite, o Chupeta (PSDB), e Alexandre Cintra, pelas mortes de Vitor Augusto Guarnieri e Santa Ricardo de Queiroz, respectivamente.

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