domingo, setembro 15, 2024

DA FONTE

ELE ESTÁ FRITO – Sentada próxima ao secretário de Finanças, Oliveira Pereira da Costa, a vereadora Maria Helena Scudeler de Barros (PSB) roubou a cena em, ao menos, duas oportunidades, na audiência pública para prestação de contas referente às receitas e despesas do 3º quadrimestre de 2018, no último dia 20. Ao ver o secretário prestar esclarecimentos sobre o reajuste para o funcionalismo público, cuja data base tem março como limite, balançava a cabeça, em tom de inconformismo. Ao final da audiência, quando se levantou, se dirigiu ao vereador Geraldo Bertanha, o Gebê (SD), e de maneira irônica, disparou. “Gebê, o Mauro Nunes está frito”, em referência ao secretário de Administração, à frente do cargo desde o início do mês. Mauro é figura central na negociação entre Prefeitura e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsep).

2.600 CONTRA – E as pérolas de Maria Helena não pararam por aí. Ainda na “pauta Mauro Nunes”, mostrou pessimismo quanto ao aumento, que ainda depende do aval do prefeito Carlos Nelson Bueno e intensos debates para atingir uma porcentagem satisfatória para ambas as partes. Para a vereadora, caso o reajuste não seja concedido, Maurinho, que goza de grande prestígio dentro de boa parte do funcionalismo público, pode sair com a imagem arranhada. “Ele tinha a favor, agora pode ter 2.600 funcionários contra ele”, alertou.

MIXURUCA – Maria Helena estava com tudo. Durante a audiência, quando o debate girou em torno da iluminação pública, criticou o processo de modernização realizado na Praça Rui Barbosa. Para a vereadora, o trabalho vem deixando a desejar, com os funcionários da empresa responsável pela obra, segundo ela, atuando três dias consecutivos e folgando outros quatro. “Está muito devagar, muito mixuruca”, reclamou. Para ela, é preciso um projeto mais ousado, como a iluminação de pontos estratégicos, a exemplo do busto de Chico Venâncio e o Coreto Municipal.

HAVAN – Na audiência pública, Oliveira Pereira, ao esmiuçar sobre a expectativa pelo aumento na folha da Prefeitura para os próximos dois anos, comentou sobre a chegada da Havan em Mogi Mirim, com inauguração prevista para o próximo dia 23. Para ele, o ganho real por parte do Executivo com o empreendimento será visto de médio a longo prazo. “O valor significativo que virá para o município será de dois anos”, afirmou. A expectativa com a inauguração é de que a cidade possa buscar retomar seu papel de destaque no ramo industrial e empresarial perante empresários e investidores, o que é considerado um recomeço, após o desastre da gestão de Gustavo Stupp.

NO CELULAR – O vereador e presidente da Câmara Municipal, Manoel Eduardo Pereira da Cruz Palomino, o Mané Palomino (PPS), improvisou e, ao mesmo tempo, inovou na contagem do tempo da fala de cada vereador na Tribuna na sessão de segunda-feira. Com o cronômetro responsável pela marcação do tempo com defeito, o vereador contabilizou os quatro minutos de cada edil em seu próprio telefone celular, acoplado ao microfone da Mesa da presidência. A cada estouro do tempo, uma luz seguida de um efeito sonoro altíssimo alertavam para o limite, arrancando risadas e até sustos de todos os presentes no Legislativo. Teve vereador mais displicente pulando da cadeira de tanto susto. Foi divertido…

CIUMEIRA BESTA – Polêmico e sem papas na língua, o vereador Orivaldo Aparecido Magalhães, o Magalhães da Potencial (PSD), deixou muito vereador contorcido dentro do plenário ao atacar o que chamou de “ciúme besta”. Ao ter a palavra na Tribuna, criticou o fato de vereadores ficarem se provocando ou atacando esta ou aquela pessoa por projetos, pedidos, requerimentos e obtenções de verba, parte do trabalho na Câmara. Magalhães considera que o lado pessoal deve ser deixado de lado e o bem coletivo é o que deve prevalecer, independente deste ou aquele vereador ser o responsável por obter benefícios para a cidade. “Há algumas coisas que nos deixam constrangidos. Essa ciumeira, essa inveja besta, o cotovelo das pessoas ardendo. Isso deprecia essa legislatura”, alfinetou.

VERGONHA – Cinoê Duzo (PSB) não deixou barato o valor gasto no aluguel da sede administrativa da Câmara Municipal, o popular Palácio de Cristal. Até aqui, já foram “investidos”, nos últimos três anos, cerca de R$ 1 milhão para o pagamento, de acordo com balanço feito pelo jornal A Comarca. Cinoê considera o caso uma vergonha, e relembrou o compromisso firmado no dia da diplomação dos vereadores, em dezembro de 2016, quando 16 edis, com exceção de Magalhães, firmaram um pacto em uma reunião no andar superior da sede social do Clube Mogiano. O acordo era de que a primeira medida a ser tomada pela antiga Mesa Diretora, comandada por Jorge Setoguchi (PSD), seria a saída do Palácio, algo que não foi concretizado.

SÓ DIA 11 – Por falar em sessão, os 17 vereadores voltam ao plenário do Poder Legislativo somente no dia 11. Com o Carnaval, a Câmara encerra expediente hoje, e retornam às atividades no início da tarde da próxima quarta-feira, pulando a sessão da próxima segunda, dia 4. Alguns vereadores ouvidos pela reportagem afastaram a possibilidade de curtir o Carnaval, dizendo que estarão na ativa e de olho em problemas do município. Outros aproveitarão a folga para descansar e até curtir a folia.

SEM ESPERANÇA – Na última semana, quando esteve no assentamento Horto do Vergel, O POPULAR ouviu, mais do que reclamações, palavras de tristeza em relação a possíveis melhorias por parte da Prefeitura na infraestrutura do local. A tônica da conversa se baseou em queixas ao descaso do Poder Público com a área e questionamentos sobre a razão de o Vergel estar tão abandonado. Um dos moradores ouvidos pela reportagem reclamou que o prefeito Carlos Nelson esteve no assentamento antes de sair vitorioso nas eleições municipais de 2016 e prometeu asfaltar parte do local. “Pra variar, mais uma mentira”, cobrou. Outro morador foi mais além e lembrou da administração do ex-prefeito Gustavo Stupp (PDT). “Eu nem sei como é a cara dele, não sei quem é. Aqui, nunca veio”, frisou.

BOM HUMOR – O lançamento do programa Mais Vida, direcionado às pessoas a partir de 60 anos, contou com as presenças do prefeito Carlos Nelson Bueno, o chefe de gabinete, Guto Urbini, o ouvidor municipal Edson Pessiquili, a secretária de Educação, Flávia Rossi, o secretário de Esportes, Juventude e Lazer, Osvaldo Dovigo, a secretaria de Assistência Social, Leila Iazetta, além do presidente da Câmara Municipal, Mané Palomino. Também estavam presentes a coordenadora do Mais Vida, Adriana Guarnieri, e a dirigente regional de Ensino, Regina Navas. Flávia era uma das mais animadas e brincou, cobrando ânimo do público atendido pelo programa no momento em que os saudou. Carlos Nelson também fez sua brincadeira. Último a discursar, como principal autoridade, perguntou se Mané não queria também fazer um discurso, mas o vereador abriu mão de falar. Depois, enquanto discursava, o prefeito brincou que Mané deveria falar por ser o mais velho entre os presentes. Palomino era, na verdade, o mais jovem entre as autoridades, com 38 anos.

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