GROSSERIA – Carlos Nelson Bueno foi surpreendido com um comentário feito no momento da transmissão do programa em que dava entrevista, na quarta-feira, para a Mogi Play. Uma usuária, comentou, quando se falava da construção de um hospital municipal e teve seu comentário lido, ao vivo: “Absurdo, porque não usar o mesmo prédio (provavelmente da Santa Casa), etaaaa mamadeira sem fim”. O termo “mamadeira” provocou o enfurecimento do prefeito. “Estou com 79 anos, há 60 anos na política. Eu não aceito e lamento que o nível é esse. É com esse nível que o país está afundando. A irresponsabilidade e a leviandade de uma pessoa que pensa que pode falar o que quer. Pergunta idiota, pobre, injusta, que não dá direito à defesa. É essa a nação que parece que nós vamos construir”, disse, visivelmente nervoso.
GROSSERIA II – O entrevistado disse, então, que gostaria de conhecer e conversar com a mulher, “para falar coisas que não poderia no ar, por ser grosseiro, mais do que estou sendo”. Se ofereceu para recebê-la no gabinete ou ir até a casa da pessoa que escreveu o comentário. E, ao final, mandou um “seja feliz” para a autora do comentário. No entanto, o assunto martelou a cabeça do prefeito durante todo o resto do programa. Em vários momentos, fez referência ao insulto. “Não tem mamadeira comigo”, disse. “Não tenho nenhum familiar meu pendurado em governos, nunca nomeei e indiquei ninguém, não tenho nenhum comprometimento passado que me envergonhe”, completou. Ao final, o apresentador leu um pedido de desculpas da usuária, dizendo se tratar de um erro de digitação, pois queria escrever “não tem outra maneira?”, no comentário inicial. “Já te perdoei”, respondeu Carlos Nelson.
PRIORIDADES – Em vídeo publicado na página da Prefeitura, sobre o hospital municipal, o prefeito Carlos Nelson tenta explicar, quase que de maneira didática, o que é gasto e o que é investimento. “Gasto é quando você vai em uma pizzaria e come duas pizzas ao invés de comer uma só. Toma três garrafas de cerveja, gasta um dinheirão. Isso é gasto, porque é desperdício”, expõe. Para ele, é um investimento nobre, social, e economicamente importante para gerar e dinamizar a economia do município, gerando serviços de saúde, seja no hospital, em laboratórios e clínicas.
REGRESSIVA – Em outro, CNB diz que começará a contagem regressiva a partir do momento em que a Câmara aprovar os cinco projetos de lei que estão pendentes. Disse acreditar que, de um ano e meio a dois anos, Mogi Mirim já estará com o hospital funcionando. Os funcionários da Saúde já estariam se preparando, com a intervenção da Santa Casa, reconhecendo tarefas que antes não reconheciam. “Ou seja, nós vamos ter que, nesses dois anos de intervenção, a intervenção deve durar dois anos -, o município estará formando uma mão de obra especializada para gerir esse hospital. A hora que a justiça determinar a restituição do hospital para a entidade, os funcionários públicos municipais já se transferirão para o hospital municipal”.
REFERÊNCIA – A proposta do hospital prevê que, ao longo do tempo, ele seja adaptado às necessidades que surgirão. “Conforme a cidade crescer e as necessidades da população forem crescendo, nós teremos um terreno de 37 mil metros quadrados para construir um hospital de até 200 leitos. Na verdade, o potencial é pra um hospital até maior, dependendo do tempo em 10, 15, 20 anos… Ou seja, nós sempre poderemos expandir esse hospital, até os limites do terreno. Eu acredito que até 30 anos, 35 anos, haverá espaço para se ir ampliando o hospital, tornando um hospital de referência em toda região, coisa que Mogi Guaçu, Mogi Mirim e Itapira não tem”, disse o prefeito, em um dos vídeos explicando sobre o projeto.
HOSPITAL – As discussões acerca do hospital municipal voltaram a acontecer no plenário da Câmara Municipal na segunda-feira. A vereadora Maria Helena Scudeler de Barros (PSB) citou a reunião promovida pelo ex-vereador e atual presidente da Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm), Luiz Guarnieri, na semana passada, no salão paroquial da Matriz de São José. Segundo ela, ficou claro que há uma preocupação com a posição da Câmara Municipal sobre o assunto. A Santa Casa trouxe as dificuldades de um hospital, com a apresentação de números. É aguardada uma manifestação na Tribuna Livre do Legislativo sobre o consenso da reunião.
REBATE – O líder de governo, Orivaldo Magalhães (PSD), se mostrou impaciente com o assunto, que segundo ele, nunca termina e que começou a virar um “problema político-partidário”. Ele diz que é nítido que algo melhorou e que é público e notório que não estavam dando conta de administrar a Santa Casa. “Também, tinha funcionário ganhando R$ 20 mil de salário. Nem executivos, em multinacionais na região, tem esse salário”, declarou, sem citar nomes ou cargos. Ele concluiu dizendo que sua fala vem incomodando muita gente, assim como ver que o atendimento da Santa Casa, agora, com a intervenção, está bem. “Eu, mais do que ninguém, quer ver essa situação resolvida”, declarou.
FOTO EM DISCUSSÃO – No dia 11 de maio, um sábado, às 9h30, a Câmara Municipal promoverá uma audiência pública, no plenário, para um debate com a população sobre a proposta de construção de um Hospital Municipal. O pedido foi feito pelo vereador Geraldo Bertanha (SD), através de requerimento, e foi aprovado pelos vereadores na segunda-feira. Segundo ele, o Conselho de Saúde será convidado, assim como mais cabeças pensantes, para uma discussão de alto nível. O edil disse que a população está cobrando e que, através das redes sociais, “estão colocando a faca no pescoço dos vereadores”. A frase é, provavelmente, uma referência a uma montagem com as fotos dos vereadores, que vem circulando em redes sociais, com as opções: ficar ao lado do povo ou na bancada do amém. O prefeito Carlos Nelson já confirmou que estará presente, como cidadão, e não se furtará de responder qualquer questão, caso seja necessário.
FEZ O MESMO – Falando em colocar a faca no pescoço, o vereador Cinoê Duzo, pode-se dizer, fez o mesmo com os colegas. “Não usem essa tribuna por politicagem, como o governo faz. Desçam do muro. É sim ou não. É quente ou frio. Não existe morno”, em referência ao projeto de um hospital municipal. O vereador deu, ainda, a seguinte opinião para a Prefeitura: comprar o prédio da Santa Casa, todas as dívidas e os direitos trabalhistas pendentes. Vale lembrar que, no último mês, a Irmandade recusou a proposta de R$ 700 mil mensais para entregar os serviços de saúde ao Poder Público e exigiu mais de R$ 1,2 milhão. As dívidas do hospital estariam entre R$ 50 milhões a R$ 60 milhões.
SUBSTITUTO – A continuidade dos casos do promotor Rogério José Filócomo Júnior, de saída do Ministério Público de Mogi Mirim, será administrada pelo promotor substituto, Jonas Maniezo Moyses, como já vinha ocorrendo em decorrência das férias de Filócomo. Moyses costumeiramente dá expediente em Mogi Mirim, quando algum dos titulares se ausenta, bem como em outros municípios da região. As demandas seguem com ele pelo menos até este mês, quando um novo nome deverá ser apresentado.