terça-feira, novembro 12, 2024

DA FONTE

NÚMERO 1 – Carlos Nelson Bueno deixou claro o seu desejo de apoiar, novamente, Flávia Rossi nas próximas eleições. Na cerimônia de inauguração da unidade de resíduos, no antigo DSM, as ações das secretarias que ela comanda tomaram boa parte do tempo de seu discurso. Ontem, em seu gabinete, CNB voltou a dizer que não deve ser candidato, por problemas pessoais que afetarão a estabilidade financeira de sua família no futuro, por algo que terá que arcar sem ter sido o culpado, quando foi prefeito.

AMEAÇADO – Geraldo Bertanha, o Gebê, disse que foi ameaçado de morte recentemente, através de uma ligação telefônica. “Você vai cair amanhã se você me impedir de fazer o que eu estou fazendo com a Santa Casa”, disse ele, reproduzindo o que teria ouvido do outro lado da linha. O vereador já classificou a parceria da Irmandade com o Instituto Nacional de Ciências da Saúde (INCS) como uma “parceria escusa”.

AUTOMÁTICA – A Santa Casa disse que neste mês, quando os convênios de prestação de serviços para o atendimento vencem, o Município e a Irmandade deveriam entrar em negociação. No entanto, para a Prefeitura, não deve ser bem assim. Os serviços estão sendo prestados pela própria interventora e, por isso, não deve negociar com a administração do hospital, mas sim, com ela mesma. No entanto, o Governo já garante que não haverá aumentos além das correções monetárias do período, sendo os convênios renovados nos mesmos termos dos anteriores.

RECLAMA – Com a chegada do instituto para auxiliar a administração da Santa Casa, algumas coisas parecem ter ficado claras somente agora para o hospital. Ter assumido o Pronto-Socorro, por exemplo, teria sido um grande erro, já que o valor repassado não cobria os custos. Isso prejudicou muito a crise financeira, fazendo a dívida aumentar. “Foram colecionando coisas que custavam mais caro do que recebia. O PS, que custava R$ 1 milhão, a Prefeitura só pagava R$ 700 mil”, disse o diretor de operações do INCS, João Gilberto Rocha Gonçalez. O valor, segundo ele, cobria somente os plantões médicos, ficando os custos e insumos fora desse valor.

ESTÃO NO GUAÇU – Gonçalez fez questão de comentar um pouco sobre o INCS, que provocou polêmica na Câmara de Vereadores. Ele disse que estão há vários anos no mercado e que as pessoas da instituição são do mais alto gabarito em gestão de saúde. “Estamos há sete anos em Mogi Guaçu, com médicos contratados no Tabajara Ramos e no PPA, e presente em cidades importantes como Sorocaba, São José dos Campos, Cabreúva, Curitiba e Pinhais”. Na capital paranaense, o instituto faz, segundo ele, a gestão da UPA, que é considerada a melhor da cidade.

OPINOU – Gonçalez mal chegou, mas já deu opiniões sobre a saúde de Mogi Mirim. “Não é construindo hospital municipal que se resolve. Quem tem que construir é o Dória”, disse. “Vereadores tiveram bom senso e votaram contra”, comemorou. O profissional garantiu que a situação da Irmandade tem saída, mas é preciso que todos olhem para o mesmo caminho e parem de fazer política para fazer saúde. Durante a entrevista coletiva, o diretor se impôs várias vezes, inclusive, interrompendo Milton Bonatti quando estava respondendo as questões.

NEGOCIANDO – Bonatti comentou que as negociações para o pagamento das dívidas trabalhistas tiveram um bom resultado para a entidade. “Estávamos depositando um valor mensal e quando chegou a um valor alto, passamos a negociar. Todos aceitaram receber 60% do que tinham direito”, disse. Um outro fato, surpreendente, foi o perdão de uma dívida de mais de R$ 2,5 milhões com o Banco Itaú, que cedeu empréstimos sem nenhuma garantia. Com a Caixa Econômica Federal, a dívida seria de R$ 16 milhões. Um outro caso aconteceu com um prestador de serviços, que teria que receber R$ 16 mil, mas aceitou receber somente R$ 6 mil e doar o resto para o hospital.

MAC – O hospital reclama que os empréstimos feitos, que eram descontados da verba MAC, não estão sendo mais pagos, o que fará com que a dívida aumente rapidamente. A desvinculação, com consequente suspensão dos descontos, solicitados pela Prefeitura em Brasília, desagradou o hospital. Assim, a Administração está recebendo integralmente o valor, sem descontos. O advogado da Santa Casa afirmou que a Prefeitura foi fiadora, o que ela nega, ressaltando que foi apenas anuente.

NADA ERRADO – O vereador Tiago Costa disse que o PPA teria que ser feito até 31 de agosto do primeiro ano de mandato e que não teria um fato novo para uma revisão. Geraldo Bertanha, o Gebê, em sua fala, ressaltou que não há nada de errado no fato de a Prefeitura revisar o plano. “Segundo o regimento interno da Câmara, há essa possibilidade. Então está dentro da lei”, rebateu Gebê.

ESPERADA – A derrota, com a rejeição do projeto do PPA, no entanto, já era esperada, inclusive pelo prefeito Carlos Nelson Bueno, que admite um desgaste com a casa de leis e sabe que pode ter dificuldades em aprovar alguma lei no futuro. Em um evento nesta semana, ao citar Orivaldo Magalhães, que estava presente, o chamou de “líder da bancada de três”, referência ao próprio, Fábio Motta e Manoel Palomino. Flávia Rossi confessou que também já sabia o resultado de segunda-feira. “Ficou bem claro qual era o projeto. Eles queriam o quê? Um desenhinho do hospital?”, disse.

ABAIXO-ASSINADO – O movimento A Santa Casa é do povo mogimiriano entregou, na segunda-feira, um abaixo-assinado com 1.356 assinaturas para propor à Câmara um projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, envolvendo o hospital. “A Santa Casa deve ser defendida e preservada por todos, especialmente pelas autoridades que estão no poder”, cita um trecho do documento. As assinaturas foram entregues pelos ex-vereadores Luiz Guarnieri e Ernani Gragnanello, ao lado de outros integrantes.

CONVITE – O ex-vereador Luiz Guarnieri realiza amanhã, às 9h, na Câmara Municipal, uma discussão sobre a Reforma da Previdência, que contará com a presença do deputado federal e professor, Luiz Flávio Gomes (PSB-SP). O evento é aberto à população e não é preciso se inscrever para o encontro.

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