domingo, abril 20, 2025

DA FONTE

ATO FALHO – Na sessão da Câmara da semana retrasada, a vereadora Maria Helena Scudeler de Barros se dirigiu ao presidente da Câmara, Manoel Palomino, chamando-o de prefeito. Por duas vezes. Ato falho. Isto é, um equívoco na fala provocada pelo inconsciente. Segundo a psicanálise, através do ato falho o desejo do inconsciente é realizado. Será que Maria Helena deseja ver Palomino sentado na cadeira de Carlos Nelson Bueno, quem sabe, a partir de 2021? O certo é que a vereadora não quer ver o prefeito nem pintado de ouro, no atual momento. E Palomino, ao ser chamado de prefeito, apenas abriu um sorriso de orelha a orelha, como que se tivesse pensando “quem sabe um dia isso não possa mesmo se realizar”.

CAPIVARAS – Esta semana, o assunto principal na tribuna da Câmara foi sobre capivaras. O primeiro a falar foi o vereador Orivaldo Magalhães. Citando a invasão desses mamíferos roedores no Zerão, informou que a Prefeitura vai cercá-los. “É o máximo que se pode fazer. Porque mexer com esses bichos é o mesmo que infringir uma lei. Essas capivaras têm mais direitos do que nós”, disse, em tom de reprovação à presença delas no Complexo Lavapés. Depois, foi a vez de Tiago Costa. Ele falou de capivara, mas usando o animal como metáfora para atingir o prefeito Carlos Nelson Bueno, usando o termo “capivara”, conhecido no meio policial, para relembrar os processos enfrentados por CNB na Justiça.

INQUISIÇÃO – Durante a explicação pessoal, Magalhães voltou à tribuna da Câmara para criticar o colega Tiago Costa. Para o líder do prefeito no Legislativo, cabe à Justiça – e tão somente – a condenação de alguém que responde processo judicial, caso de Carlos Nelson, sem se esquecer do direito constitucional de recorrer. “Tudo fora disso é tribunal de inquisição. Isso é lamentável nos dias de hoje”, disparou. Tiago Costa também voltou à tribuna para retrucar o colega. Refutou o termo “inquisição” – período em que a igreja católica romana julgava e executava os hereges, aqueles que questionavam suas crenças. “Diferente disso, apresento aqui fatos que provam desvio de verba pública e Caixa 2”, disse, acreditando que será este também o entendimento da Justiça.

VACILO – Não fossem os vereadores Robertinho Tavares e Cristiano Gaioto, a Prefeitura teria perdido uma verba de R$ 1 milhão do governo federal para compra de maquinário para a Secretaria de Agricultura. Pelo menos é o que contaram os dois parlamentares na sessão legislativa esta semana. Robertinho e Cris Gaioto foram para Brasília (DF) na semana passada e descobriram que existia tal quantia à disposição de Mogi Mirim, mas que a Prefeitura ainda não tinha feito o cadastro necessário para ser contemplado. “Já no dia seguinte, fomos na Prefeitura e conseguimos fazer o cadastramento”, afirmou Robertinho. Devem ser adquiridas duas pá carregadeiras.

ELEIÇÕES 2020 – O MDB de Mogi Mirim já se organiza com vistas às eleições municipais de 2020. O diretório local, antes provisório, agora é permanente e tem como presidente o vereador Moacir Genuário. A nova diretoria tem vigência até agosto de 2021. Uma reunião com a executiva estadual, na semana passada, definiu dar autonomia aos emedebistas mogimirianos. “Para decidir o que é melhor para a cidade”, observou Genuário. Nos bastidores, o partido se movimenta para a formação de um grupo forte a fim de disputar a eleição para prefeito ano que vem. Em 2016, o então candidato Ricardo Brandão ficou em segundo lugar, com 30% dos votos válidos.

IMBRÓGLIO – Outro assunto polêmico abordado na sessão ordinária desta semana foi quanto ao processo pré-eleitoral do Conselho Tutelar, que está paralisado. Um dos candidatos à vaga de conselheiro, o professor Davi Silva, apresentou aos vereadores sua indignação. Para ele, o processo estava sendo realizado de forma idônea. Disse que 29 pessoas se candidataram, oito foram desclassificadas por falta de documentação; 21 candidatos fizeram a prova classificatória, havendo duas desistências, e apenas três foram desclassificados, passando 16 para a segunda fase. “A eleição acontece já dia 6 de outubro, e como nós ficamos?”, questiona Davi. Os vereadores prometeram verificar esse imbróglio e dar uma resposta à população.

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