NANICOS – Se de um lado, a Secretaria de Saúde terá um orçamento de quase de R$ 120 milhões, na outra ponta da tabela, a previsão orçamentária é bem mais modesta. A Secretaria de Cultura e Turismo, por exemplo, terá R$ 2,3 milhões para continuar se destacando positivamente em 2020; Esporte, Juventude e Lazer, R$ 3,5 milhões; Agricultura, R$ 3,6 milhões. Para se ter uma ideia da diferença de orçamento entre a Pasta mais rica da Administração Direta e as menos prestigiadas financeiramente, o orçamento da Saúde é 33 vezes maior que da Agricultura, é 34 vezes maior que a do Esporte e 52 vezes a da Cultura. Se for levar em conta o orçamento de Flávia Rossi, que comanda Saúde e Educação, com o orçamento do Marquinhos Dias, secretário de Cultura, o dela é 97 vezes maior. Só que os dois ganham o mesmo salário.
IMPOSITIVAS – Já está sob análise das comissões permanentes da Câmara Municipal a Lei Orçamentária Anual 2020 (LOA), cuja peça estabelece as regras para a execução orçamentária, especifica e classifica todas as receitas e despesas, estabelece valores específicos em relação a previsão das receitas e fixação das despesas. E deve ser votada e aprovada antes do recesso parlamentar de dezembro. A previsão é que a LOA seja votada em novembro. A novidade para este ano é o orçamento impositivo dos vereadores, que totaliza 4,4 milhões, valor que representa 1,2% da previsão orçamentária. Cada um dos 17 parlamentares terá R$ 264,4 mil para destinar a obras, benfeitoria ou custeio de entidades. A maior parte das verbas impositivas vai para entidades do terceiro setor, R$ 1,8 milhão, sendo mais de R$ 1,1 milhão para a reconstrução da Associação da Pessoa com Deficiência (APD).
AUDIÊNCIA EXCLUSIVA – A audiência pública da prestação de contas da Secretaria de Saúde para a população em geral, na sexta-feira, 27, às 18h, na Câmara Municipal, quase não aconteceu. A reunião só foi realizada devido a presença de um único cidadão – o jornalista Anderson Mendes, de O POPULAR. Mais ninguém apareceu. Nenhum vereador. Desinteresse total, tanto do povo, que tanto reclama da saúde no Município, e com razão, muitas vezes, quanto dos representantes desse povo, os vereadores, que fazem da saúde assunto para polemizar nas redes sociais em busca de likes. Que papelão! Está certo que a participação deles não era obrigatória, tecnicamente. Mas, moralmente, sim. Quem vai ser o primeiro a ter a cara de pau de criticar ou questionar algo relacionado à saúde? Na verdade, esse é o papel do parlamentar, não exercido na audiência pública. Por omissão.
MARCA E NÃO VAI – A tal audiência pública da saúde acabou virando uma espécie de entrevista exclusiva. A secretária Flávia Rossi e sua equipe revelaram, por exemplo, um dado alarmante sobre a fila de consultas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Em média, de 300 a 500 consultas deixam de ser realizadas em cada uma das UBS’s pelo não comparecimento do paciente, que marca a consulta e, no dia marcado, não vai. E não informa ao postinho que não vai, segurando vaga, que poderia ser aberta para atender o próximo da fila. “Na véspera da consulta, ligamos para o cidadão para confirmar a presença dele, mas, na maioria das vezes, nem atende nossa ligação”, comentou Flávia Rossi, lamentando a falta de consciência desses usuários da rede básica de saúde do Município.
QUALIFICAÇÃO – 2020 será um ano importante para a Secretaria de Saúde, porque será construída três novas UBS’s com os R$ 6,3 milhões financiados junto à União. Mas não só por isso. Segundo a secretária de Saúde, Flávia Rossi, o que é preciso avançar e esse será o foco daqui para a frente é na qualidade do atendimento ao cidadão. “O mínimo que é exigido em lei para o Município cumprir, Mogi Mirim cumpre. O que temos de melhorar é em relação ao atendimento e isso se faz com qualificação profissional. A Secretaria de Saúde sabe disso e não se omite, tanto que estamos investindo fortemente para ter profissionais da saúde cada vez mais qualificados”, ressaltou ela. Por outro lado, a população precisa se informar melhor. Ainda hoje, muitos confundem atendimento de emergência e urgência com atendimento clínico. Dor de barriga não é caso de UPA (Unidade de Pronto Atendimento), por exemplo.
FORA DO BARCO – A expectativa é de que em 2020 seja realizada a maior eleição da cidade, com as candidaturas a prefeito de Carlos Nelson Bueno, Ricardo Brandão e Paulo Silva, três dinossauros da política mogimiriana. Mas, uma fonte ligada a um deles garante de pés juntos que só dois desse trio vai para a disputa. O outro estaria de fora do barco, assistindo de camarote a disputa eleitoral do ano que vem. O nome que estaria de fora do barco é o do ex-prefeito Paulo Silva. “Ele não quer ter mais essa dor de cabeça”, afirmou a fonte, que é uma pessoa próxima do ex-prefeito. Será? O cenário aponta para outro lado. Por que Paulo Silva trocou o PSB pelo PDT? De graça que não foi. Caso se confirme a informação dessa fonte, assim como em 2016, poderemos ter uma eleição polarizada, com CNB e Brandão como protagonistas, e candidatos menos estrelados buscando surpreender por fora. A conferir.
BIOMETRIA – Dando continuidade no processo de cadastramento biométrico dos eleitores de Mogi Mirim, o Cartório Eleitoral aguarda posicionamento da Prefeitura e da Justiça Eleitoral para montar uma central itinerante no Jardim Planalto, já a partir da próxima semana. Essa central deve funcionar no posto de saúde do bairro, no horário de expediente. Enquanto isso existe uma central no Distrito de Martim Francisco, instalada na subprefeitura, que deve atender os eleitores locais até o dia 11, pelo menos, informa a chefe do Cartório Eleitoral de Mogi, Rogéria Beatriz Loura. Ela já adiantou que dia 19, um sábado, haverá novo plantão para fazer a biometria. Mas, neste caso, só será atendido eleitor que tiver feito agendamento pelo site ou telefone, a partir do dia 14. O endereço eletrônico é o www.tre-sp.jus.br e os telefones são 3862-0193 e o 3862-7073.