QUE VERGONHA – Semana passada, o vereador Cristiano Gaioto revelou uma situação de descaso com os imóveis públicos pela própria Prefeitura. É que quase o Município perde uma emenda parlamentar de R$ 700 mil do deputado estadual Rafa Zimbaldi para reformas de postos de saúde e escolas. Acontece que os imóveis indicados para receber a verba estadual não têm documentação, como matrícula e averbação. Por conta disso, as melhorias na escola Helena dos Santos Alves e na UBS da Santa Clara não vão acontecer. Porém, Mogi Mirim não vai perder esse dinheiro. Dois próprios municipais, dos poucos com a documentação em dia, serão beneficiados com a verba parlamentar – a UBS Vanderlei e a creche Nelson Neves, ambas na Vila Dias, que são os únicos imóveis tanto com matrícula quanto com averbação. Isso é uma vergonha!
FORÇA-TAREFA – Antes, porém, de conseguir encontrar dois imóveis para receber os R$ 700 mil, outros foram indicados e rejeitados pelo Estado. Uns tinham averbação, mas não matrícula e vice-versa. Diante dessa situação de “fratura exposta”, Cristiano Gaioto afirmou que vai lutar junto ao governo municipal para que se faça uma força-tarefa a fim de se regularizar a documentação de todos os imóveis municipais, principalmente postos de saúde e escolas. “Para que, no futuro, não corramos mais o risco de perder verbas de emendas parlamentares, principalmente do Estado”, disse. Informou que vai oficiar a Prefeitura, indicando a criação de uma comissão especial para tal finalidade. Já se especula até a criação de uma nova secretaria municipal, a de Patrimônio Público, para fazer isso. “Não há necessidade. Basta uma comissão com profissionais competentes”, pontuou Gaioto.
NOVOS MOGIMIRIANOS – O final de ano chegando, o espírito natalino vai se fortalecendo e a porteira para entrega de títulos de cidadãos mogimirianos se abrindo. Na última sessão legislativa, realizada dia 14, cinco vereadores tomaram a iniciativa de homenagear pessoas com o título de cidadão mogimiriano. Os novos mogimirianos serão o deputado federal Baleia Rossi, indicado por Moacir Genuário; Guillermo Osvaldo Nardi, por Tiago Costa; Joana D’Arc Ribeiro Bizigato, por Gebê; Edson Henrique Rosa, por André Mazon; e major PM Adriano Daniel, comandante interino do 26º Batalhão da Polícia Militar do Interior, de Mogi Guaçu, por Gerson Rossi Jr. Os respectivos decretos legislativos precisam ser aprovados por todos os vereadores. As entregas dos títulos serão feitas em sessão solene pela Câmara Municipal.
BALEIA – O deputado federal Baleia Rossi, novo presidente nacional do MDB, recebeu, na última sessão ordinária, uma moção de aplausos, encaminhada por Moacir Genuário e Tiago Costa, que são do mesmo partido. A moção, na verdade, congratula Baleia pela eleição da presidência do partido de Michel Temer, Romero Jucá, Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Eunício Oliveira, entre tantos outros desse quilate de políticos repugnantes. A eleição de Beleia Rossi como novo manda-chuva emedebista, segundo Tiago Costa, significa uma quebra de paradigma. “A vitória de Baleia Rossi significa um novo tempo para o MDB, um tempo de limpeza de nomes que sujaram o nosso partido”, disparou o vereador, citando Eduardo Cunha, este preso, e Renan Calheiros, este sob investigação de corrupção.
TOTONHO – O desfile cívico em comemoração ao aniversário de 250 anos de Mogi Mirim, nesta terça-feira, 22 de outubro, contou com a presença do deputado estadual Barros Munhoz. Ele estava no palanque montado na Praça Rui Barbosa ao lado do prefeito Carlos Nelson Bueno, aliado de longa data. Apenas dois dias depois, na quinta-feira, 24 de outubro, o deputado já estava comemorando o aniversário de 199 anos de Itapira, sua cidade natal. Estava ao lado do prefeito Paganini, seu afilhado político. Conta a história que em 24 de outubro de 1820 iniciou-se a derrubada de uma mata onde seria construída a igreja de Nossa Senhora da Penha. Pelo significado, essa data passou a ser tida como a data de fundação da cidade vizinha. Mas, Itapira só se tornou município, de fato, em 1858, há 161 anos.
250, 170 ou 299? – Polêmica no ar. Comemorou-se nesta terça-feira, 22 de outubro, 250 anos de fundação de Mogi Mirim. Mas o quê se comemorou, de fato? A história conta que se comemora nesta data a elevação de freguesia de São José de Mogi Mirim à vila, em 1769, após cisão do município de Jundiaí, à qual Mogi pertencia. E passa a abranger enorme território, na divisa entre São Paulo e Minas Gerais, desde Itapira, Mogi Guaçu até Franca. Mas só é elevada à categoria de cidade em 3 de abril de 1849, através de uma lei pelo presidente da província de São Paulo, padre Vicente Pires da Mota. Portanto, há 170 anos. Mas há ainda quem aponte para que a idade de Mogi Mirim devesse ser comemorada com a criação do primeiro povoado, em 1720, há 299 anos, portanto, como faz Itapira. O que acha disso?