BATATA ASSANDO – Corre nos corredores do Poder Legislativo que a “batata” do vereador Samuel Cavalcante está assando. Esse tem sido o principal assunto nas últimas semanas. Alvo de denúncia de prática de “rachadinha”, isto é, pegar pra si parte do salário de seu assessor, o parlamentar do PR responde ao Conselho de Ética, que apura o caso. Para muitos servidores da Casa do Povo não há outra saída senão a cassação do vereador no final das contas, mediante as denúncias feitas. Nas ruas, o povo tem cobrado a Câmara Municipal para que faça uma caça às bruxas contra Cavalcante, esquecendo-se que ele tem o direito de se defender e tentar provar o contrário. O fato é que todo esse processo já rende muita dor de cabeça ao Samuel.
RACHADINHA – Enquanto isso, lá em Brasília, terra de políticos “ilibados” do nosso País, líderes partidários na Câmara dos Deputados podem votar um projeto a fim de permitir a prática de uma espécie de “rachadinha” para incrementar o fundo eleitoral das campanhas políticas. A ideia seria taxar em 3% o salário de todos os congressistas e seus respectivos assessores, o que recairia sobre todos os parlamentares do Brasil, incluindo vereadores e assessores, em um efeito cascata imoral, e repassar esse montante para os fundos partidários. A estimativa é arrecadar até R$ 4 bilhões para as campanhas. Querem oficializar tal prática abominável para ter mais dinheiro para ludibriar o povo em ano eleitoral.
FEMINICÍDIO – Mogi Mirim registrou no sábado, 23, o segundo feminicídio em menos de 20 dias. E o que o Poder Público tem feito em relação a isso? Nada! A própria vereadora e policial civil Sonia Módena reconhece a ineficiência tanto do Estado quanto da Prefeitura em executar políticas públicas de combate à violência doméstica contra a mulher. “Fazemos palestras, debates, discutimos o assunto, propomos ações, mas nada está sendo feito. É preciso agir”, bradou a parlamentar. “O que as escolas municipais estão fazendo, em termos de promover a consciência de nossas crianças sobre o assunto. Não estou vendo ação nenhuma”, observou. “Estou frustrada e decepcionada como o Poder Público trata o assunto”, lamentou Sonia.
CONTRASSENSO – O vereador Moacir Genuário está inconformado com a doação de três imóveis para a empresa Vida Verde. Os imóveis instalados em uma área de 11,5 mil metros quadradas, no Distrito Industrial “José Mariotoni”, já são ocupados pela empresa. De forma irregular. É que Vida Verde recebeu tal área no início dos anos 2000, a título de doação, não cumpriu com suas obrigações e teve os terrenos tomados anos depois. Mas não saiu de lá. Continuou suas atividades. E agora volta a contar com a “bondade” do prefeito Carlos Nelson Bueno para legalizar a situação. “O absurdo aqui é que quando o empresário bate à porta do prefeito pedindo terreno, a resposta é de que não há área disponível. Como não? E essa empresa que está lá esse tempo todo de forma irregular e sem pagar aluguel. Isso é um absurdo, um contrassenso”, disparou.
PONTE DO LARANJEIRAS – O risco de queda da ponte da Rua 32 do Parque das Laranjeiras tem tirado o sono do vereador Robertinho Tavares. Literalmente. As chuvas fortes da semana passada quase causaram uma tragédia no bairro, segundo Robertinho. Três pessoas que tentavam atravessar a ponte caíram com o carro no córrego. “Por sorte eles pularam e se salvaram, senão seriam arrastados pela correnteza junto com o carro”, contou. A indignação maior é pela falta de atenção por parte da Prefeitura e da Construtora Simoso, que realiza as obras de infraestrutura no bairro. “Quando chove é só lama que desce em direção a ponte. Uma hora ela vai acabar sendo arrastada e os moradores daquele trecho vão ficar ilhados. Ninguém faz nada”, criticou. Ameaçou ir ao Ministério Público se nada for feito.
LIXEIRAS – Quando chove e inunda tudo, em parte, é porque tem muito sujeira na rua, causada por dois fatores principais – a ineficiência da limpeza pública e pela falta de educação e de consciência da própria população mesmo. Mas daí vão falar: onde depositar o lixo, se nem lixeira a cidade tem direito? A queixa procede. Que o diga o vereador Gerson Rossi Junior. Ele cobrou a Prefeitura, através de requerimento, a providenciar novas lixeiras para instalar na região central da cidade em substituição àquelas quebradas. “Infelizmente não há um planejamento para reposição das lixeiras deterioradas”, alertou. Para ele, isso é uma pena porque o Poder Público deixa com isso de contribuir com a educação do povo para que não se jogue lixo nas ruas, provocando o entupimento de bueiros, por exemplo.
SUPERBACTÉRIA – Menos de três dias depois de chamar a imprensa para tranquilizar sobre a superbactéria na UTI da Santa Casa, eis que ela volta a atacar e a acometer, de uma só vez, três pacientes da unidade, informaram os vereadores Tiago Costa e Maria Helena Scudeler de Barros, inconformados com a nota divulgada pela Prefeitura. “A saúde se apequena em nossa cidade. Estão deixando morrer paciente por falta de funcionário, conforme ata da própria Santa Casa. Esse é o submundo do hospital cuidado pela Prefeitura”, disparou Maria Helena, chamando de irresponsáveis aqueles que respondem pela Santa Casa, não deixando de cutucar a supersecretária Flávia Rossi (Educação e Saúde). “Vamos acompanhar esse caso até o fim”, disse.