domingo, abril 20, 2025

DA FONTE

VALE TUDO – O corre-corre em busca de votos já começou, mesmo não sendo período de campanha eleitoral. O prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB), por exemplo, já saiu da toca. Virou o ano menos no Gabinete climatizado e mais nas ruas, seja de dia ou à noite. Acompanhou limpeza de córrego, plantio de grama, inaugurou nova iluminação em praça pública. Agora em 2020 só falta querer inaugurar abertura de buraco de rua. Só para estar mais pertinho do povo que ele tanto estima. Pelo menos em ano eleitoral. Natural. É da cultura dos políticos tupiniquins. Vale até tomar cafezinho em bar de periferia e dar tapinhas nas costas de velhos amigos que nunca viu antes.

FORMIGUINHA – Enquanto um sai a público em busca de holofotes, outro trabalha na miúda fazendo reuniões privadas. Essa tem sido a estratégia do empresário e ex-prefeito Ricardo Brandão, pré-candidato a prefeito pelo Podemos. Um trabalho de formiguinha casa a casa, bairro a bairro, pode-se dizer. Ricardo, então no antigo PMDB, perdeu a última eleição para CNB. E, agora, quatro anos depois, volta ao cenário político de Mogi Mirim como um bom mineirinho, comendo pelas beiradas. Mas só por enquanto. Brandão pretende ser mais uma vez o principal adversário de Carlos Nelson. E, segundo seus apoiadores, promete vir ainda com mais gana nestas eleições de 2020.

ALFAIATARIA – Esse período pré-campanha que os políticos vivem pode ser chamado de “alfaiataria”. Porque é quando se costura acordos e apoios políticos. Os pré-candidatos confessos Carlos Nelson Bueno e Ricardo Brandão devem ter nessa campanha de 2020 a companhia de outros bons nomes na disputa, entre eles, o do presidente da ACIMM e ex-vereador Luizinho Guarnieri, que tem o apoio do ex-prefeito Paulo Silva. Cada qual costurando alianças a fim de fortalecer os respectivos grupos. Muitas vezes o que define a vitória nas urnas é, sim, uma boa costura. Geralmente, quanto maior a peça de roupa – com mais siglas – maiores as chances de sucesso. Mas há exceções, claro. Bolsonaro que o diga.

PROVISÓRIA – O Democratas está com uma provisória em Mogi Mirim, assim como em todo o Estado de São Paulo. Presidido no Estado pelo vice-governador Rodrigo Garcia, o DEM de Mogi é chefiado pelo advogado Tiago Toledo, ex-secretário de Segurança e Negócios Jurídicos do governo de Carlos Nelson Bueno. Na eleição de 2016, a legenda apoiou o PMDB de Ricardo Brandão. Atualmente, tem mais afinidade com CNB. Mas, a definição sobre apoios só sairá após 30 de março, quando fecha a janela de troca-troca de partidos, entre 15 e 30 de março. Nessa quinzena, o DEM poderá atrair dois ou mais vereadores e três ou mais secretários municipais. O presidente da Câmara, Mané Palomino, hoje no Cidadania, é um deles.

ANDORINHA – Dizem que uma andorinha só não faz verão. Essa frase não vale muito para o secretário de Cultura e Turismo, Marquinhos Dias. Pelo menos, neste mês de janeiro. É que a sua pasta está com 90% dos servidores em férias. Motivo para o secretário cruzar os braços, certo? Pelo contrário. Aí sim é hora de arregaçar as mangas. E é o que ele vem fazendo. Mesmo praticamente sozinho, Marquinhos, acompanhado apenas de dois servidores, aproveita o período para planejar todos os eventos que a Secretaria promoverá ao longo do ano. Mas só em fevereiro. No primeiro final de semana tem o Domingo do Samba e em seguida o Carnaval. Se 2019 já foi bom, 2020 promete ser melhor ainda.

RACHADINHA – Embora em recesso parlamentar, o Conselho de Ética da Câmara já se reuniu esta semana para dar continuidade aos trabalhos de apuração da denúncia sobre rachadinha contra o vereador Samuel Cavalcante (PR). Ele foi acusado, no final do ano passado, de apropriar-se de parte do salário do ex-assessor Adauto Donizete Sebastião pelo empresário Emanuel Axel Lucena da Silva. O trabalho do Conselho está na fase de oitivas das partes e testemunhas, segundo o presidente Cristiano Gaioto (PP). O relatório final deve começar a ser montado já na semana que vem e entregue em seguida. O Plenário da Casa decide o futuro do Samuel Cavalcante em fevereiro, após o recesso.

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