DISSÍDIO
Com base nos dados apresentados pela Secretaria de Finanças, na quinta-feira, 20, em que expõe a pujança econômica da Administração, conquistada, com muito suor, diga-se de passagem, nos últimos dois anos, depõe contra ela própria no que diz respeito a uma contraproposta indecente ao dissídio da categoria, como foi nos últimos três anos. Afinal, o Executivo fechou 2019 com os cofres cheios – com quase R$ 27 milhões – e gasto com a folha abaixo do limite prudencial em mais de 2%. Portanto, os servidores não vão aceitar muito menos do que os 13% que pleiteiam. Engolir sapo de novo, não.
VENTOS A FAVOR
Além da saúde econômica e o equilíbrio financeiro da Prefeitura, que contam favoravelmente aos servidores, outros ventos sopram a favor desses trabalhadores. É ano eleitoral e o prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB), experiente que é, não vai ser louco de dar um tiro no próprio pé. Sabe que não pode desprezar os votos dos servidores e familiares se quiser mesmo se reeleger para mais quatro anos de mandato. Contudo, além da saúde financeira da Prefeitura, também é ano eleitoral. Esses são ventos que contam a favor para uma reposição à altura das perdas de mais de 11% dos últimos três anos.
DIGNIDADE
O vereador Cinoê Duzo (PSB) chegou a questionar o presidente do Sinsep, David Barone, sobre a possibilidade de greve em caso de ventos contrários. Essa possibilidade sempre vai existir em uma negociação entre trabalhadores e patrão. Mas as chances de isso acontecer este ano são pequenas, disse Barone. Porque as expectativas são boas. Para a vereadora Sonia Módena (PP), que é servidora estadual, a máquina pública funciona com seres humanos, que, por sua vez, funcionam através daquilo que é de direito do servidor, entre os quais, salário digno.
TROCA-TROCA
Fevereiro findando e março chegando. Março é um dos meses decisivos no calendário eleitoral. Porque é o mês que abre a oportunidade para os pré-candidatos se alinharem a um partido político ou trocarem de legenda. Essa janela de troca-troca acontece na segunda quinzena do mês. Claro que haverá político trocando de sigla. Faz parte do jogo. Nem tanto por filosofia política ou ideologia partidária. Mas sim por conveniência eleitoreira, na maioria dos casos. Também não vamos generalizar, que é para não ter mi-mi-mi depois. Embora saibamos que o que vale mesmo – para todos – é atingir o objetivo final: ser eleito em 4 de outubro.
RACHADINHA
O vereador Samuel Cavalcante (PR) apresenta sua defesa, por escrito, à Comissão Processante da Câmara que apura denúncia de rachadinha de salário contra ele no dia 4 de março, próxima quarta-feira. Samuel também responde a uma acusação por apresentar atestados médicos falsos para justificar ausências em sessões ordinárias. Essa denúncia segue sendo apurada pelo Conselho de Ética e Decoro da Casa, que instituiu comissão de inquérito, formada por Cristiano Gaioto (PP), André Mazon (PTB) e Tiago Costa (MDB), para apurar o caso. Os trabalhos dessa comissão tem prazo de 60 dias.
PLANO DE GOVERNO
O vereador André Mazon, pré-candidato a prefeito pelo PTB, disse que apresentará um plano de governo aos eleitores feito a muitas mãos, o que podemos chamar de plano de governo participativo, diferente dos muitos que são elaborados por aí entre quatro paredes apenas com lideranças partidárias e políticas. “A partir da segunda quinzena de março vou fazer eventos para discutir publicamente o nosso plano de governo para Mogi Mirim, contando com as ideias da população e de especialistas em cada área, a fim de oferecer aos eleitores as melhores ideias para a cidade”, disse.
NOS TRAÇOS DE JOÃO GOUVEIA – Acabou a farra