CARA À TAPA
Apenas um secretário de Carlos Nelson Bueno se descompatibilizou do cargo para disputar as eleições para vereador. Mauro Nunes (PSDB) foi o único nome do primeiro escalão a dar a cara à tapa, se prontificando a subir no palanque como candidato para pedir votos a CNB. Para o seu lugar na Secretaria de Administração assume o secretário de Finanças, Oliveira Pereira da Costa, acumulando as duas secretarias. Nos bastidores, falava-se em pelo menos três ou quatro nomes do primeiro escalão sendo solidário a Carlos Nelson, eleitoralmente falando. Poderiam estar nesta lista Flávia Rossi (Educação), Guto Urbini (Governo), Zé Paulo Silva (Serviços Municipais), Valdir Biazotto (Agricultura), por exemplo. Ninguém quis.
RUMORES
Não é de hoje que se fala, no meio político, que o candidato a vice-prefeito na chapa com o prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB), pré-candidato natural à reeleição, será do DEM. O partido foi o maior beneficiado do troca-troca partidário. A legenda saiu de zero para três vereadores na bancada – Cristiano Gaioto, Gebê e Manoel Palomino, que é o presidente da Casa. E seria, justamente, um deles o possível candidato a vice de CNB. Para ir mais longe o nome mais cotado, nessa perspectiva, é de Palomino. Por isso teria trocado o Cidadania pelo Democratas, embora ambos rezem a mesma cartilha do prefeito tucano. A conferir.
TUDO EM CASA
Se, por um lado, os vereadores do DEM estão gozando de prestígio com o governo municipal, por outro, o grupo político de Carlos Nelson Bueno festeja a chegada do vereador Marcos Gaúcho, ex-PSB, no grupo. Primeiro, porque enfraquece a oposição. Segundo, porque traz mais um bom puxador de votos para o ninho. Mas essa via, no entanto, é de mão dupla. Gaúcho também ganha com a ida para o PSDB. Alvo de uma sindicância interna da Prefeitura por assédio moral e insubordinação hierárquica, é difícil imaginar um resultado diferente que não seja positivo para Gaúcho, que, certamente, sai fortalecido depois da janela partidária.
INCOMPATIBILIDADE
O ex-prefeito Paulo Silva, do PDT, surpreendeu a todos semana passada com o anúncio da retirada da pré-candidatura a vice-prefeito na chapa com o pré-candidato a prefeito Luizinho Guarnieri, do PSB, que segue na disputa. A saída do time de campo se deu, segundo o pedetista, à pandemia do novo coronavírus. “Em meio à pandemia da Covid-19 não tem nenhum propósito ficarmos discutindo eleições nos próximos meses”, justificou. Extraoficialmente, o que se fala é que o coronavírus foi só um pretexto para Paulo Silva romper com Luizinho, uma vez que os dois não falavam a mesma língua. Incompatibilidade total de ideias, dizem.
POLARIZAÇÃO
Sem a força política e de possibilidade de votos que Paulo Silva poderia trazer para Luizinho Guarnieri, as eleições 2020 podem, mais uma vez, seguir o que aconteceu em 2016, com uma polarização entre Carlos Nelson Bueno, do PSDB, e Ricardo Brandão, do Podemos. Correndo por fora vêm André Mazon (PTB), Danilo Zinetti (PSD), Elias Ajub (Republicanos) e o próprio Luizinho Guarnieri (PSB) e, talvez, algum outro nome ainda não aventado. Todos da oposição. Como se vê, com essa falta de sinergia da oposição, o caminho para mais uma vitória de Carlos Nelson nas urnas, pela quarta vez, vai sendo pavimentado a passos largos. Ou não?
SURPREENDEU
Político irreverente, o vereador Cinoê Duzo deixou para a última hora a troca de partido. Sua ida para o PTB, do vereador e pré-candidato a prefeito André Mazon, surpreendeu muita gente, no meio político, inclusive. Sua desfiliação do PSB, assim como aconteceu com Marcos Gaúcho e Maria Helena Scudeler de Barros, era tida como certa. Mas nem de longe cogitava-se uma filiação ao PTB, que ganha e muito com a ida de Cinoê, que, sem dúvida, passa a ser o maior puxador de votos da legenda. Só pra se ter ideia, ele, sozinho, com os seus 1.275 votos na última eleição, representa mais de 50% dos votos da nova sigla na comparação com 2016.
NOS TRAÇOS DE JOÃO GOUVEIA