INCOERÊNCIA
A vereadora Sonia Módena (Cidadania) criticou na sessão ordinária da Câmara, esta semana, a incoerência do Centro de Fiscalização quanto às ações contra o novo coronavírus (Covid-19). “Acho errado os ambulantes não poderem trabalhar no Jardim Velho, ao mesmo tempo em que permitem o funcionamento da Feira Noturna e o comércio com meia porta aberta”, disparou a parlamentar. “Esses ambulantes dependem de suas barracas para tirarem o sustento da família. Como vão fazer”, questionou. A reportagem de O POPULAR esteve no local semana retrasada e encontrou os ambulantes de máscara e oferecendo álcool em gel aos poucos clientes que apareciam nas barracas. Lá, não havia aglomeração não.
COERÊNCIA
O vereador Alexandre Cintra (PSDB), que leva consigo a bandeira da cultura, uma das áreas que defende no Legislativo, comemorou esta semana a aprovação da Lei Aldir Blanc, na Câmara dos Deputados, que destina R$ 3,6 bilhões da União a trabalhadores da Cultura de todo o país, o chamado auxílio emergencial da Cultura. “Atenção artistas mogimirianos, micro, médios e grandes empresários da Cultura, esses recursos são ações de apoio ao setor cultural durante o período de isolamento decorrente da pandemia do novo coronavírus”, destacou Cintra. O projeto garante renda de R$ 600, retroativo a 1º de maio para os trabalhadores informais da Cultura de todo o país. Nada mais coerente.
FÉ ESSENCIAL
O vereador Gerson Rossi Junior (Cidadania) requer ao prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) a inclusão das igrejas da cidade como serviço essencial no próximo decreto que trata da quarentena, a partir de 1º de junho, para que elas possam abrir as portas para receber os fiéis em missas ou cultos, com regulamentação sanitária para templos religiosos, prevendo, claro, restrições a fim de evitar o contágio da Covid-19. O vereador, que é líder do prefeito na Câmara, oficiou também a Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, para ampliação do Programa Viva Leite, que é para beneficiar um número maior de famílias, muitas das quais afetadas pela crise econômica causada pelo novo coronavírus.
APROVADOS
O plenário da Câmara ratificou esta semana, com aprovação em segundo turno, dois projetos de lei. Um obriga os circulares do transporte público urbano da cidade a pararem fora do ponto de ônibus, isto é, entre uma parada e outra, para gestantes e portadores de necessidades especiais que assim desejarem. Outro isenta as entidades assistenciais de Mogi Mirim de pagarem Zona Azul. Cinoê Duzo (PTB) é o autor da primeira propositura e, Gerson Rossi, da segunda. E, em turno único, foi aprovado projeto de lei de Sonia Módena que institui o Dia Municipal do Protetor de Animais, ocorrendo sempre nos dias 10 de agosto de cada ano.
CONTA DE ÁGUA
Vereadores criticaram duramente o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) na ordinária desta semana, devido às trocas de hidrômetros, segundo eles, a toque de caixa, em plena pandemia de Covid-19. Consequência disso é o aumento na conta de água dos consumidores afetados. “Tem gente que pagava R$ 70 e agora está vindo R$ 250”, afirmou Tiago Costa (MDB). Robertinho Tavares (PL), sem querer querendo, comparou o Saae a um Robin Hood às avessas. “Por um lado, cria benefícios para aquelas pessoas cadastradas em programas sociais, enquanto, por outro, afeta a maioria da população com a cobrança mais alta da conta de água devido a troca dos hidrômetros. Parece um Robin Hood”, disse.
BLOQUEADORES
Tiago Costa voltou a cobrar a execução da lei sobre a obrigatoriedade de instalação de bloqueadores de ar nos hidrômetros da cidade, a fim de eliminar possíveis passagens de ar pelo relógio da água e, consequentemente, a cobrança de ar na conta da água do Saae. Segundo ele, a lei aprovada na Câmara, depois vetada pelo prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB), mas sancionada pelo Parlamento Municipal, teve contra ela uma ação de inconstitucionalidade pelo Poder Público, que o Tribunal de Justiça derrubou, dando, assim, ganho de causa ao vereador Tiago, autor da lei. “Por que, então, não colocar logo essa lei em prática”, questiona o emedebista. “Não podemos mais aceitar isso: pagar ar em vez de água.”
O TRABALHADOR E O LADRÃO – Nos Traços de João Gouveia