PRODUTIVA
A última segunda-feira foi produtiva pelos lados do Legislativo. Também pudera. Depois de quase um mês sem sessão, por causa do coronavírus, os vereadores se reuniram dia 13 para votarem – e aprovarem – 20 proposituras em duas ordinárias. Agora, ordinária só em agosto. Depois do recesso parlamentar. Mas, semana que vem tem extraordinária para votar a cassação de mandato do vereador Samuel Cavalcante (PL). Ele é acusado de prática de rachadinha de salário, ou seja, apropriação imoral e ilegal de parte de salário de assessor parlamentar, o que configura crime de peculato, já se se trata de dinheiro público.
CARROCEIROS
A votação de 20 projetos em uma só noite não significou aprovação a toque de caixa. Não desta vez. Alguns projetos tiveram ampla discussão. Um deles, em particular, tomou cerca de uma hora e meia do tempo dos vereadores. Foi o caso da discussão sobre a proibição de carroceiros na área urbana de Mogi Mirim, de autoria da vereadora Sonia Módena (Cidadania), aprovada em dois turnos, mas com emenda de Tiago Costa (MDB) abrindo exceção para uso de tração animal na cidade por quem não tiver nenhum outro meio de transporte. Sonia era contra a emenda, mas foi voto vencido. Nem comemorou direito a aprovação do seu PL.
TELEFONIA MÓVEL
Tão polêmico quanto e não menos discutido, a atualização da legislação sobre telefonia móvel no município também tomou um bom tempo dos parlamentares. E depois de adiada e muito discutida em audiência publica e com três emendas, o PL 11/2020 foi aprovado. Basicamente, moderniza a lei municipal atual, que é da década de 1990, adequando à legislação federal de 2015, que disciplina a instalação de antenas de celulares. Na prática, espera-se serviços de internet melhores para toda a população. “Pouco podemos legislar sobre o tema. Pelo menos conseguimos garantir que as APP’s sejam protegidas”, comentou Maria Helena (MDB).
‘SONHOS ROUBADOS’
Nem só de votação de projetos, como o que autoriza a Câmara a devolver R$ 1,5 milhão de duodécimo à Prefeitura, entre outros, viveu o Legislativo na segunda, 13. Também teve críticas pesadas ao governo municipal. O emedebista Tiago Costa soltou sua metralhadora giratória contra o prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB). Chamou-o de “destruidor de sonhos”, criticando a morosidade do Executivo na liberação de loteamentos, como o Reserva da Mata e Morro do Sol, que estão próximos do Morro Vermelho II, que é da família do prefeito. “São mais de mil família prejudicadas e vem com essa de 100 casinhas populares… Chega de ladrão de sonhos.”
MOSTARDINHA
A ex-vereadora médica Maria Alice Mostardinha deve voltar à disputa eleitoral nestas eleições municipais. Mas não para o Legislativo. Filiada ao Solidariedade, ela é cotada para sair de candidata a vice-prefeita na chapa do pré-candidato a prefeito Danilo Zinetti, do PSD. Segundo os bastidores políticos, que ferve neste período pré-eleitoral, só falta o sinal verde do presidente do SD, ex-vereador Léo Zaniboni, para que a aliança seja confirmada. Portanto, além do PL, aliado confirmado na semana passada, o Solidariedade é mais um partido que estará no palanque de Danilo Zinetti e, muito provavelmente, com a candidata a vice. Quem contou da Mostardinha foi um passarinho roxo.
LÁ É MELHOR QUE AQUI
Ao tentar justificar sua estadia em Campos do Jordão com a família, no último final de semana, o vereador André Mazon (PTB) deu um tiro no próprio pé. “Lá é mais seguro que aqui”, disse, informando que a família iria continuar lá em detrimento de Mogi Mirim. Vale lembrar que André é pré-candidato a prefeito de Mogi, apesar de preferir Campos do Jordão. Tão logo deixou a tribuna da Câmara, foi alvo de brincadeiras por parte dos colegas. “Então, Campos do Jordão é melhor do que Mogi Mirim?”, disse um. “Se for eleito prefeito, vai governar Mogi de lá”, apontou outro. “Até o frio de Campos do Jordão ele vai trazer pra cá”, ironizou outro. A emenda saiu pior que o soneto. Definitivamente, pegou mal para o petebista.