RACHADINHA
Ainda a rachadinha de salário. O assunto ainda rende nos bastidores da política local. A avaliação é de que o resultado do julgamento do agora ex-vereador Samuel Cavalcante (PL) foi bem vista pela população mogimiriana, pelo menos nas redes sociais. E em ano de eleição municipal, claro, que nenhum vereador – menos Magalhães (PSDB) – queria ficar mal na foto com o eleitorado. Com 15 votos a 1 pela cassação do liberal fica a impressão não só de convicção da falha moral do vereador cassado, mas também de que muitos jogaram para a torcida. Por ser ano eleitoral. Talvez o resultado fosse um pouco diferente não fosse a eleição que se aproxima.
CARA À TAPA
A sessão extraordinária de julgamento da conduta de Samuel Cavalcante teve a presença dos 17 vereadores da Casa de Leis. Nenhum deles pode ser acusado de “amarelão”. Por outro lado, a grande maioria preferiu se abster do uso da palavra para justificar o voto. Cada um tinha direito a 15 minutos de fala na tribuna. Só Robertinho Tavares, do mesmo partido do vereador cassado, Magalhães, que não se furtou do direito de justificar seu “Não”, e o trio do MDB, Maria Helena Scudeler de Barros, Tiago Costa e Moacir Genuário, além do próprio Samuel, deram a cara à tapa, fazendo suas considerações sobre a rachadinha. Os demais enfiaram a cabeça no saco com medo de se exposição.
ALIANÇA
O vereador André Mazon, pré-candidato a prefeito pelo PTB, tem mostrado uma habilidade ímpar de persuasão. Depois de atrair para o seu partido o vereador bicampeão de votos, Cinoê Duzo, ele volta a surpreender com o anúncio do apoio à sua pré-candidatura do MDB, que era paquerado também por outros grupos políticos, visando a eleição majoritária. Com essa aliança, André Mazon enfraquece seus concorrentes, entre eles, o ex-prefeito Paulo Silva, pré-candidato a prefeito pelo PDT. A vereadora Maria Helena, do MDB, por exemplo, não escondia sua simpatia à pré-candidatura do pedetista. Ela era cotada até para ser vice na chapa com Paulo Silva.
SUSPENSE
O anúncio da pré-candidatura de Paulo Silva (PDT) para prefeito nestas eleições, esta semana, pode mudar muita coisa no cenário político desenhado até agora. Sabe-se que o MDB e o Solidariedade, que eram paquerados pelo pedetista, tomaram rumos diferentes. Mas será mesmo que, agora com a definição do ex-prefeito, não podem repensar suas posições? Uma frase de um aliado próximo de Paulo Silva deixa o suspense no ar. “Quem sabe ainda não possa haver uma aliança mais adiante.” Esta mesma fonte, um passarinho verde, disse que o pedetista gostaria de contar com apoio tanto do MDB e SD quanto do PTB e André Mazon, que também é pré-candidato a prefeito, sem falar de Luizinho Guarnieri, do PSB.
MULHERES
Estas eleições devem ser das mulheres. Pelo menos, elas são muito bem cotadas para comporem as chapas com os principais pré-candidatos a prefeito. Danilo Zinetti, do PSD, por exemplo, quer contar com a ex-vereadora a médica Maria Alice Mostardinha, do Solidariedade. André Mazon, do PTB, e Paulo Silva, do PDT, chegaram a traçar como perfil ideal para vice também uma mulher. A vereadora Maria Helena (MDB), por exemplo, cairia bem para os dois pré-candidatos. Quem sabe. O prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB), pré-candidato à reeleição, que hoje tem como vice a médica Lúcia Tenório (Cidadania), não deverá abrir mão de uma figura feminina no pleito, podendo ser a própria atual vice-prefeita.
ESCRITÓRIO POLÍTICO
O Partido Social Liberal não está para brincadeira. Alvo de disputa política em Mogi Mirim, com intervenção e tudo, o PSL está firme no propósito de lançar candidato próprio para a disputa da prefeitura nas eleições de novembro. Já até montou seu escritório político, à Avenida Professor Adib Chaib, na região central da cidade. Inclusive, estampa as portas de vidro do QG peselista uma foto do empresário Aloísio Bueno, pré-candidato a prefeito. Como candidato a deputado estadual em 2016, ele recebeu mais de 6,4 mil votos. Um capital político, que se ainda tiver, que não se pode desprezar. A conferir.
CADÊ O INVERNO? – NOS TRAÇOS DE JOÃO GOUVEIA