IMUNIDADE
O vereador Tiago Costa (MDB) usou a tribuna da Câmara esta semana para comemorar, em alto e bom som, uma vitória contra o prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB). É que o emedebista sofreu ação por danos morais ajuizada por CNB por falas suas na tribuna da Casa. A Justiça julgou improcedente a ação do prefeito contra o vereador, conforme sentença do dia 26 de outubro. “O coronel Carlos Nelson achou que ia me calar. Devo receber uma quantia de honorários advocatícios, que irei doar para uma entidade, porque não preciso plantar mandioca pra não pagar IPTU”, bradou. Segundo a assessoria de CNB, seus advogados estudam se vale a pena recorrer da decisão.
MÁQUINA
O vereador André Mazon, candidato a prefeito pelo PTB, acusou a Guarda Civil Municipal de trabalhar em favor de um candidato a prefeito da cidade. Segundo ele, é o bom e velho – e nojento – uso da máquina pública em proveito próprio. “Acontece que a GCM atendeu a uma ocorrência envolvendo uma menina de 7 anos com suspeita de violência sexual, no domingo (8) e nem boletim de ocorrência na Polícia Civil fizeram. Olha o absurdo. Não bastasse isso, no dia seguinte, nesta segunda (9) voltaram ao local dos fatos para investigar se, naquele local, teve uma festa bancada por mim, se era um evento político, e não para apurar o suposto estupro da criança. Um absurdo. É o uso da máquina pública na eleição”, disparou.
IMPREVISÍVEL
Para o professor Cinoê Duzo (PTB), vereador mais votado nas duas últimas eleições, o pleito de domingo, 15, é imprevisível. Para ele, se estiver entre os 17 estará no lucro. “Independente do que acontecer no domingo, continuarei minha vida. Estou vereador. Não é minha profissão. Esta semana fez 30 anos que leciono. Sou professor. Esta é minha profissão”, acentuou o sempre irreverente e alegre parlamentar, que busca o quarto mandato consecutivo. “Não sei se na próxima sessão estarei ou não estarei [reeleito], se ficarei ou não ficarei [por mais quatro anos como vereador]. O que sei é que continuarei minha vida”, acrescentou.
FAKE NEWS
O vereador Moacir Genuário (MDB) usou a tribuna para denunciar uma prática bastante usada em campanha política – anunciar como sendo seu o feito do outro. “Tenho visto folhetos de prestação de contas de candidatos e, por incrível que pareça, com projetos meus nessa prestação de contas”, lamentou. Essa é mais uma carta na manga de quem costuma jogar sujo na política – se vangloriar pelos feitos dos outros. Curiosamente, na primeira fala dos parlamentares só usaram a tribuna membros da bancada da oposição. Só na última fala, Magalhães (PSDB), da situação, fez uso da palavra, e para tecer elogios a uma colega da oposição. Essa base governista foi muito “picolé de chuchu” nesta campanha eleitoral.
NOME DE RUA
E por falar em “picolé de chuchu”, as sessões legislativas andam muito “desapimentadas”. Prova disso são as votações sobre denominação de vias públicas, quase sempre com um “amém” unânime. Esta semana foi um pouco diferente. O PL 88, do vereador Alexandre Cintra (PSDB), dava nome à rua E do Loteamento João Bordignon de Heraldo Alvarenga. Acontece que a rua já é conhecida há anos por Orivaldo de Jesus Souza Leite, nome não oficial, segundo apuraram os parlamentares. Apesar de o plenário ser solidário a Alexandre Cintra, foi aprovado adiamento da votação desse projeto por 10 dias, a pedido do vereador Jorge Setoguchi (PSD), a fim de sanar todas as dúvidas.
‘MANDATO VITALÍCIO’
O vereador Magalhães (PSDB) finalizou sua fala, na fase Explicação Pessoal, na sessão desta semana, lamentando a ausência da colega Maria Helena Scudeler de Barros (MDB) na próxima Legislatura, uma vez que ela não é candidata nesta eleição. “Tem dois vereadores que jamais poderiam sair desta Casa, pelo tanto de projetos que apresentaram, pelo tanto de trabalho que fizeram, pelo tanto de préstimos à cidade. É o caso da vereadora Maria Helena Scudeler de Barros, que era uma pessoa que merecia estar aqui na próxima Legislatura. Caso eu seja reeleito, sentirei muito a sua falta. Parabéns pelo seu trabalho nesta Casa”, disse em tom de lamento e despedida. Quem seria o segundo vereador “vitalício” da Casa?
TÚNEL DO TEMPO
VISITA
Um grupo de alemães, ligado à área do meio ambiente, visitou Mogi Mirim e foi recepcionado na Associação Comercial por José Antonio Scomparin, presidente da Acimm e do Sincomercio, e pelo prefeito Carlos Nelson Bueno. Na visita, Molfang Mething, secretário de Meio Ambiente e vice-governador do Estado de Mecklenburgo, disse que Mogi Mirim é uma grande oportunidade de negócios e elogiou a cidade. Há 15 anos, na edição de 12 de novembro de 2005.