FURADAS
Na última semana de campanha, dois dos principais candidatos a prefeito da cidade tentaram “empurrar” para O POPULAR pesquisas de intenção de votos encomendadas por eles próprios. Coincidentemente, ambos apareciam em primeiro lugar nas suas pesquisas fajutas, embora registradas na Justiça Eleitoral. Um aparecia com mais de três mil votos de vantagem. O outro com oito pontos percentuais na dianteira. E existiam ainda outras duas pesquisas que mostravam seus candidatos em segundo lugar, mas em empate técnico com o primeiro colocado. Ou seja, havia, seguindo esses levantamentos furados, quatro candidatos disputando a Prefeitura pau a pau. Bem diferente do resultado das urnas.
VENDIDAS
O candidato a prefeito Danilo Zinetti (PSD) divulgou um vídeo nas redes sociais, que chegou à imprensa, em que uma pessoa se dizendo proprietário de uma empresa de pesquisas eleitorais liga para ele tentando vender uma pesquisa de intenção de votos por R$ 5 mil. Detalhe: na ligação, o pesquisador diz que todo mundo está comprando pesquisa dele e que ele dá um jeito de colocar o candidato na posição que ele quiser. Tudo para ludibriar o eleitor, principalmente os indecisos e aqueles que não gostam de “perder” voto. Isto é, com essa pesquisa em mãos, o candidato tenta ganhar o eleitor pela mentira. A proposta indecente não foi aceita por Zinetti. Nenhuma dessas pesquisas, embora registradas, foram divulgadas na imprensa.
‘PORCOLINO’
Embora houvesse menos “santinhos” nas ruas e nas portas dos colégios eleitorais nestas eleições de 2020 em comparação com 2016, ainda assim havia muito material impresso sujando os logradouros da cidade. E a maior parte de candidatos da coligação “prefeiturável” André Mazon (PTB). “Cerca de 60% a 70%”são meus”, reconheceu o petebista. Se houvesse um troféu “Porcolino”, seria para ele. Mas não que a culpa fosse totalmente dele. André Mazon informou que abasteceu os candidatos da coligação com vasto material impresso, mas para que fosse entregue de casa em casa. “Infelizmente, não tenho o controle sobre o que o pessoal faz com o material”, lamentou ele.
SUJOU, LIMPOU
O candidato a prefeito Paulo de Oliveira e Silva (PDT) comentou sobre a situação e lamentou a quantidade de santinhos emporcalhando as ruas da cidade. E ainda fez um desafio para a Câmara Municipal. “Quem sabe os próximos vereadores não façam uma lei punindo quem sujar a cidade, fazendo-o limpar, através da cobrança de uma taxa de limpeza referente ao serviço”, disse, criticando, nas entrelinhas, o grupo de André Mazon (PTB), cujo material impresso e jogado nas ruas é bem maior que dos seus concorrentes. “Isso não ganha voto. Só emporcalha a cidade”, ressaltou o pedetista.
RECURSOS
Seis dos oito candidatos a prefeito de Mogi Mirim declararam um total de R$ 660 mil de recursos recebidos, seja de apoiadores seja fundo partidário, o que nem todos receberam. Danilo Zinetti (PSD) e Luiz Henrique de Oliveira (PRTB) declararam zero recurso recebido para suas campanhas eleitorais. André Mazon (PTB) aparece como o primeiro da lista de maiores arrecadadores de recursos para a campanha, com R$ 243,3 mil, seguido de Carlos Nelson Bueno (PSDB), com 145,5 mil, Paulo Silva (PDT), com R$ 135 mil, Aloísio Bueno (PSL), com R$ 66,5 mil, Elias Ajub (Republicanos), com R$ 40,5 mil, e Ricardo Brandão (Podemos), com R$ 31,1 mil. Os dados constam na plataforma DivulgaCandContas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
ENQUADRADA
O candidato a prefeito Luiz Henrique de Oliveira, do PRTB, parece que tem imã para confusão. Nem bem chegou para votar na Faculdade Santa Lúcia, no Centro da cidade, e já tomou uma enquadrada da Polícia Militar. Debutante na carreira política, o presidente do Sapão não sabia que não podia deixar seu carro, adesivado, a menos de 200 metros do local de votação, o que configura propaganda eleitoral irregular. Teve de mudar o carro de lugar. Depois, já dentro do colégio eleitoral, tomou outra enquadrada por usar a máscara de proteção facial com o tema de campanha, o que é permitido, mas não aceito pela equipe de apoio da Justiça Eleitoral da Santa Lúcia, ao contrário de outros colégios.
TÚNEL DO TEMPO
ELEIÇÃO
Ele está de volta. Quatro anos depois de deixar o posto, ocupado por Gustavo Stupp (PDT), Carlos Nelson Bueno (PSDB) foi eleito para o terceiro mandato como prefeito de Mogi Mirim. Com 39,31% dos votos, ele obteve 16.423 votos, superando Ricardo Brandão (PMDB), segundo colocado e principal adversário político nas eleições, que conquistou 30,54% do eleitorado. Há 4 anos, na edição do dia 3 de outubro de 2016.