ENFIM, ONLINE
Após um ano de pandemia da Covid-19 e algumas paralisações e suspensões dos trabalhos legislativos, inclusive de sessões ordinárias, enfim, a Câmara Municipal conseguiu realizar uma sessão virtual, remota, nesta semana, como pedia Cinoê Duzo (PTB) e Magalhães (PSDB). Os 17 vereadores, cada um na sua casa, exceção da presidente Sonia Módena (CDD), que estava no Gabinete da Presidência, realizaram duas sessões extraordinárias para votarem projetos do Executivo em regime de urgência. Por ser a primeira vez, os trabalhos começaram com atraso de quase meia hora. Tolerável. Também por ser a primeira vez, probleminhas técnicos foram inevitáveis, como o travamento das imagens dos nobres. Som bom, mas com imagem estática. No mais, correu tudo bem.
SESSÃO RELÂMPAGO
Das duas sessões extraordinárias na segunda (29), a primeira foi relâmpago. Isso porque os projetos em pauta do passe social do transporte público e da criação do Conselho do Fundeb tinham, obrigatoriamente, que passar por leitura e encaminhamento para análise das comissões da Casa, feito na primeira extraordinária, para, só então, serem votados, o que aconteceu na segunda extraordinária, a quinta do ano. Com a suspensão da fala dos vereadores em tribuna, a primeira sessão da noite durou poucos minutos. Foi tão rápida que o vereador Robertinho Tavares (PL), já no final da segunda sessão da noite, pediu para a presidente suspender a fase de “uso da palavra” para que os vereadores pudessem fazê-lo na próxima sessão, que já estava nos finalmente. Se confundiu.
FACA NO PESCOÇO
E não faltaram críticas duras à Viação Fênix durante a discussão do projeto que autoriza a Prefeitura a subsidiar a empresa em R$ 375 mil disfarçado de passe social. “Vale a pena manter subsídio a uma empresa que presta serviço público tão precário como a Fênix”, questiona João Victor Gasparini (DEM), respondendo que, neste momento, sim. Mas acrescenta: “A Fênix não pode colocar a faca no pescoço da Prefeitura como tem feito”. “A Prefeitura ficou, sim, refém da Fênix. Isso não é coisa de gente séria”, emendou Lúcia Tenório (CDD). “A Fênix mostra má vontade com a população de Mogi Mirim”, observou Robertinho Tavares. “E tudo isso em meio a uma pandemia”, lembrou Magalhães. “Deixo aqui minha indignação e repúdio contra Fênix”, concluiu Sonia Módena. “Não isento a empresa, mas a greve foi deflagrada pelo sindicato [dos condutores]”, ponderou Gebê (DEM).
CORTAR NA CARNE
Tentando colaborar para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, atualmente na sua fase mais letal, o vereador Cinoê protocolou ofício na Prefeitura pedindo para cortar na própria carne. Isso mesmo. Ele sugere ao prefeito Paulo Silva a redução dos salários dele próprio, bem como da vice-prefeita, dos secretários, assessores e de comissionados, com exceção justa aos profissionais da área da saúde, e, claro, dos vereadores também, cujo montante economizado seria investido no combate à Covid. Nem Executivo nem Legislativo se manifestaram sobre a sugestão. Em 2020, cargos comissionados foram cortados.
TÚNEL DO TEMPO
MEIO MILHÃO
A partir da segunda quinzena deste mês de abril, os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que utilizam a rede básica de saúde do município não terão mais dificuldades para conseguir, com rapidez, resultados de exames bioquímicos solicitados pelos médicos. É que o prefeito Carlos Nelson Bueno (PDT) vai investir R$ 500 mil com a contratação dos serviços do Centro Químico de Campinas, empresa especializada neste ramo de atividade. O novo laboratório de análises químicas da Prefeitura vai ser implantado nas dependências do Centro de Especialidades Médicas (CEM). (…) CNB também informou que já terceirizou o serviço de raio-x. Há 15 anos, na edição do dia 1º de abril de 2006.