100 DIAS
Exatamente amanhã o prefeito Paulo Silva completa 100 dias de governo. É o seu terceiro mandato como chefe do Executivo Municipal (2021-2024). Os dois primeiros foram entre 1997 e 2004. Agora, em 2021, diferente dos outros dois anteriores, o pedetista enfrenta uma série de dificuldades na área da saúde, com o enfrentamento de uma pandemia de coronavírus, cujos esforços têm se voltado para o combate da doença. Além disso, Paulo Silva tem de administrar uma intervenção na Santa Casa, escolas de portas fechadas, tem que dialogar com comerciantes, empresários à beira da falência, driblar pressão da Viação Fênix e, claro, ajudar os mais carentes. Nestes 100 primeiros dias de governo tem tido muito mais pepinos para descascar do que flores para regar.
MATO ALTO
Claro que não dá para mostrar tudo em tão pouco tempo. Se bem que Paulo Silva tem demonstrado uma característica importante para um governante, criatividade. Foi assim na segunda greve da Fênix em que colocou os ônibus escolares para rodar. Está sendo assim com a transferência de secretarias municipais e órgãos municipais para prédios públicos e, assim, eliminar pagamento de aluguéis. É o cuidado com o dinheiro público. Por outro lado, há críticas, e muitas, principalmente nas redes sociais, que é o tribunal dos sabe-tudo. Mas a maioria delas é sobre questões menores, como o mato alto em espaços públicos. Querem “lacrar” o prefeito nesse começo de mandato pela capa do livro, que nem é tão feia assim. Pelo menos, por enquanto. Acompanhemos.
PAZ E AMOR
Mesmo com todas as dificuldades de um começo de mandato, se vê que a capa do livro não é nem tão feia assim a julgar pelo relacionamento entre o prefeito e todos os 17 vereadores. Prevalece o clima de “paz e amor”, de respeito mútuo. Por enquanto. Isso acontece porque Paulo Silva tem deixado as portas de seu gabinete sempre abertas aos parlamentares, independente da bandeira partidária. E isso tem agradado até mesmo os mais céticos a ele, como os carlos-nelsistas, por exemplo. Há uma espécie de união de forças pelo bem da cidade nesta crise pandêmica, inclusive com projetos montados a quatro mãos (Executivo-Legislativo), caso do auxílio municipal emergencial ainda em tramitação. É certo que essa lua de mel não durará para sempre. Aguardemos.
BASTIDORES
Mesmo sem expediente e recebendo seus salários em dia, a maioria dos vereadores tem trabalhado duro nos bastidores. A presidente da Câmara, Sonia Módena (CDD), por exemplo, tem gastado sola de sapato em reuniões com deputados em São Paulo e Brasília; o líder do prefeito no Parlamento, Dirceu Paulino (SD), tem se encontrado com empresários pedindo e conquistando ajuda; o democrata Gebê, através de seu programa de rádio, também faz sua parte estimulando a solidariedade daqueles que podem ajudar; João Victor Gasparini (DEM) está na luta pela educação e por mais vacinas; Tiago Costa (PTB), Alexandre Cintra e Magalhães (ambos PSDB), por exemplo, trabalham forte suas bandeiras com conquista de recursos para o município. Para isso foram eleitos.
TÚNEL DO TEMPO
PRECATÓRIO JUDICIAL
A Prefeitura de Mogi Mirim conseguiu recuperar aproximadamente R$ 465 mil que estavam bloqueados para garantir pagamento de precatório judicial. Os recursos haviam sido sequestrados de contas da Prefeitura em pelo menos duas agências bancárias da cidade para garantir o pagamento de parte de condenação por desapropriação de um imóvel na Zona Leste, onde foi construído o Seac. (…) O Departamento Jurídico da Prefeitura pede a liberação de mais de R$ 2,3 milhões, também sequestrados em virtude de precatório judicial. Há 15 anos, na edição do dia 8 de abril de 2006.