ACESSIBILIDADE
Esta semana, no início da sessão ordinária, a Câmara Municipal recebeu a visita do secretário de Obras e Mobilidade Urbana, Paulo Roberto Tristão, e da ex-vereadora Dayane Amaro, assessora da pasta para assuntos da pessoa com deficiência (PCD), para um convite especial – envolver os vereadores na 1ª Semana Inclusiva e de Trânsito de Mogi Mirim, de 20 a 24 de setembro. Após o convite, a presidente da Casa, Sonia Módena (CDD), fez um pedido de desculpas em público a Dayane, que é cadeirante. É que a Casa do Povo, como se diz, é um dos prédios públicos de pior acessibilidade da cidade. Dayane sabe bem como é. “Peço desculpas pela falta de acessibilidade da Casa”, disse a presidente Sonia Módena.
EMENDAS
Alguns vereadores já começaram a anunciar onde querem aplicar o dinheiro de suas emendas impositivas. A vereadora Lúcia Tenório (CDD), por exemplo, disse que vai direcionar a maior parte para a realização de cirurgias eletivas na Santa Casa. Hoje, segundo ela, que é médica, há mais de 3 mil pessoas aguardando o procedimento. Ainda na área da saúde, que recebe pelo menos 50% do valor do orçamento impositivo dos vereadores, a UBS de Martim Francisco deverá ser reformada com esse dinheiro. “Vou destinar, na totalidade, minha emenda para a reforma da unidade básica de saúde do Distrito”, adiantou Magalhães (PSDB). E Tiago Costa (MDB) cobrou aplicação de suas emendas, congeladas pela Prefeitura, segundo ele próprio.
PÚBLICO X PRIVADO
Ao defender eficiência no serviço público, o vereador João Victor Gasparini (DEM) fez uma comparação interessante em relação ao setor privado. “No setor privado ninguém contrata ninguém por aí ou investe dinheiro em pessoas incapazes de realizar determinadas funções. Agora no Poder Público o que manda é o desejo político e não podemos permitir isso. É necessário que seja buscado o máximo de eficiência no Poder Público para que decisões sejam tomadas com base em critérios técnicos e não por meio de conchavos políticos”, disparou, questionando a competência de certos comissionados do governo de Paulo Silva (PDT). Gasparini critica, sobretudo, aqueles comissionados sem competência técnica para uma determinada função.
AGULHAS
Um tema bastante debatido na ordinária desta semana foi a utilização de agulhas fora do padrão de vacinação da Covid-19, utilizadas pela Secretaria de Saúde de Mogi Mirim. O vereador Robertinho Tavares (PL) recebeu a denúncia. Procurou se inteirar do assunto, mas foi ignorado. Tiago Costa foi até o almoxarifado da Saúde e acabou assediado por um comissionado. Gravou até vídeo. O líder do prefeito na Câmara, Dirceu Paulino (SD), justificou o fato alegando falta de dotação orçamentária e problemas alfandegários no porto de Santos. A vereadora e médica Lúcia Tenório explicou que todas as agulhas utilizadas na vacinação, mesmo não adequadas, não têm interferência no resultado, porque são para injeções intramusculares, e parabenizou a iniciativa da Saúde, que, por sua vez, falhou na comunicação com Robertinho e Tiago.
TÚNEL DO TEMPO
QUADRO POLÍTICO
Sempre em trânsito no eixo interior-capital, o advogado e empresário Fernando Quércia vem desenvolvendo um mapeamento diferente da região de Mogi Mirim: a potencialidade de cada município no contexto político de São Paulo. E o diagnóstico, infelizmente, não é muito positivo. “A região Mogiana perdeu muito a sua força política nos últimos anos, décadas eu diria, e isso compromete o desenvolvimento das cidades”, analisa Fernando Quércia, que é de Mogi Mirim e atuou como delegado. (…) Mogi Mirim está “estratificada” politicamente e não causa mais reflexo nas decisões tanto na Assembleia Legislativa quanto em Brasília, argumenta. Há 15 anos, na edição do dia 16 de setembro de 2006.