VIÚVAS
Vazou um áudio no final da semana passada do secretário de Governo, Massao Hito, em meio à greve dos servidores públicos municipais, em que ele chama os líderes do movimento grevista de “viúvas de Carlos Nelson [Bueno]”, ex-prefeito de Mogi Mirim. E classifica a paralisação de movimento político. Esse áudio pegou muito mal. Tanto que o sindicato da categoria exigiu uma retratação pública. E assim o fez Massao Hito. Gravou um vídeo postado nas redes sociais pedindo desculpas aos que se sentiram ofendidos e reconheceu que os termos usados foram infelizes. Embora feita a mea-culpa, o governo de Paulo Silva (PDT) afirma que não há mais nada a negociar com o funcionalismo, segundo o próprio prefeito disse à “Comarca”.
‘HUMILHAÇÃO’
Com um cartaz nas mãos – “ÃO ÃO ÃO, 2% É HUMILHAÇÃO” – o vereador Cinoê Duzo (PTB), que abraça a greve, subiu à tribuna da Câmara, nesta semana, para criticar o índice oferecido pelo governo municipal a seus colaboradores. “Este é o hino que ecoa na cidade de Mogi Mirim. O descaso do prefeito Paulo Silva com os servidores é de uma tristeza sem tamanho. É um negócio constrangedor. Caiu por terra o discurso de Gabinete de Portas Abertas. Ele não quer receber os funcionários públicos, que são pessoas honestas, trabalhadoras e que fazem a máquina se movimentar. O sr. sequer quer ouvi-los. Prefeito, se não tem competência de reconhecer e valorizar os funcionários públicos, pede pra sair. Ão ão ão, 2% é humilhação.”
LEI ORGÂNICA
O vereador Tiago Costa (MDB) sacou do paletó a Lei Orgânica do Município (LOM) para defender um reajuste salarial justo para os servidores municipais. “O regime jurídico dos servidores do município é o da Consolidação das Leis do Trabalho [CLT], que, entre as disposições, diz que o salário deve ser capaz de atender as necessidades do servidor e de sua família com reajustes periódicos NUNCA inferiores ao percentual inflacionário… Se querem rasgar a constituição municipal, faz uma lei e manda para essa Casa. Senão o que vale é a lei existente. O governo corrige os impostos por decreto, pelo IPCA, que é 10% e alguma coisa, então tem que se respeitar também a Lei Orgânica e parar de enganar, de mentir para o servidor.”
‘ABRE O OLHO’
Outro que subiu à tribuna para criticar o governo municipal, mas não o prefeito, foi o vereador Marcos Gaúcho (PSDB). “Prometi para mim mesmo que não ia mais falar sobre secretários, mas quero deixar um recado bem dado. Eu tinha portas abertas com Carlos Nelson e tenho um respeito muito grande pelo Paulo Silva, mas quero deixar um recado a ele: “abre” o olho com quem você arruma para ocupar os cargos comissionados – de secretário, de gerente. Não queiram intimidar esse vereador Marcos Gaúcho, porque ele pode ter jeitão de caipira, mas não é trouxa. Coisa que Marcos Gaúcho não é, é trouxa. Não venham querer montar na minha cacunda porque você vai encontrar a botina”, disparou, sem citar nomes.
TÚNEL DO TEMPO
A CAPA
A bela capa de O POPULAR traz a encenação da crucificação de Jesus Cristo. No contexto das celebrações da Sexta-Feira Santa, a igreja católica adota a prática de promover encenações sobre os últimos dias da vida do Salvador e sua morte na cruz. É sempre um momento cercado de respeito e comoção. Em seguida é realizada a procissão do Senhor Morto, quando os fiéis percorrem as ruas levando velas acesas nas mãos. A Igreja de São Benedito, na Praça Duque de Caxias, foi uma das paróquias a realizar a encenação. (…) Na comunidade Nossa Senhora Aparecida, na Vila Dias, é tradicional a encenação da Paixão de Cristo. Na Matriz de São José, a procissão percorreu parte do centro da cidade. Há 15 anos, na edição do dia 7 de abril de 2007.