‘INTERVENÇÃO’
O vereador João Victor Gasparini (União) engrossou, esta semana, o caldeirão de críticas ao governo municipal em relação à condução da crise com os servidores públicos do município. “Estamos chegando a uma greve inédita de três semanas e é evidente que falta uma interlocução e um diálogo. (…) E essa falha [do governo] ocorre não só com o sindicado, mas com diversos segmentos, inclusive com a Câmara Municipal. E, diante disso, a greve se alastra prejudicando a população. Todos esperam que uma solução seja alcançada para que os serviços públicos voltem à normalidade. (…) É necessário que haja sabedoria e intervenção pública para resolver essa questão.”
‘PREFEITO 2%’
O sempre criativo – e irreverente – vereador Cinoê Duzo (PTB) voltou, esta semana, à tribuna da Câmara para reforçar seu apoio à greve geral dos servidores públicos municipais. Na sua fala, criou um apelido para o prefeito Paulo Silva (PDT). “O prefeito Paulo Silva se esconde. Ele virou às costas pra vocês e cruzou os braços. Porque ele diz que 2% é o que tem de melhor para oferecer. Prefeito Paulo Silva vai ser reconhecido na história como prefeito 2%. Assim não dá. Prefeito, pede pra sair. Ão ão ão, 2% é humilhação”, disparou o petebista durante a ordinária de segunda-feira, 11. A vereadora Luzia Cristina (PDT), mulher do prefeito, e o vereador Dirceu Paulino (SD), ex-líder do prefeito, sequer abriram o bico pra defendê-lo.
REDES SOCIAIS
Se, por um lado, o prefeito Paulo Silva é acusado de se esconder do debate com os servidores, por outro lado sua equipe de comunicação/marketing é ágil em publicar posts nas redes sociais da Prefeitura fazendo a defesa do governo. Alegando objetivo de “informar à população”, publicou em pleno sábado, dia 9, um esclarecimento sobre o assunto dissídio. Diz que dialoga com o Sinsep há seis meses, “sempre dentro das condições econômicas impostas pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) sobre a folha de pagamento”. Diz que lamenta a decisão pela paralisação, no dia 29 de março. Avalia injusta a greve. Porque, segundo a Administração, as negociações estão abertas. Segundo a nota, só 20% dos servidores estão parados.
TROCA-TROCA
2022 é ano de eleições gerais no Brasil. E em ano eleitoral o que mais se vê é político trocando de partido político para tentar se beneficiar eleitoralmente de alguma forma. Normal. Faz parte do jogo. O principal movimento neste sentido, até agora, quem deu foi a presidente da Câmara, Sonia Módena. Ela deixa o Cidadania e vai para o PSD do presidente licenciado do Crea-SP, Vinicius Marchese. Aliás, os dois farão dobradinha nas eleições de outubro. Ele sairá a deputado federal e ela, a estadual. Quem também vai trocar de legenda é a vice-prefeita Maria Alice Mostardinha, que se desfiliou do Solidariedade. A nova casa será anunciada em breve. Uma coletiva de imprensa chegou a ser marcada, mas foi adiada.
TÚNEL DO TEMPO
ROMEU BORDIGNON
Afastado praticamente desde o início da atual Administração, em virtude de problemas de saúde, o vice-prefeito Romeu Bordignon (PMDB) vai passar a dar expediente na Prefeitura a partir de segunda-feira. Recuperado da cirurgia de estômago que fez em maio de 2005, mais do que sinalizar, Bordignon adianta explicitamente que pretende concorrer à reeleição em 2008, como vice-prefeito. “Quero me candidatar novamente. O PMDB precisa fazer a vez dele. Agora estaremos mais em evidência. Estava com saudades. Já era hora de voltar”, declarou ao O POPULAR. A decisão de voltar foi oficializada em reunião do partido, na quinta-feira. Dos 41 membros que integram o diretório do PMDB, 31 compareceram e deram apoio a Romeu. Há 15 anos, na edição do dia 14 de abril de 2007.