BOMBA
A vereadora mais votada na história de Mogi Mirim e presidente da Câmara Municipal, Sonia Módena, deverá enfrentar uma ação de perda de mandato por infidelidade partidária. Ela foi eleita pelo Cidadania com 2.356 votos e agora está no PSD, partido pelo qual pretende disputar a eleição de deputada estadual. A ação contra Sonia é movida pela Executiva estadual do Cidadania, que entende que a troca de legenda feita pela vereadora foi fora da janela partidária. Isso vale para todos os vereadores eleitos pelo CDD que trocaram de partido recentemente. A Justiça Eleitoral vai decidir a situação. Sonia Módena disse ao O POPULAR que fez a troca observando a legislação eleitoral e os prazos aplicáveis. “Seria incongruente qualquer ação, pois o respeito à legislação pelos fatos é clara”, defendeu-se.
PRESSÃO
Representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mogi Mirim (Sinsep) e servidores da Prefeitura lotaram as galerias da Casa de Leis segunda-feira, 9, durante sessão ordinária, para protestar e pressionar contra o que eles chamam de quebra de acordo do dissídio coletivo da categoria. “Nós encerramos a greve de 29 dias mediante uma proposta apresentada pela Prefeitura e agora querem alterar esse acordo. Peço apoio de todos vocês [vereadores] para rejeitarem essa alteração”, bradou David Barone, presidente do Sinsep. Ele alega que a Administração quer cortar direitos, como um cartão alimentação de R$ 350 e um abono de R$ 1.000 do servidor que tem dois contratos de trabalho, por exemplo. Só recebe um.
CONTROVÉRSIA
O assunto é controverso. O vereador Gebê (União), por exemplo, se mostrou indignado com tamanha discussão de algo que nem na pauta de votação estava. E mais: segundo o vereador, a alteração em relação ao tema enviada pelo prefeito Paulo Silva (PDT) diz respeito à modificação da mensagem anexa ao novo projeto de lei que aumentou o valor do cartão alimentação de R$ 300 para R$ 350. “O que veio pra gente é uma mensagem modificativa. Essa discussão acontece em hora errada. O projeto nem na pauta está”, alertou. O vereador Magalhães (PSDB) foi outro que ficou “P” da vida com a pressão dos servidores municipais. “Não estão tendo mais respeito para com essa Casa. Era só o que faltava”, disse.
CRÉDITOS
Nem só de discussão vive a Câmara Municipal de Mogi Mirim. Os vereadores também votam projetos de lei. E nesta semana aprovaram quatro PL’s do prefeito Paulo Silva sobre abertura de créditos especiais, totalizando R$ 257,8 mil. Deste valor, R$ 130 mil vão para a compra de EPI’s (equipamentos de proteção individual) para o Corpo de Bombeiros (R$ 30 mil) e locação de viatura para Patrulha Rural da GCM (R$ 100 mil), através de emenda impositiva da vereadora Mara Choquetta (PSB), R$ 14,8 mil para a Associação de Pais e Amigos dos Autistas – Fonte Viva, através de emenda de Cinoê Duzo (PTB), e R$ 13 mil para a Secretaria de Cultura e Turismo, através de emenda impositiva do vereador Ademir Júnior (Republicanos).
TÚNEL DO TEMPO
DENGUE DÁ MULTA
A Divisão de Ações Coletivas do Departamento de Saúde decidiu radicalizar. Vai aplicar multas aos responsáveis por displicência quanto às medidas de controle da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Os valores oscilam entre R$ 2 mil e R$ 2 milhões. “Mesmo sendo uma medida antipática, é necessária neste momento”, frisa Gabriela Maria dos Santos, chefe do órgão. O que leva as autoridades de saúde à medida extrema é o quadro da doença no município. Já chegam a 153 casos de pacientes com suspeita de dengue. Destes, 118 aguardam resultado, 23 tiveram resultado negativo e 12, positivo. Dos positivados, dois são importados (vírus contraído fora da cidade) e oito são autóctones (contraído na cidade). Há 15 anos, na edição do dia 12 de maio de 2007.