LARANJEIRAS – Mais uma vez, a moradora do Parque das Laranjeiras, Benedita Maria Noronha teve oportunidade de ocupar a tribuna da Câmara Municipal para relatar os problemas do bairro aos vereadores. Nesta segunda-feira, ela esteve na sessão e não poupou alfinetadas aos ocupantes das cadeiras. Segundo Dona Benedita, dos 17 vereadores, os únicos que visitam o bairro são Luís Roberto Tavares, o Robertinho, e Laércio Rocha Pires, mas que de acordo com ela, “não desce da perua para não sujar os sapatos na terra”.
REBATE – Após as declarações da aposentada, alguns vereadores trataram de se explicar na tribuna, afirmando que visitam, sim, o bairro. Um deles foi Ney Marcúrio, que mesmo alegando que vai até o local e que inclusive possui um terreno no bairro, não escapa dos comentários de Dona Benedita. Ela disse que “se você tem um terreno lá desde 1987, então porque até hoje nunca fez nada para mudar a situação?”. A vereadora Luzia também relatou suas visitas ao local como defesa.
DINHEIRO – O vereador Osvaldo Quaglio também ocupou a tribuna e disse para que os moradores do Laranjeiras “não contem muito com a verba de R$ 28 milhões que foi prometida pelo prefeito (Gustavo Stupp)”. Segundo ele, a verba ainda não foi liberada porque primeiro o bairro precisa ser regularizado pelo programa Cidade Legal, e Quaglio alega que tem informações de que a aprovação ainda não ocorreu. “E além disso, pelo que eu saiba, a verba que pode vir é bem menor que os R$ 28 milhões”, disse o vereador.
ZETRASOFT – O projeto de lei que propunha um convênio com a empresa Zetrasoft, que forneceria serviços de crédito aos servidores públicos, foi rejeitado pelos vereadores. Por um placar esmagador de 15 votos contrários a um favorável, o de Léo Zaniboni, a proposta está fora de questão. O vereador até tentou fazer um pedido de adiamento para votação em uma sessão posterior, mas a solicitação também não havia sido aceita, e os vereadores preferiram votar a proposta na sessão de segunda-feira.
REVOGADO – A lei que havia sido aprovada pelos vereadores no final do ano, autorizando a “privatização” do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), foi revogada na noite de segunda-feira. O placar da votação foi 12 votos favoráveis a quatro contrários, que foram de Maria Helena Scudeler de Barros, Osvaldo Quaglio, Luzia Cristina Côrtes Nogueira e Luiz Guarnieri. Segundo Quaglio, a justificativa para o voto contrário à revogação foi que o grupo já havia sido contra a privatização anteriormente, e votaram desta maneira para mostrar que já estavam certos na ocasião.