Rápida pausa nos treinos visando as competições que estão por vir para ouvir alguém que já defendeu as cores da Free Play/Sejel. Daniel Mazzilli Dias começou a treinar com apenas dois anos de idade. Fez aulas de natação até os 12 e aí veio um divisor de águas.
“O Ricardo (Martiniano), que era professor de educação física do Carisma, onde eu estudava, resolveu juntar um pessoal para competir o Troféu Gustavo Borges, que era bem conhecido na época. Ali começamos a treinar e se formou a equipe, da qual participei desde o começo, até meus 22 anos, mais ou menos”, recorda o ex-atleta da equipe.
Histórico
Daniel participou de campeonatos regionais, paulistas e brasileiros. “Não cheguei a competir em campeonatos brasileiros como nadador, mas acompanhei o Ricardo como auxiliar em vários torneios paulistas e em alguns brasileiros”. Daniel cursou Ciências do Esporte e fez todos os seus estágios na equipe.
“Até antes disso, ajudava-o a montar as periodizações anuais de treino da equipe”, recorda. E os vínculos são tão intensos, que não é que o bom filho retornou à casa. “No começo do ano resolvi voltar a nadar na Free Play. No fim de uma aula, o Conrado estava entrando pra treinar e me chamou pra ir nadar com o pessoal do treino um dia, e eu acabei topando”.
O retorno
Aquilo deixou Daniel muito contente. Poder voltar ao ambiente de treino, e trazer para eles algo que ele mesmo não teve na sua época, que era o relato de alguém que tinha passado por tudo o que eles estavam passando. “Pude também fazê-los enxergar um pouco o quanto o comprometimento da vida de atleta, no longo prazo, faz muito mais bem em todas as áreas da vida do que as coisas que eles precisam abdicar pra estar ali”.
Desta forma, 20 anos depois, ter ido nadar dolorido, deixado de ir na lan house com os amigos e de ficar acordado até tarde trouxe para ele mais benefícios do que se tivesse deixado de treinar pra isso. “Acho que eles conseguiram pegar um pouco da ideia e foi muito legal ver a galerinha sentada ali e me recordar de estar naquela mesma posição, quando o Ricardo nos trazia alguém ou nos levava pra ver alguém que poderia nos servir de exemplo”, enfatizou.