Menos de três meses depois de deixar o comando do Mogi Mirim durante a disputa da Série A-2 do Campeonato Paulista de 2017, o técnico Marcelo Veiga está de volta ao clube para a continuidade da Série C do Campeonato Brasileiro. Embora o clube ainda não tenha anunciado oficialmente, o treinador já comanda treinamento na tarde desta quinta-feira, no Estádio Vail Chaves, e viaja para dirigir o time na partida diante do Ypiranga-RS, no Estádio Colosso da Lagoa, em Erechin-RS, no domingo.
Curiosamente, o técnico substitui Mário Júnior, que foi justamente quem o havia sucedido durante a disputa da Série A-2. Marcelo Veiga deixou o clube depois da goleada por 4 a 0 sofrida diante da Penapolense, no Estádio Vail Chaves, na 13ª rodada. Na ocasião, havia sido a segunda goleada consecutiva do Mogi na competição. O Sapo ocupava a antepenúltima posição. Oficialmente, Veiga havia deixado o clube por decisão própria, aceita pelo presidente Luiz Oliveira. Então auxiliar-permanente do clube, Mário assumiu o comando do Sapo e depois acabou permanecendo para a Série C do Campeonato Brasileiro.

Em quatro jogos sob o comando de Mário na Série C, o Mogi Mirim empatou uma partida e perdeu três, apresentando a pior campanha da competição. O Sapo é o único clube do Grupo B que ainda não venceu e a única equipe da competição com menos de três pontos.
Aproveitamento
No Paulista da Série A-2, em que o Mogi Mirim foi rebaixado, os dois treinadores tiveram aproveitamento semelhante. Em seis jogos, Mário Júnior teve duas vitórias e quatro derrotas, exatamente os mesmos números das primeiras seis partidas de Marcelo Veiga. No total, Veiga teve um aproveitamento um pouco pior. Com três vitórias, dois empates e oito derrotas, Veiga registrou um aproveitamento de 28,20%. O aproveitamento de Mário foi de 33,33%.
Enquanto Veiga tinha uma equipe mais ofensiva, Mário Júnior fortaleceu o sistema defensivo ao assumir. Os números em termos de gols marcados e sofridos, porém, também foram semelhantes, com ligeira vantagem de Veiga nos tentos anotados e pequena superioridade de Mário nos tomados. Com Veiga, o Mogi marcou 21 gols em 13 jogos, uma média de 1,6 gol por jogo. A média de Mário foi de 1,3 gol por partida, com 8 marcados em seis jogos. Com Marcelo Veiga, o Mogi sofreu 29 gols em 13 jogos, uma média de 2,23 por partida. A média com Mário foi de 2 gols tomados por jogo, com 12 sofridos em 6 partidas. Hoje, a média de gols tomados com Mário é exatamente a mesma, com oito gols sofridos em quatro confrontos. O Sapo terminou com uma das piores defesas da Série A-2, com 41 gols sofridos, mesma quantidade tomada pelo lanterna União Barbarense. Hoje, o Mogi tem a defesa mais vazada da Série C.