sábado, abril 19, 2025
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De Mogi Mirim para especialização em edição de cinema, em escola de Cuba

De Mogi Mirim para Cuba, onde foi estudar especialização em edição cinematográfica. Esse foi o roteiro de Juliano Castro, que é de Mogi Mirim e acabou de se formar na instituição cubana chamada Escuela Internacional de Cine y Televisión, a EICTV, que fica nas proximidades da capital Havana. A formação de Juliano abriu várias portas e, além de fazer diversos trabalhos de destaque em Cuba, também rendeu a ele novos trabalhos e contatos. Ele passou por aqui nos últimos dias e já seguiu para Lisboa, Portugal, para editar um documentário. Em outubro, ele conclui ainda a edição do longa-metragem baiano chamado Filho de Boi, de Haroldo Borges e Ernesto Molinero, que deve entrar em cartaz no ano que vem. A conquista de Juliano Castro perpassa pelo apoio de muitas pessoas, pois ele chegou até fazer campanha de financiamento coletivo para pagar sua matrícula no curso, depois conseguiu bolsa, mas depois ela terminou (…). Foi uma luta e uma grande vitória ao fim.

Na foto: Juliano, primeiro da esquerda para a direita, e sua turma na escola de Cuba

Juliano recordou, em meio à reportagem, o quanto sempre foi um apaixonado por cinema. Ele disse que desde a adolescência percorria as locadoras da cidade, como a Suzuki e a Lokapakas na ânsia por filmes diferentes e com temas além do comum. Na área de cinema, ele se apaixonou por edição e relatou que, quando foi estudar cinema em São Paulo, na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), passou ainda mais a se aprofundar no segmento. “Quase ninguém sabia editar, todos queriam ser diretores ou fotógrafos, assim pude exercitar bastante e me destacar na área. Sempre quis aperfeiçoar meus conhecimentos em edição, mas aqui no Brasil só existem cursos técnicos de curta-duração, e eu queria adquirir um conhecimento teórico-prático mais sólido, que me possibilitasse trabalhar em grandes filmes. Foi aí que descobri a Escola Internacional de Cinema de Cuba. Me candidatei e fui selecionado”, disse Juliano.
Assim, os estudos de Juliano foram iniciados, após o financiamento coletivo e muito apoio de sua família para que ele conseguisse angariar o valor necessário para seu ingresso em Cuba. Sem contar que, no meio do curso, Juliano ainda contou com a queda do governo de Dilma Rousself. Nessa época, muitas bolsas oferecidas pelo Ministério da Cultura, assim como a que custeava parte do curso de Juliano, acabaram sendo encerradas. “Eu e mais oito brasileiros fizemos uma outra campanha, tive apoio de muitos professores e, no último semestre, consegui uma bolsa do programa Ibermedia em resposta ao meu desempenho acadêmico”, explicou.
“O curso de especialização em Edição Cinematográfica durou três anos. Tivemos acesso a profissionais ativos destacados na Argentina, México, Espanha, Estados Unidos, etc. Por exemplo, tive aula de Desenho de Som com John Wood, da Inglaterra, um engenheiro de som que gravou com Pink Floyd e The Beatles. Em Cuba, eu tive uma das melhores experiências da minha vida, pois além do excelente nível de conhecimento, pude crescer pessoalmente. E profissionalmente, editei trabalhos de alto nível artístico, entre eles O Pescador, da cubana Ana Alpízar, que competiu no Festival de Sundance, um dos mais importantes dos Estados Unidos”.
Foi com muita dedicação e empenho que Juliano voou de Mogi Mirim para Cuba e hoje está em Lisboa, realizando seu sonho, que era trabalhar com cinema. Ele fez questão de destacar como é importante a determinação para quem deseja, em especial, trabalhar com arte. “Para aqueles que desejam seguir alguma carreira artística, seja em cinema ou outra área, meu conselho é que não desistam e se dediquem ao máximo àquilo que fazem. A partir de um trabalho constante, com muita paciência e dedicação, podemos alcançar nossos objetivos”, finalizou.

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