Depois de tantas belezas vistas em Arraial do Cabo, algo ainda nos esperava. Cedo partimos. Nosso destino era o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, situado entre as cidades de Teresópolis e Petrópolis. A saída de Cabo Frio é bem bonita, com várias dunas que exigem atenção, pois elas costumam se movimentar e é fácil encontrar alguma ocupando parte da rodovia. Seguindo em frente.
Saímos por Magé em direção à BR 116 e, em poucos quilômetros, já estávamos na serra da Barreira, lugar lindo que aconselhamos a subir devagar e ir apreciando. Natureza intocada. De Magé até Teresópolis é bem perto e logo você chega na entrada da cidade e no mirante que dá vista ao principal atrativo da Serra dos Órgãos: o Dedo de Deus.
São formações rochosas de beleza ímpar e que formam, de fato, uma mão com um dos dedos apontando para o céu. Mas tem outras formações, menos famosas, mas tão bonitas quanto, como a Pedra do Sino, por exemplo. Estar ali é refletir sobre o quão pequeno somos e como é grande nossa capacidade de destruição.
O mirante está a 960 metros de altitude, os picos a mais de 1500, então as nuvens, frequentemente, encobrem estes e você simplesmente não vê nada. Quando chegamos, o tempo estava bem fechado e nada se via, porém insistimos e aguardamos uns 30 minutos, o tempo começou a abrir e toda a beleza começou a se revelar. É grandioso!
De lá é possível ver até o Rio de Janeiro e não se paga nada para entrar neste mirante. Fácil de achar, está bem na beira da BR 116. Dali fomos conhecer um pouco da cidade, que tem este nome em homenagem à princesa Teresa Cristina. O estilo europeu tem forte presença e ruas bem cuidadas, floridas e arborizadas completam o cenário. Fontes de água potável são comuns pelas ruas, sendo a maior a fonte Judith, com pelo menos cinco saídas de água limpíssima e em grande quantidade. Comum os moradores se abastecerem nela.
Seguimos em direção a Petrópolis pela rodovia que tem seu trajeto dentro do parque. São cenários maravilhosos de montanhas, vales, árvores e pedras que lembram muito estradas da região normanda. Um friozinho predomina na região. Lá é alto, com 1473 metros em seu ponto extremo de pista.
Visitar esta região requer um pouco mais de tempo. Petrópolis, além de histórica, é bem conhecida por suas cervejarias artesanais. São várias. E como bebida e direção jamais estão juntos reserve um tempo só para conhecê-las. Vai valer a pena. Faremos uma coluna especial sobre Petrópolis, continue nos acompanhando.
Erika Rodrigues e Marcos Leandro
Youtube.com/3naestrada
Facebook.com/3naestrada