sexta-feira, novembro 22, 2024
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Defesa Civil já possui plano para possíveis tempestades

Há cerca de dois anos, uma forte tempestade ocorrida em Mogi Mirim vitimou uma família inteira, arrastada por uma enorme enxurrada até o Ribeirão Santo Antônio. A mesma chuva arrancou telhados, derrubou muros e inundou casas. Para conter os estragos e agir quando ocorre um temporal intenso, a Defesa Civil elaborou no início de dezembro um plano para que, caso haja alguma tormenta na cidade, pessoas desabrigadas tenham onde ficar e os danos sejam contidos.

De acordo com a responsável pelo plano, Elaine Navarro, a Operação Verão começa no dia 1 de dezembro e vai até 31 de março, estimativa de tempo em que ocorrem as chuvas características da estação. Seguindo as orientações do órgão estadual, ela explica que no início de cada operação é feito o planejamento, que vai desde a identificação de pontos críticos do município, locais para abrigar pessoas, e quem vai agir em uma situação de calamidade.

Se pessoas ficarem desabrigadas devido a desabamentos ou inundações, Elaine conta que os ginásios esportivos do Tucura e da Vila Dias podem ser utilizados, mas se esses espaços não forem suficientes, as escolas municipais também podem servir de abrigo.
Profissionais da Prefeitura também devem se envolver em caso de catástrofe, duas pessoas de cada departamento. “A gente vai convocando conforme a necessidade como, por exemplo, se as pessoas estiverem abrigadas nas escolas, precisaremos acionar a Secretaria de Educação para ceder merendeiras”, explica.

Para possíveis tragédias, a Defesa Civil possui na Prefeitura uma reserva de cestas básicas e colchões para usar nos abrigos, mas se o montante não for suficiente, o órgão estadual é acionado para enviar mais recursos.

Outra ação é o monitoraramento de rios, córregos e ribeirões em tempos de chuva, e se houver necessidade de interdição, a área é fechada. “O Ribeirão Santo Antônio é um dos pontos mais críticos, já que há afunilamento. Outros locais que são problemáticos também são o Jardim Silvânia, Rua Pedro Botesi, Padre Roque e Jardim Bicentenário, que têm muitos casos de inundação”, conta.

O que fazer?

De acordo com Elaine, boa parte das inundações se dá pelo fato de as galerias de água da chuva serem estreitas. “E pra piorar, algumas pessoas ainda jogam lixo nas ruas, o que contribui para o entupimento de bueiros e estreitamento dessas galerias”, explica. A solução é a conscientização da população, e enquanto as pessoas não compreenderem que sujar as ruas causa estragos em tempos de chuva forte, os bueiros devem ser limpos periodicamente.

Outro ponto citado por ela é as moradias em encostas e margens de rios e córregos. “Quando chove muito, o solo se encharca e fica mole, facilitando desmoronamentos”. Por isso ela recomenda que em caso de aparecimento de rachaduras durante as tempestades ou estalos na estrutura do imóvel, os ocupantes devem deixar o local imediatamente.

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