A terceira derrota consecutiva no comando do Mogi Mirim, lanterna do Grupo D do Paulistão e a zona de rebaixamento custaram o cargo do técnico Toninho Cecílio, demitido após a derrota diante do Botafogo. O Mogi está seis pontos atrás do vice-líder Red Bull. Na classificação geral, caiu da 15ª para a penúltima posição, com sete pontos.
Apesar dos resultados, Cecílio considerou a demissão injusta, pois projetava uma evolução nas próximas rodadas e via o elenco comprometido. “Acredito muito nesse grupo de jogadores e tenho certeza que iríamos melhorar nossa performance nas próximas rodadas. Não queria sair de forma alguma”, lamentou, em entrevista a O POPULAR.
O treinador frisou nunca ter sido rebaixado no Paulistão e lembrou a campanha de recuperação do XV de Piracicaba no ano passado, quando salvou o time do rebaixamento após substituir Roque Júnior e ainda chegou às quartas de final: “Salvei o XV na penúltima rodada. Consigo trabalhar na pressão e sei levar o grupo assim. Ainda tínhamos 21 pontos para disputar e a três pontos de sair do Z6. Nunca caí nesse campeonato”.
O primeiro time fora da zona de rebaixamento é o Novo Horizontino, 14º colocado, com 10 pontos.
Toninho lembrou que a tabela inicial do Mogi foi ruim: “Com o atraso na montagem e na apresentação, o pico de rendimento chega com duas, três rodadas de atraso. Tenho certeza que esse grupo maravilhoso conquistaria duas vitórias nas próximas duas rodadas. Eu tinha essa convicção”.
Aproveitamento
Em oito jogos no comando do Mogi no Paulistão, o técnico conquistou duas vitórias, um empate e cinco derrotas, um aproveitamento de 29,16% dos pontos. As últimas quatro partidas foram disputadas fora de casa. Na primeira, o Mogi venceu o Capivariano. Em seguida, perdeu dois jogos contra grandes clubes no Pacaembu, tendo sido goleado pelo Santos e perdido para o Palmeiras. Depois, perdeu para o Botafogo. Antes do Capivariano, o Mogi havia vencido o Linense e empatado com o XV de Piracicaba, em uma série de três jogos sem derrota. Momentaneamente, o Mogi chegou a ocupar a segunda colocação do Grupo D, mas com o complemento da rodada, caiu para a terceira posição.
Toninho foi responsável pela seleção de jogadores do elenco e enfrentou dificuldades com atraso nas contratações, que teve como um dos motivos a disputa pelo poder na direção do clube. Com o atraso, o início da preparação foi retardado.
O treinador chegou ao Mogi durante a Série B do Brasileiro, com o clube já praticamente rebaixado e não conseguiu evitar a degola. Sob o comando do treinador, o Sapo não venceu jogo algum na Segunda Divisão. Antes dele, o Mogi foi comandado na Série B pelos treinadores Edinho, Aílton Silva, Sérgio Guedes e Márcio Goiano. As únicas quatro vitórias foram sob o comando de Guedes.