sábado, novembro 23, 2024
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Dengue mata duas muheres e chega a quase dois mil casos

Duas mulheres morreram em decorrência da dengue em Mogi Mirim. A confirmação foi dada pelo secretário de Saúde, Gerson Rossi Junior, na noite de quarta-feira, em reunião com parte dos vereadores no plenário da Câmara Municipal. As vítimas, segundo a Vigilância Epidemiológica, são duas mulheres, de 28 e 69 anos. A primeira residia na zona Leste e a idosa, na zona Norte. Uma delas possuía convênio médico e a outra foi atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Reunião aconteceu na tarde de quarta-feira na Câmara Municipal (Foto: Fernando Surur)
Reunião aconteceu na tarde de quarta-feira na Câmara Municipal (Foto: Fernando Surur)

Além dos dois óbitos confirmados, outros dois são investigados. As confirmações de casos da dengue são feitas pelo Instituto Adolfo Lutz e levam de um a dois meses. Até quinta-feira, eram 1.995 casos confirmados da doença no município.
“Não gostaria de estar na Saúde em um momento como esse, não fui eu quem fez a cidade ficar neste estado”, disse Gerson, ao iniciar a apresentação das medidas que o município está adotando no combate à doença. Ele informou ainda que há uma união forte com as secretarias de Saúde de Mogi Guaçu, Itapira e Estiva Gerbi, fazendo reuniões quase que semanais e na regional em São João da Boa Vista.
Ofício enviado pela Secretaria de Saúde ao Ministério Público na semana passada cita que, até o dia 25 de fevereiro, 11 mil visitas domiciliares foram realizadas. No ano passado foram 112.693.

Outras
Em Mogi Guaçu, a morte de dois idosos, um homem e uma mulher, atendidos no Hospital São Francisco, estão sendo investigados pela Secretaria de Saúde do município. São 1.793 casos confirmados e mais 1.113 aguardando resultados. Nesta semana, Itapira confirmou nove mortos em decorrência da dengue.

 

Com hospital lotado, UBS também passa a atender

Com o aumento nos casos de dengue, o descontentamento da população com relação ao atendimento aos doentes cresce na mesma medida. É o caso de um comerciante, que preferiu não ser identificado. “É um desrespeito essa situação. Minha avó de 80 anos pegou a doença e não tem funcionários para atender. Dá até dó dos profissionais”, disse ele.
“Além disso, não tem cadeiras suficientes para tomar soro. Minha tia teve que ficar segurando a bolsa de soro para a minha avó tomar”, revelou ele, completando que o horário entre as 17h e as 20h é o mais cheio na Santa Casa, a maioria com pacientes com suspeita de dengue.
“Há muita demanda e, é claro que irá haver um excesso de trabalho. Além disso, os funcionários estão começando a faltar, porque não aguentam o ritmo ou porque também pegam dengue”, rebateu o secretário Gerson Rossi.
Com a crítica situação dos hospitais da cidade, que recebem aproximadamente o dobro dos atendimentos em dias normais, a Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Dias passará a realizar o tratamento de sorologia, que hoje é realizado somente na Unidade de Atendimento Não Agendado (UANA).
“Estamos comprando os medicamentos para começar a fazer a soroterapia também nas UBS, começando pela unidade da Vila Dias. Mas não é algo simples, pois temos que ter equipe, cadeiras, dentre outras coisas”, esclareceu. A soroterapia no posto de saúde da região com maior número de habitantes será realizada a partir de segunda-feira. As enfermeiras foram capacitadas na quarta-feira.

 

Equipe da Sucen entra em ação em Mogi Mirim

A Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) completa na segunda-feira o serviço de três dias de “nebulização pesada” na zona Leste. Na quinta-feira e ontem, o serviço já havia sido efetuado. A Prefeitura conseguiu a mais três dias de nebulização, ainda a serem definidos.
A ação é denominada nebulização pesada em função de ser realizada com um carro nas ruas e passar por três dias nos mesmos quarteirões. O serviço é diferente da nebulização realizada diariamente, dentro das residências.
Os bairros contemplados são Jardim Sbergue, Vila Dias, Jardim do Lago e Mogi Mirim II, devido ao aumento de notificações nos locais.
Na quinta-feira, foram utilizados em torno de 60 litros de inseticida nas 90 quadras dos bairros já mencionados. O veículo utilizado pela Sucen conta com giroflex e tem o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM).
A equipe da Vigilância Epidemiológica acompanhou o trabalho, tirando dúvidas da população.

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