sábado, novembro 23, 2024
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Dengue: se casos aumentarem, medidas serão agressivas em Mogi

A já declarada guerra da Prefeitura contra a dengue, que na cidade soma 188 casos positivos, mas 609 notificações e 377 exames aguardando resultado, o que deve aumentar as confirmações da doença, pode entrar em uma nova fase na cidade caso o atual estado de alerta passe para estado de emergência. A Secretaria de Saúde promete medidas mais agressivas se os casos chegarem a 300, número necessário para a emergência em municípios com cerca de 100 mil habitantes, no caso, Mogi Mirim. Multas e até entradas à força podem ser colocadas em prática pela Prefeitura.

A medida extrema será adotada para munícipes que não permitirem a entrada de equipes da Secretaria de Saúde responsáveis pela prevenção da doença, como a eliminação de criadouros, a suas residências, situação presenciada na cidade há vários meses. A porcentagem dos que barram as autoridades é pequena, mas atrapalha o combate ao mosquito transmissor.

“Quando são casos muitos altos, a resistência diminui. Esses casos de recusa serão visitados pela equipe sanitária, para tentar uma abordagem, assim como quem não deixa retirar os criadouros. Tentamos a abordagem consensual, conversar, explicar a importância (a da prevenção)”, explicou a enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Mogi Mirim, Danieli Tonieti.

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Mutirão no sábado retirou inúmeros materiais de residências que poderiam servir para criadouros. (Foto: Divulgação)

“Não possível a consensual, nós vamos tomar todas as medidas que a lei nos dá possibilidade, como de realmente entrar à força. Começa a ser mais agressivo, se está em uma situação de emergência justifica tomar todas as medidas que são necessárias. É uma questão de saúde pública”, alertou o vice-prefeito e secretário de Saúde, Gerson Rossi Junior.

Multas

Ainda segundo ele, já existe amparo legal para que o município possa aplicar até multas aos que não permitirem a entrada, mas que as medidas ainda são estudadas com cautela pela Prefeitura.

Danieli explica que não só vasos de plantas, maior foco da proliferação dos criadouros, é que causam preocupação, mas sim os chamados materiais inservíveis, como água parada em copos, tampas de garrafas, pratinhos, brinquedos de crianças em quintais, entre outros. O pedido pela atenção é reforçado mesmo no período de estiagem. “A própria população está conseguindo deixar criadouros para que o mosquito crie com pouca chuva”, afirmou Danieli.

Contratação Emergencial pode ser realizada

Médica responsável pela Vigilância em Saúde da Prefeitura, Anamaria Rímoli Gzvitauski, explica que caso a cidade entre em estado de emergência, a Prefeitura poderá realizar a contratação de novo efetivo de profissionais especializados no combate à doença, e que o contingente seria usado não apenas para uma ação de prevenção, mas outra de forma mais intensa.

Hospitais do município, como a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital 22 de Outubro também devem aumentar suas estruturas para atender a alta demanda de pacientes.

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