segunda-feira, abril 21, 2025
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Dengue ultrapassa 2 mil casos e Saúde pede maior atenção da população

A dengue em Mogi Mirim ultrapassou os dois mil casos com menos de cinco meses completados no ano. Boletim semanal divulgado pela Vigilância em Saúde mostra que até esta quinta-feira (7) o município contabilizava 2.007 casos positivos da doença.

São 142 casos a mais em relação ao boletim do dia 30 de abril. As notificações saltaram de 5.479 para 5.740 em uma semana. A cidade registra três mortes pela doença.

Foram 1.040 registros de mulheres e 967 de homens. A faixa etária de 16 a 59 anos é a que concentra a maioria dos casos positivos (1.372), seguido das pessoas acima de 60 anos (335), 6 a 15 anos (221) e até 5 anos (79).

A Zona Norte é a região com mais casos na cidade, com 1.013 confirmações, seguida da Zona Leste (380), Centro (241), Zona Oeste (223), Zona Sul (112) e zona rural (38).

Ciente do aumento dos casos, a Secretaria de Saúde pede para que a população colabore com a limpeza de residências, evitando, assim, o acúmulo de criadouros e a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

A escassez de chuvas e o clima mais seco contribuem para o atual cenário da doença em Mogi.

“Temos que lembrar que há mais de 30 dias não chove, isso ajuda a não ter larva. Então, se o mosquito picou alguém em determinada rua, transmitiu dengue naquela rua para cinco, seis pessoas ou uma família toda, é porque o criadouro está na nossa casa, não naquele terreno ou na vizinha. Temos que prestar muita atenção nessa questão”, alertou a coordenadora da Vigilância em Saúde, Joalice Penna Rocha Franco.

Mutirão

Prefeitura faz mutirões para retirada de entulho em vias públicas. Foto: Divulgação

Para buscar frear o contágio, a Prefeitura vem adotando uma série de medidas, em trabalho coordenadora pela Secretaria de Saúde. A limpeza de casas, ruas, calçadas e terrenos torna-se fundamental nesta luta, sobretudo se levado em conta os números, mas o papel da população também é de suma importância na guerra contra o Ades aegypti.

Somente em 2019, foram 480 caminhões de sujeira retirados das ruas em 12 mutirões. Neste ano, em outros três mutirões, mais 120 veículos, totalizando 600 caminhões em 15 ações, correspondente a 2,4 mil toneladas de material em todas as regiões do município, de acordo com a Secretaria de Serviços Municipais.

Dados suficientes para comprovar a gravidade da situação e a necessidade de uma força-tarefa entre Poder Público e população.

Momento é de colaborar

Chefe da equipe da Vigilância Ambiental e Zoonose, Rogério Garros, explica que o fato de a dengue ter como característica ser uma doença de clima tropical faz com que o mosquito ganhe força na área urbana.

“O mosquito está altamente adaptado ao meio urbano. Antigamente, falávamos para não deixar água parada, e hoje temos imagens de larva em tanque com água suja de óleo e fossa com fezes, ou seja, não apenas em água limpa, mas também na suja. Ele criou mecanismos para ficar resistente. A suscetividade é alta, temos o vírus circulando e bastante mosquito. Tudo influencia”, observou.

Para se ter uma ideia, o Aedes pode eclodir 300 ovos de uma só vez, com duração de até 400 dias no ambiente, segundo Rogério.

Sem veneno

Outro agravante foi o fato de Mogi Mirim ter ficado desabastecido do veneno, enviado pelo Ministério da Saúde, para a nebulização costal e veicular de março do ano passado até janeiro, o que pode ter colaborado para a proliferação do mosquito.

A Secretaria de Saúde disponibiliza a Ouvidoria SUS para denúncias contra a dengue, que funciona de segunda a sexta-feira, pelo telefone 3806-4730. (Da Redação)

 

 

 

 

 

(Da Redação)

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