Após 43 dias, chegou ao fim a greve dos Correios, deflagrada em vários estados do país desde o final de janeiro. A decisão partiu na quarta-feira pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinando que os carteiros voltassem ao trabalho, sob pena de multa diária no valor de R$ 20 mil a ser paga pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) e em benefício da União.
Em Mogi Mirim, o grupo de carteiros em greve que atuam na Central de Distribuição Domiciliar (CDD), localizado à Rua Marciliano, 518, no Centro, retornou as atividades na manhã de ontem, após assembléia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos e Similares de Campinas. Com a suspensão das atividades ao longo dos 43 dias, milhares de cartas simples e registradas não foram entregues, prejudicando a vida da população. Muitos encontraram dificuldades para pagarem contas, aumentando a inadimplência neste período. Em Campinas, o índice chegou a 1,5%.
Os carteiros em greve pediam a readequação do plano de saúde imposto pela empresa, o que segundo os Correios em nota ao longo da greve, não será alterado. O Tribunal Regional do Trabalho de Brasília fará uma audiência no dia 8 de abril para debater o plano de saúde dos funcionários. Além da manutenção do plano de saúde, a categoria desejava ainda planos de cargos, carreiros e salários, já que segundo o sindicato, o atual é de 1995.
Parcial
Segundo os Correios, a greve foi apenas parcial e não prejudicou a entrega de correspondências. A empresa informou que as entregas serão regularizadas com a compensação dos dias parados pelos grevistas, conforme determinado pelo TST, e com medidas do plano de continuidade da empresa, que inclui a realização de horas extras e mutirões nos finais de semana.
Durante a paralisação parcial, os Correios no interior de São Paulo funcionaram com cerca de 94% do efetivo, segundo a empresa.