Vivemos uma das fases mais complexas da luta contra a pandemia de Covid-19. Em primeiro lugar é importantíssimo termos ciência de que esta batalha não terminou. É preciso pensar assim por honra e respeito às pessoas que não estão mais aqui para viver esta guerra. Das vidas que perdemos em meio a esta loucura que dominou a nossa geração.
Estamos há semanas acompanhando uma queda significativa no número de casos, de internações e de mortes por Covid-19. Lógico que não é coincidência que esta redução ocorre exatamente após uma grande parcela da população alcançar a meta estipulada de imunização para a sua respectiva faixa etária. Temos vacina disponível até para crianças de 12 anos e, muita gente, já tomou até três doses.
O percentual de vacinação é tão alto que, ao observar que ainda há muitos adeptos do movimento “anti-vacina” nas redes sociais, fica claro que muitos dos que gritam contra a imunização fazem isso apenas no mundo virtual. No mundo real o medo fala mais alto e eles se dirigem aos postos de saúde, oferecem o braço e ganham uma bela dose de imunizante. Que delícia. Bom assim.
Porém, temos as variantes e a “ômicron” é a mais recente ameaça. Uma certeza é que, respeitar o sistema vacinal será fundamental, independente da força que ela entre aqui. Também é importante evitar ao máximo eventos que gerem aglomeração. Por isso, é possível ainda ser razoável e evitar que haja grandes festas de Reveillón e Carnaval.
Porém, sejamos honestos. É preciso se preocupar que estas festividades não ocorram sem flertar com a hipocrisia. Bradar contra opções de acesso fácil ao povão e seguir se enfiando em baladas caras, exclusivas e mega-aglomeradas só te colocam no poço moral ocupado por mais gente do que imaginamos.
O que precisamos é seguirmos com cuidados. E, entre eles, está a exigência de comprovação da vacina para determinados eventos. Oras, a imunização é um movimento coletivo. Só funciona em massa. Protege você, mas, acima de tudo, protege todos. E, como tudo na vida, o direito de um termina onde começa o do outro. E tudo ocasiona consequências.
Não quer tomar a vacina? Sem problemas. Terá restrições. Até porque ninguém nega a você a possibilidade de arrastar a cancela do pedágio em protesto pelo direito de ir e vir, mas, como estamos em uma sociedade com regras, o desrespeito àquelas que você discorda acarreta consequências.
Tudo muito simples e civilizado. Da maneira como deve seguir a nossa luta para que, em breve, possamos dizer, definitivamente, vencemos a guerra contra esta doença. Sigamos fortes, caro leitor de O POPULAR. Muita saúde a todos!