As clientes chegam à porta da loja, param na calçada, pedem um produto específico, a atendente busca, mostra e vende. Ou, então, chega com os produtos da loja até seus clientes pelas redes sociais ou por WhatsApp. A negociação é concretizada e o produto entregue no esquema drive-trhu.
Assim tem sido a rotina de muitos comerciantes de Mogi Mirim, que tiveram de se adaptar às restrições impostas devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) para não perder as vendas para o Dia das Mães, a segunda principal data do comércio varejista no ano, atrás apenas do Natal.
“Tem que ter jogo de cintura e se reinventar para manter a loja aberta”, disse Rita de Cássia dos Passos Pavaneli, gerente da Camisa & Cia. “Continuamos vendendo muito pelo WhatsApp”, confirma a gerente, reconhecendo uma queda drástica nas vendas durante a quarentena.
Bruna Maria da Silva, atendente da Tomate, revela um dado interessante. Informa que o movimento na loja caiu 100%, devido às restrições aos comércios não essenciais, mas que, por outro lado, as vendas tiveram queda de 50%.
“É porque muitos clientes entravam na loja, mas não compravam nada. Agora, o cliente chega na porta, pede um produto, a gente mostra e ele acaba levando, porque realmente precisa daquilo”, disse Bruna.
A Tomate, loja de artigos de decoração, maquiagem e presentes, só trabalha com venda direta.
“Esta semana já tivemos um aumento nas vendas por causa da data, mas esperamos vender bem mais hoje e amanhã, que é véspera do Dia das Mães. Afinal, ninguém vai deixar de dar um presentinho pra sua mãe”, observou Bruna Silva.
A Camisa & Cia, apesar de focar em peças masculinas, também observa aumento nas vendas nas vésperas do Dia das Mães.
“Estão saindo bem camisetes, polos femininas e camisetas para o Dia das Mães. A data com certeza ajuda a gente a passar por essa crise com menos sufoco um pouco”, comemora Rita Pavaneli.