Em 2021, a campanha do Dia Mundial do Rim tem como tema “Vivendo bem com a doença renal”. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a ação tem como objetivo conscientizar e orientar a população sobre a doença renal crônica e seus sintomas, e que é possível ter qualidade da vida cotidiana e conviver bem com ela. A data, que acontece sempre no dia 11 de março, visou, neste ano, reforçar a importância do diagnóstico precoce da doença renal crônica.
Médico nefrologista do Hospital São Francisco, de Mogi Guaçu, Alexandre Mangili Ayello explicou que grande parte da população só começa a apresentar sintomas de mal funcionamento dos rins quando apenas 30% dele está funcionando e que, por isso, um check-up anual é fundamental. “É importante realizar exames de rotina, para a detecção e o controle de doenças ligadas ao rim”, afirmou o médico.
Os rins funcionam como filtros no nosso organismo e retiram o excesso de água. Eles limpam o sangue das impurezas do corpo, que são eliminadas pela urina. Quando eles deixam de realizar sua função, os resíduos que ficam acumulados podem causar sinais de sintomas como falta de apetite, cansaço, palidez cutânea, inchaços nas pernas e tornozelos, aumento da pressão arterial e inchaço ao redor dos olhos.
A insuficiência renal é uma doença que afeta os rins ocasionando a perda da capacidade de efetuar suas funções básicas, e a manutenção do equilíbrio de eletrólitos no corpo. A insuficiência renal pode ser aguda, quando há uma rápida perda da função renal, ou crônica, quando a perda é lenta, progressiva e irreversível.
Há duas formas de tratamento para a doença: com a hemodiálise, em que um equipamento filtra o sangue diretamente e o devolve ao corpo do paciente com menos impurezas e ainda a diálise peritoneal, quando outro equipamento infunde e drena uma solução especial diretamente no abdômen do paciente, sem contato direto com o sangue. “Quando chega em uma fase mais avançada é o tratamento curativo, que é o transplante renal utilizando um rim em bom funcionamento – nesse caso é possível viver bem só com um rim”, explica o nefrologista.
Ele faz um alerta para algumas patologias que, quando não controladas, podem causar complicações nos rins. “Doenças como diabetes e hipertensão arterial, quando não controladas, podem levar à deterioração renal progressiva e eventualmente necessidade de hemodiálise e/ou transplante para seu tratamento. E, também é importante seguir uma dieta alimentar com restrição de proteína”, exemplifica.
Cálculo renal, pedras nos rins ou litíase renal, que é o termo técnico, acontecem quando a pessoa tem uma tendência genética. Nesses casos, o sintoma mais comum é uma dor intensa nas costas, do lado do rim afetado, frequentemente associada a náuseas. E o tratamento inclui analgésicos e ingestão de muita água para ajudar a expelir a pedra.
É importante procurar sempre por um médico a qualquer sintoma para saber quais devem ser os cuidados e o tratamento da doença. “Quem tem pedra nos rins a ingestão de água ajuda no tratamento, mas, quem tem insuficiência renal ingerir muito líquido pode ser prejudicial”, finaliza o médico.