A morte de Alexandre Armani Lourenço, de 44 anos, ocorrida em 20 de maio deste ano, em frente a uma escola na Rua Doutor José Alves, região central de Mogi Mirim, foi totalmente esclarecida pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG). O autor dos disparos do assassinato, Paulo Ricardo da Silva, de 33 anos, morador de Mogi Guaçu e com extensa ficha criminal, está preso desde a manhã desta quinta-feira, 27.
As investigações que possibilitaram o esclarecimento do caso tiveram início logo após o assassinato e foram comandadas pelo titular da especializada, o delegado Dalton David Ferreira. Durante os meses seguintes à morte, investigadores da DIG cruzaram informações, fizeram checagens, ouviram testemunhas, colheram provas, inclusive inúmeras imagens de câmeras de segurança, desde o momento em que Alexandre passa a ser seguido no bairro da Capela, em Mogi Guaçu, até a chegada à escola.
Como noticiado na semana passada por O POPULAR, um dos envolvidos no crime, um rapaz de 20 anos, foi capturado no dia 18 passado e permanece preso. Ele foi apontado como olheiro para que a ação culminasse na morte de Armani. O homem, preso em Marília (SP), acabou levando os policiais civis até o autor dos disparos.
Ele contou que esteve preso com o autor. Foi nesta oportunidade que o responsável pelo crime teve acesso aos dados pessoais dele e acabou cadastrando um telefone celular em seu nome e utilizando deste para o homicídio.
Com o depoimento do morador de Marília, em que ficou comprovado que o mesmo não participou do assassinato em Mogi Mirim, os investigadores seguiram uma pista que pudesse levar a Paulo Ricardo. Contra ele já havia um mandado de prisão decretado pela Justiça de Mato Grosso por tráfico de drogas.
A Polícia Civil trabalhava com três hipóteses e uma delas, ligada ao tráfico de drogas, acabou sendo confirmada como a motivação do crime. De acordo com as investigações, Armani e Paulo foram parceiros, mas acabaram entrando em desavença. Tanto que, em 2016, Paulo sofreu uma tentativa de homicídio, sendo atingido por dois disparos na cabeça, quando chegava em um bar, no bairro Fantinato, em Mogi Guaçu (SP). O autor do crime, de acordo com as apurações, seria Armani. Tudo isto acabou motivando a ação ocorrida na região central de Mogi Mirim.
Paulo Ricardo se apresentou com seus advogados, assumindo a responsabilidade pelo assassinato e em seu depoimento relatou as motivações e detalhes, inclusive contando que se livrou do veículo, o Toyota Corolla, de cor branca, as roupas e a arma usadas na ação. Ele permanece preso e à disposição da Justiça.