Nas primeiras horas desta terça-feira, 18, policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) prenderam em Mogi Guaçu dois indivíduos suspeitos de envolvimento na morte de Alexandre Armani Lourenço, 44 anos, assassinado em maio passado em frente ao Colégio Imaculada, na região central de Mogi Mirim. O terceiro homem foi preso na cidade de Marília, por policiais da DIG daquela cidade.
Os três suspeitos, com idades de 20, 19 e 27 anos, tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça. Destes, somente o homem detido em Marília possuía uma extensa ficha criminal. O rapaz de 19 anos teve seu alvará de soltura expedido, após a comprovação de que ele não teria ligação com o crime.
Os policiais chegaram até ele devido a sua moto ter sido utilizada para seguir a vítima até o local do crime. Ficou comprovado que ele havia emprestado a moto, uma modelo Scooter, a um amigo, sem imaginar que ele, o amigo, utilizaria para a prática do crime.
O homicídio aconteceu em uma sexta-feira, na saída da escola, gerando revolta e temor na população, por ter ocorrido na região central e em horário em que há grande concentração de pessoas, ou seja, pais e crianças.
Após o crime, o titular da DIG, Dalton David Ferreira e investigadores, que acompanharam todo o trabalho pericial, deram início ao trabalho investigativo visando a elucidação. De forma ininterrupta os policiais passaram a checar as primeiras informações, as quais davam conta de que o autor dos disparos que vitimou Alexandre estaria em um veículo Corolla, de cor branca.
Com a informação do carro utilizado, os investigadores passaram a buscar por câmeras de segurança e acabaram localizando inúmeras imagens. Há cenas desde o momento em que a vítima, no bairro da Capela, em Mogi Guaçu, entra em um uber e passa a ser seguido pela Scooter. Logo atrás aparece o Corolla, onde estaria o executor dos disparos que vitimaram Alexandre.
Imagens ainda captaram que o rapaz que estava na moto parou na Praça da Bandeira e ficou caminhando de um lado ao outro, enquanto Alexandre permanecia no interior da escola. Assim que a vítima sai do colégio, o rapaz avisa os ocupantes do Corolla, que estava estacionado na Rua José Bonifácio, ao lado de um prédio de apartamentos.
O Corolla se movimenta e faz o retorno na Rua José Alves, para e aí desce um elemento, que vai até a direção da vítima e efetua os disparos. De acordo com o titular da DIG, Dalton Ferreira, que conduziu toda a investigação, há três hipóteses para a motivação do crime, as quais não foram reveladas ainda pelo delegado, pois ainda estão em curso os trabalhos investigativos. “O cruzamento de dados, checagem de informações recebidas e, principalmente, a perseverança dos policiais envolvidos na elucidação do crime, foram essenciais para que pudéssemos apurar como se deu a ação que acabou vitimando Alexandre. Poderão surgir novos fatos, assim como novos envolvidos possam ser identificados”, comentou o titular da DIG.
