Lindos, lá estão eles, os docinhos, seja na mesa da festa ou nas vitrines das padarias e confeitarias. São a alegria dos mais jovens e também dos mais velhos, que não resistem ao charme de cada detalhe. Primeiro, não negue, as pessoas comem os docinhos com os olhos e somente depois é que averiguam o sabor, pedacinho por pedacinho. Por isso, ao bater os olhos, fique esperto, pode ser que surja amor à primeira vista por aquele docinho que pode estar tanto “vestido” de granulado como coberto por moranguinhos ou salpicado de açúcar…
“As pessoas sempre valorizaram a estética, primeiro veem a aparência, comem com os olhos. Uma trufa comum é diferente, por exemplo, de uma trufa ouro, que chama mais atenção numa mesa por conta dos detalhes”, exemplificou Andréia Fávero, fundadora da empresa Ana Maria Bolos, localizada no Parque da Imprensa, em Mogi Mirim.
Apesar de atualmente os docinhos estarem cada vez mais caprichados, a cake designer, Isaura Ubaldini, considera que o cuidado com apresentação dos doces sempre existiu, mas que agora ficou mais fácil deixar o produto mais bonito por conta dos recursos existentes. Um exemplo são os potes de geleia caseiras de muitas avós que, mesmo na simplicidade, sempre carregavam lacinhos coloridos como decoração. “Agora está mais fácil, mas acho que as pessoas sempre tentaram, sempre houve esse capricho, mas hoje está mais fácil conseguir o produto final”, pontuou Isaura, que também é professora de confeitaria.
Tanto Andréia como Isaura trabalham com docinhos e bolos considerados como finos, que são aqueles produtos feitos exclusivamente para as festas e podem ser personalizados, mas também existem os doces de vitrines, que são os produtos geralmente oferecidos em padarias, mas que também são feitos com toda elegância para agradar os olhos do público. Em Mogi Mirim, a Padaria Vitória, localizada na Vila Dias, é um dos estabelecimentos que trabalha com produtos como bombas de chocolate, casadinhos, bolas de rum, bolos variados e rocambole. Por lá, quem trabalha com a arte da confeitaria é James Garcia Leal, padeiro e confeiteiro do local, que considerada seu trabalho como arte, mesmo em muitos casos tendo que seguir o padrão determinado pela empresa. “Temos o padrão da empresa, mas vamos criando conforme a necessidade e essa criação vem na hora, os clientes compram com os olhos e uma boa apresentação ajuda muito”, disse James.
“Vejo como uma arte também, junto com o dom, a técnica, a doação e o amor. Mas não adianta ser apenas doce, ele precisa ser belo”, disse Andréia.
E, para ficar ainda mais agradável, a composição da “obra de arte” ganha mais adereços. Quase sempre os docinhos são englobados em embalagens tão lindas, que por muito pouco não faz com que as pessoas tenham dó de saborear as delícias. Uma verdadeira obra de arte, resumida no slogan da Ana Maria Bolos “Arte em açúcar”.
As “roupinhas”
No último ano, a empresária Bruna Ramos Cesaroni não encontrou no mercado as sonhadas embalagens para os docinhos de seu casamento. Bruna queria caixinhas que tivessem o formado do vestido da noiva e do terno do noivo, e por isso optou por ela própria confeccionar. A ideia deu certo e, apaixonada pelo diferente, sua colega também pediu embalagens personalizadas para seu casamento. Bruna fez e vem fazendo, já que, sem esperar, as embalagens se transformaram em uma empresa, a Estilos Formas, localizada em Mogi Guaçu. Hoje, a empresária vende as forminhas para diversos locais. Há opções em acetato, no formato das roupinhas dos noivos, flor em seda, embalagens para cupcakes e trufinhas.