Realizado na tarde da última segunda-feira, o pregão presencial para a contratação de empresas que, ao lado da Prefeitura, ficarão responsáveis pelo transporte rural de Mogi Mirim, teve como vencedores a Etco Tur, de Águas de Lindóia e a Coopervansi, de Mogi Guaçu. No total quatorze empresas manifestaram o interesse em participar do pregão, sendo seis delas credenciadas. As outras oito empresas não comprovaram o cumprimento dos requisitos de credenciamento e não participaram do pregão.
A Etco Tur apresentou os menores preços por quilômetro de locação de ônibus e microônibus aos valores de R$ 3,95 e R$ 2,57, por quilômetro, respectivamente. Já a Coopervansi ofereceu o menor preço para a locação de vans, ao valor de R$ 1,92 o quilômetro. A contratação das empresas pelo Executivo se dará por ata de registro de preços, com apresentação das estimativas de consumo e a Prefeitura executando o serviço conforme a necessidade do município.
O processo está sendo analisado pela Secretaria de Negócios Jurídicos e seguirá para homologação. Somente após estas etapas é que ocorrerá a assinatura da ata de registro de preços, que tem prazo de vigência de 12 meses, e o início dos trabalhos.
No último dia 2, em entrevista coletiva, o prefeito Gustavo Stupp (PDT) e a secretaria de Educação Márcia Róttoli, explicaram que o transporte rural ficará dividido entre o Executivo e as empresas.
No momento a cidade possui 28 linhas, com o transporte de 1.474 alunos. A promessa da Secretaria de Educação é de enxugar o número de linhas, reduzindo assim o custo da Prefeitura com o transporte, estimado em R$ 540 mil, segundo Márcia Róttoli. Um estudo feito pela pasta possibilitou o remanejamento das rotas e redução de cerca de 66,2 mil quilômetros rodados ao mês, o que deve gerar uma economia de R$ 302 mil por mês. Os dados vão contra o discurso de Márcia e Stupp na mesma coletiva de imprensa, quando disseram que estimavam uma economia em torno de R$ 100 mil.
As empresas manterão nos veículos monitores, que deverão permanecer durante todo o trajeto, auxiliando no embarque e desembarque dos alunos. Além disso, elas deverão prestar assistência 24 horas e plantão para atendimento e socorro do veículo locado e realizar manutenção preventiva regularmente.
Vereadores criticam processo
Na Câmara Municipal, vários vereadores utilizaram a tribuna para criticar o processo de licitação realizado pela Prefeitura. Representantes de uma empresa que concorria assistiram a sessão. Maria Helena Scudeler de Barros (PSDB) criticou o atraso no pagamento às empresas que prestavam o serviço até agora, e que não puderam participar da licitação por conta do objeto da licitação pedir “locadores de veículos” e não “transportadores”.
Cinoê Duzo (PSD) disse que o sistema funcionava bem e que, agora que a Prefeitura assumiu o serviço, está deixando a desejar. Daniel Santos (PV) acredita que a empresa não conseguiu participar do processo, por uma birra pessoal e incentivou os antigos prestadores de serviço a protestarem.
A secretária de Educação, Márcia Róttoli, rebateu as acusações. “Se os vereadores estavam tão preocupados, porque não acompanharam o pregão? Eu fiquei até o final quando licitou a merenda. Nesta (do transporte), fui até lá, tive que sair antes, mas meu gerente acompanhou até o final”, alfinetou.
Segundo ela, o processo foi transparente e as empresas tiveram tempo suficiente para mudar o contrato social de cada uma para não ser desclassificada no pregão. “Não sou responsável por isso. Eles deveriam ter se adequado. A responsabilidade é de cada um. O fato é que fizemos melhoria no transporte e estamos economizando”, finalizou Márcia. (Everton Zaniboni)