A expectativa mundial pelo Super Bowl, final do campeonato de futebol americano dos Estados Unidos, a NFL, é realidade em Mogi Mirim, com apaixonados se programando para se reunir amanhã, para assistir ao badalado evento das 21h. Há quem prefira se reunir em turmas neste domingo, enquanto outros preferem o sossego da família. Os olhos estarão atentos para a decisão entre Seattle Seahawks e Denver Broncos, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, com direito a show de Bruno Mars no intervalo, atraindo um bilhão de espectadores no mundo. Salas de cinema de São Paulo irão exibir o jogo. Em Mogi Mirim, o Bar dos Carecas (BDC) pretende disponibilizar uma televisão, à espera de adeptos.
Jogador de rugby, Rodrigo Cardoso curte futebol americano há 15 anos. Assistiu sozinho aos playoffs, mas o Super Bowl motivará a reunião de amigos regada a cerveja em um apartamento. “Vamos juntar o pessoal. O Super Bowl é outro campeonato, é diferente e ainda tem os shows”, derrete-se.
Fã de futebol americano há 10 anos, o empresário Felipe Coser, o Zik, vai assistir com o pai Geraldo Coser, o Dinho. Simpatizante do Pittsburgh Steelers e do New York Jets, vai torcer pelo Denver, mas espera equilíbrio.
Diferente da turma de Cardoso, Zik prefere assistir sem cerveja, para analisar melhor cada lance. “No futebol americano você tem vários jogos dentro de um. O futebol tem poucos lances que decidem, é só o gol. O futebol americano toda hora tem uma decisão. No first-down (primeira descida), você já comemora. Você comemora uma nova descida, uma defesa, toda hora é uma emoção”, compara.
Cardoso repara ser difícil encontrar pessoas no país com paciência para assistir ao futebol americano pela dificuldade em entender as regras: “É bem complexo, tem que assistir bastante e ir aprendendo, senão fica boiando”.
Torcedor do Tampa Bay, ficará neutro na decisão até para uma análise mais fria. “Os dois times chegaram muito bem, quem ganhar não vai ser surpresa”, considera.
A emoção de assistir a uma partida no estádio
Pai de Zik, Geraldo Coser, o Dinho, está ansioso pelo Super Bowl, com os olhos de quem já teve a oportunidade de assistir a um jogo no extinto Giants Stadium, em New Jersey, em companhia da esposa e de um sobrinho, em 2009. Em 2010, o estádio foi demolido e hoje o local é estacionamento do MetLife Stadium, palco do Super Bowl 2014.
“Foi sensacional, totalmente diferente. No sistema de alto falante, quando o time da casa ataca, toca uma música de ataque que comove quem está no estádio a participar. O visual é espetacular”, descreve, sem esconder a emoção de ter assistido ao time do coração, o New York Jets, contra o St. Louis Rams.
Antes, Dinho já assistia a jogos e estudava as regras. No início, não entendia. Começou a acompanhar mais e ler notícias na Internet.
“Era mais difícil entender porque não é um esporte popular no Brasil, agora está mais popular, os próprios comentaristas explicam”, comenta.
Dinho está indeciso sobre para quem torcer na decisão. “Os dois times têm boas defesas e bons ataques. Vai ser um jogo muito interessante”, prevê.